Calciopédia
·31. Dezember 2024
Calciopédia
·31. Dezember 2024
A Serie A está quase chegando em sua metade e encerrou os seus trabalhos em 2024 tomada pelo equilíbrio: uma rodada antes do fim do primeiro turno, três times podem ser campeões de inverno, ainda que esse título simbólico pouco valerá dessa vez, devido ao grande número de jogos adiados na próxima jornada, em virtude da Supercopa Italiana. À frente, com 41 pontos, Atalanta e Napoli dividem a liderança, enquanto a Inter vem atrás, com 40. E as duas equipes nerazzurre se enfrentarão na Arábia Saudita, em busca da taça da competição citada poucas linhas acima.
No fim de semana, a Atalanta empatou com a Lazio e as vitórias de Napoli e Inter reaqueceram a briga pela primeira colocação do Campeonato Italiano. Mais atrás, os celestes da capital se mantêm à frente do segundo pelotão, que ainda tem Fiorentina e Juventus, iguais em pontos e no clássico da rodada. Já num terceiro grupo, perdendo contato com a briga por vagas europeias, o Milan tenta afastar a crise com a demissão de Paulo Fonseca e a chegada de Sérgio Conceição para seu lugar. Vale destacar ainda o enorme equilíbrio na parte inferior da tabela, entre os times que brigam pela permanência. Confira, a seguir, o resumo da rodada.
Gol: Raspadori Tops: Raspadori (Napoli) e Stankovic (Venezia) Flops: Lukaku (Napoli) e Candela (Venezia)
Na entrevista coletiva que antecedeu o jogo com o Venezia, Antonio Conte disse com todas as letras: seria uma tarde complicada para o Napoli. O técnico azzurro relembrou as boas atuações dos lagunari contra Inter e Juventus e o que ocorreu no estádio Diego Armando Maradona corroborou com as suas afirmações. Penúltimo colocado, o time de Eusebio Di Francesco competiu e, por muito pouco, não arrancou um pontinho do adversário, que marcou no fim e contou com o empate da Atalanta para voltar, dessa vez conjuntamente, à liderança da Serie A.
Como era de se esperar, o Napoli para cima do Venezia, que teve uma postura mais defensiva. E, nesse contexto, brilhou a estrela do goleiro Stankovic – filho do mesmo Stankovic que foi ídolo de Lazio e Inter. Logo aos 4 minutos, o sérvio efetuou grande defesa num chute à queima-roupa de Rrahmani. Mais tarde, aos 37, o arqueiro voou para defender um pênalti cobrado por Lukaku e, já no segundo tempo, se opôs novamente ao belga com uma intervenção difícil, na qual ainda foi ajudado pela trave.
O Napoli era melhor e só não marcava por causa de Stankovic, é verdade. Mas não é como se o Venezia tivesse ficado assistindo o adversário jogar. Nicolussi Caviglia teve boa atuação no meio-campo e Meret precisou se esticar para, com o pé, evitar um gol de Yeboah ainda no primeiro tempo. Porém, no fim das contas, a fragilidade do elenco arancioneroverde falou mais alto. Aos 79 minutos, o lateral Candela cometeu o enésimo erro de sua temporada ao furar na tentativa de afastar um cruzamento rasteiro de David Neres. A bola sobrou para o contestado Raspadori chapar para as redes e definir o magro triunfo partenopeo. Mais um bem econômico, diga-se de passagem.
Gols e assistências: Dele-Bashiru (Rovella); Brescianini (Lookman) Tops: Rovella (Lazio) e Carnesecchi (Atalanta) Flops: Dia (Lazio) e De Ketelaere (Atalanta)
Na capital, a sequência de 11 vitórias da Atalanta caiu por terra – e, por muito pouco, a Dea não foi derrotada por uma Lazio que se impôs no primeiro tempo. Com o resultado, a equipe de Gian Piero Gasperini deixou a liderança solitária da Serie A e permitiu não só o empate do Napoli como a aproximação da Inter. A trupe de Marco Baroni, por sua vez, segue na quarta colocação, mas não diminuiu a distância para o pelotão de cima.
Contra a Inter, em seu último jogo em casa, a Lazio fustigou a adversária e foi melhor na etapa inicial. Isso se repetiu no sábado e, ao contrário do que viria a acontecer diante da Beneamata, que reagiu a goleou por 6 a 0, os mandantes tiveram mais solidez e não perderam o controle da partida tão cedo – até porque Rovella era o dono do meio-campo. Logo na faixa dos 10 minutos, num mesmo lance, Carnesecchi fez duas defesas ante Castellanos e Guendouzi, num chute cheio de curva, acertou a trave. Na casa dos 27, Rovella foi decisivo com um lindo passe na medida para Dele-Bashiru fuzilar e abrir o placar.
No segundo tempo, pouco a pouco a Atalanta foi crescendo, sobretudo após as mudanças feitas por Gasperini, que trocou os apagados Pasalic e De Ketelaere por Samardzic e Zaniolo. O jogo ficou equilibrado e, aí, fizeram diferença as chances desperdiçadas por Dia: o senegalês poderia ter ampliado para a Lazio em duas ocasiões, mas furou em uma e, na outra, parou em Carnesecchi. Do outro lado, Cuadrado errou uma cabeçada de ótima posição e Lookman não só obrigou Provedel a fazer ótima defesa como ainda foi bloqueado por Pellegrini em cima da linha e acertou a trave na sequência. Aos 88 minutos, o momento de ascensão da Dea foi recompensado quando Zaniolo descolou um passe de cinema para o nigeriano ajeitar e o recém-entrado Brescianini dar números finais ao confronto.
A Atalanta reagiu contra a Lazio e manteve a liderança da Serie A, que agora é compartilhada com o Napoli (LaPresse/AFP)
Gols e assistências: Bastoni (Barella), Lautaro (Barella), Çalhanoglu (pênalti) Tops: Barella e Bastoni (Inter) Flops: Wieteska e Makoumbou (Cagliari)
Com a força de seu elenco, a Inter transformou uma atuação pouco inspirada e produziu uma vitória elástica sobre o Cagliari, que segue na zona de rebaixamento e, além disso, amargou uma rodada muito desfavorável para suas pretensões de permanência na elite. Considerando o empate da Atalanta, a equipe de Simone Inzaghi, terceira colocada, acabou se tornando a líder do campeonato pela métrica dos pontos perdidos, já que tem um jogo a menos, contra a Fiorentina, e está encostada nos adversários.
Durante o primeiro tempo, o Cagliari se defendeu bem e teve em Mina, numa versão provocadora, o seu principal nome. Ainda assim, a Inter só não abriu o placar porque, na pequena área, Lautaro foi traído pelo quique da bola e errou uma cabeçada. O zagueiro colombiano, entretanto, sentiu dores na panturrilha e foi substituído no intervalo pelo desastroso Wieteska, o que abriu o caminho para o triunfo nerazzurro.
No segundo tempo, dois cruzamentos de Barella, revelado pelo Cagliari, encaminharam a vitória dos visitantes. Um deles permitiu, inclusive, que Lautaro deixasse de lado o seu jejum de oito partidas sem marcar. Do outro lado do campo, Sommer precisou se mostrar atento em algumas ocasiões para evitar a reação dos sardos, mas Wieteska facilitaria a vida dos nerazzurri ao, de forma inexplicável, saltar para cortar um levantamento na área com o braço. Çalhanoglu converteu a penalidade, aos 78 minutos, e fechou o placar.
Gols e assistências: Reijnders (Fofana); Dybala (Dovbyk) Tops: Reijnders (Milan) e Dybala (Roma) Flops: Gabbia (Milan) e Pellegrini (Roma)
Com muito tempo de atraso, Paulo Fonseca foi demitido pelo Milan – mas o episódio revelou mais um capítulo do show de horrores e amadorismo protagonizado pela diretoria rossonera. Contestado desde seu anúncio, o português só caiu agora porque, durante as hesitações pela manutenção ou não de seu trabalho, algum cartola se deu conta de que havia uma cláusula contratual que permitia que, se a exoneração ocorresse antes da virada do ano, o Diavolo precisaria pagar seus salários somente até 2025 e não por outras duas temporadas. Já acertados com Sérgio Conceição, compatriota do comandante, os diretores do gigante lombardo se apequenaram, sumiram e permitiram que Fonseca fosse à entrevista coletiva pós-partida sem que tivesse sido comunicado oficialmente de que seu futuro já estava selado. Um vexame.
Fonseca, a propósito, foi expulso por reclamação no fim do primeiro tempo de um jogo que foi bastante agitado. A Roma teve a primeira grande oportunidade, aos 11 minutos, quando Dovbyk carimbou o pé da trave, mas a resposta dos rossoneri foi imediata: aos 16, contando com a complacência da zaga visitante, Fofana fez ótima jogada e serviu Reijnders, que abriu o placar. Mas a Loba logo reagiu e, com um lindo passe de letra de Dovbyk para o sem pulo de Dybala, empatou na casa dos 23.
O jogo, então, seguiu num ritmo em que não era possível afirmar com segurança sobre qual seria o provável vencedor e assim ficou até o final, com as duas equipes tendo chances e não as concretizando – a melhor foi a do romanista Pellegrini, já no apagar das luzes. O resultado acabou sendo melhor para a Roma, que segue na 10ª posição da Serie A, com apenas 20 pontinhos. O Milan, por sua vez, tem uma partida a menos e, na sétima colocação, já se vê a oito pontos da zona de classificação para a Champions League.
Lautaro deixou a má fase para trás ao marcar um dos gols da vitória dos nerazzurri sobre o Cagliari (Arquivo/Inter)
Gols e assistências: Thuram (Locatelli) e Thuram (Koopmeiners0; Kean (Adli) e Sottil Tops: Thuram (Juventus) e De Gea (Fiorentina) Flops: Cambiaso (Juventus) e Ranieri (Fiorentina)
Juventus e Fiorentina começaram a 18ª rodada empatadas na quinta posição e terminaram a jornada assim, mas mais distantes do pelotão que briga pelo scudetto. Aliás, empate é uma palavra muito presente no vocabulário bianconero: são incríveis 11 no campeonato, até o momento. Dessa vez, a vitória até ficou próxima da equipe de Thiago Motta, mas as defesas de De Gea e a presença de área de Kean, formado na gigante de Turim, fizeram a diferença.
A Juventus contou com uma grande atuação de Thuram e, desde o início, o francês apareceu bem. Aos 20 minutos, arrancou desde o meio-campo e colocou o sobrenome de sua família no rol de marcadores da Velha Senhora 22 anos depois de o seu pai, Lilian, anotar o último de seus gols pela equipe. Ainda na etapa inicial, a Fiorentina empatou: Adli colocou na medida para Kean aparecer nas costas de Kalulu e acionar a lei do ex. Descartado pelos bianconeri, o ítalo-marfinense chegou a seu 11º tento no campeonato e não comemorou, em respeito à antiga empregadora.
Do outro lado, outro grande ex da partida, Vlahovic teve de enfrentar infames ofensas de cunho étnico por parte dos ultras da Fiorentina. O sérvio, que jamais marcou contra sua antiga equipe, teve uma oportunidade cristalina aos 41 minutos, mas De Gea efetuou importante defesa. Logo no início do segundo tempo, a frouxidão da zaga violeta permitiu que Thuram anotasse sua doppietta. A Juve continuou melhor em campo, mas intervenções do arqueiro espanhol mantiveram os gigliati vivos no duelo. Até que, no finalzinho, um escorregão de Cambiaso devolveu a posse aos visitantes. No desenrolar da jogada, Kean brigou na área e, na sobra, Sottil encheu o pé para deixar tudo igual.
Gols e assistências: Domínguez (Castro) e Domínguez; Sarr (Tengstedt), Tengstedt (Serdar) e Castro (contra) Tops: Domínguez (Bologna) e Tengstedt (Verona) Flops: Lucumí e Pobega (Bologna)
Jogando em casa, o Bologna perdeu uma chance de ouro de se aproximar do pelotão europeu – e terminou a rodada mais longe dele. Caso tivesse feito valer o favoritismo contra o Verona, o time de Vincenzo Italiano teria ficado apenas um ponto atrás de Fiorentina e Juventus. Porém, as convicções do treinador e os apagões dos rossoblù trabalharam contra este objetivo. Melhor para Paolo Zanetti: anteriormente ameaçado, o técnico deu a volta por cima e afastou o Hellas da zona de rebaixamento.
Para este jogo, Italiano optou por deixar Ferguson, Orsolini e Ndoye no banco. Faz parte do ofício rodar o elenco e essa escolha até deu resultado, visto que o Bologna começou melhor e marcou com Domínguez. O time da casa seguiu mais inteiro na partida e chegou até a acertar a trave com Odgaard, mas terminou a etapa inicial em desvantagem, de forma totalmente inesperada. Primeiro, Lucumí deu um presentaço para Tengstedt, que só deixou Sarr na boa para empatar; depois, o colombiano foi antecipado por Serdar e o dinamarquês, que foi garçom, colocou seu nome no marcador.
No início do segundo tempo, o Bologna sofreu outro baque: Pobega perdeu a paciência com Duda, empurrou o adversário no rosto e foi expulso. Ainda que com um jogador a menos, no rebote de uma cobrança de falta, os emilianos empataram com mais um de Domínguez. Aí, Italiano pecou de novo. O técnico segurou demais as alterações (fez a primeira só aos 80 minutos) e foi punido aos 88, com um fortuito gol contra de Castro – só depois da frustração é que efetuou mais mudanças. No fim das contas, o Verona não chutou na direção da baliza de Skorupski no segundo tempo e balançou as redes uma vez. Durante todo o jogo, o Hellas só conseguiu três arremates e, mesmo assim, deixou o Renato Dall’Ara com a vitória na bagagem.
Expulso e demitido: Fonseca deu lugar a Conceição no Milan (Getty)
Gols e assistências: Touré (Bijol) e Lucca (Thauvin); Adams e Ricci (Adams) Tops: Thauvin (Udinese) e Adams (Torino) Flops: Kabasele (Udinese) e Pedersen (Torino)
Num jogo entre times que se encontram no meio da tabela, a Udinese acionou a força aérea para castigar o Torino, mas não esperava que Adams comandasse uma ótima reação, após desvantagem de dois gols. No fim das contas, o resultado não mudou muito a vida de nenhuma das equipes: os friulanos seguem na nona posição e os piemonteses, na décima.
O Torino começou melhor no jogo, acionando Karamoh nas suas principais oportunidades. Mas, aos 41 minutos, a Udinese abriu o placar: Thauvin bateu escanteio na área, Bijol escorou e o gigante Touré, jogador mais alto da Serie A, com 2,06 m, superou Milinkovic-Savic, de 2,02 m. Nunca um jogador de mais de 2 metros de altura tinha marcado sobre outro que tivesse pelo menos essa altura no campeonato. E a história se repetiria no início do segundo tempo, quando a defesa granata deixou Lucca, de 2,01 m, sozinho na área.
A reação do Toro viria com os “baixinhos” Adams e Ricci, de 1,75 m e 1,80 m, respectivamente. E não demoraria tanto. Aos 53 minutos, depois que o italiano bateu escanteio, o escocês brigou bastante e emendou a sobra para diminuir o placar. Já na casa dos 64, o ex-atacante do Southampton novamente mostrou presença de área e, após cruzamento mal afastado por Ehizibue, fez o pivô para o meio-campista da Nazionale deixar tudo igual e dar números finais à peleja.
Gols e assistências: Esposito (Anjorin); Badelj e Ekuban (Miretti) Tops: Leali e Ekuban (Genoa) Flops: Goglichidze e Ismajli (Empoli)
O Genoa segue em seu bom momento sob as ordens de Patrick Vieira e reencontrou o caminho das vitórias na visita à Toscana. Numa partida parelha, os visitantes foram muito pressionados pelo Empoli, mas contaram com uma sólida exibição do goleiro Leali para deixarem o Carlo Castellani com os três pontos na mala. O resultado, aliás, fez com que os times terminassem 2024 empatados na 12ª posição da Serie A.
Melhor no primeiro tempo, o Empoli fez Leali trabalhar diversas vezes com chutes de fora da área. Num deles, de Cacace, aos 43 minutos, o arqueiro até contou com a ajuda da trave para manter o zero no placar – e essa situação se repetiria pouco depois. Logo depois do intervalo, o colombiano Vásquez e o georgiano Goglichidze deram uma senhora cochilada dentro da área e Badelj iniciou a contagem para um Genoa que, de acordo com o roteiro da partida, não deveria estar na frente.
O Empoli continuou melhor em campo e conseguiu um pênalti poucos minutos depois do gol lígure. Esposito, que foi derrubado pelo mexicano Vásquez, partiu para a cobrança, mas Leali e a trave lhe negaram o empate. O Genoa, então, desferiu o golpe de misericórdia aos 68, num momento de apagão generalizado do sistema defensivo dos azzurri, que não fechou os espaços no lance concluído por Ekuban. Esposito até se redimiu com uma bonita cabeçada, mas a reação dos toscanos parou por aí.
Kean acionou a lei do ex num empate que manteve Juventus e Fiorentina na quinta posição da Serie A (Getty)
Gols e assistências: Hernani (pênalti) e Valenti; Pedro Pereira (Martins) Tops: Valenti e Hernani (Parma) Flops: Pablo Marí e D’Ambrosio (Monza)
Estreando Salvatore Bocchetti como novo técnico, após a demissão de Alessandro Nesta, o Monza ficou próximo de surpreender o Parma no Ennio Tardini. Entretanto, pouca coisa correu bem para os biancorossi, que perderam com um gol nos acréscimos e vão virar o ano na lanterna da Serie A – algo improvável meses atrás. Do outro lado, o time crociato se afastou da zona de rebaixamento com esta vitória crucial.
A torcida do Monza percebeu que o sábado não era o dia do seu time nos minutos iniciais da partida. Numa sequência de acontecimentos bizarra, Maldini acertou o travessão, teve tentativa de calcanhar cortada em cima da linha e, por fim, Ciurria acabou tendo gol anulado porque a bola saíra pela linha de fundo antes de chegar até ele. Aos 20, foi a vez de Caprari perder oportunidade cara a cara com Suzuki, que executou uma boa defesa.
A vida dos brianzoli piorou no início do segundo tempo, quando Pablo Marí chegou atrasado em dividida com Coulibaly e, além de cometer o pênalti, foi expulso. O brasileiro Hernani converteu e pareceu encaminhar a vitória do Parma. Entretanto, aos 85 minutos, o lateral que sofrera a penalidade vacilou num cruzamento e permitiu que Pedro Pereira empatasse de maneira fortuita. O gol só não serviu como uma ducha de água fria para os ducali porque, no último lance do jogo, Valenti – que efetuara o corte ante Maldini, em cima da linha – subiu alto no escanteio cobrado por Mihaila e decretou o triunfo mandante.
Gols e assistências: Paz (Cutrone) e Cutrone Tops: Cutrone e Gabriel Strefezza (Como) Flops: Baschirotto e Pierotti (Lecce)
No Giuseppe Sinigaglia, o Como fez um dos seus melhores jogos na temporada e venceu o confronto direto com o Lecce com todos os méritos. Contando com uma atuação de gala de Cutrone, filho da terra, o time comasco ultrapassou o adversário com o triunfo e terminará o ano de 2024 com quatro pontos de vantagem para a zona de rebaixamento, invertendo uma tendência de queda de rendimento registrada nas rodadas anteriores.
O domínio do Como foi grande e começou cedo. Logo aos 5 minutos, Cutrone arriscou da entrada da área e carimbou o travessão de Falcone. Aos 29, após um rebote do arqueiro, o atacante foi derrubado por Baschirotto e os lariani tiveram pênalti a seu favor. O goleiro, entretanto, manteve o Lecce vivo no jogo ao usar o pé direito para defender a cobrança de Paz. Nos acréscimos, o italiano ganharia o confronto com o argentino novamente, numa falta de média distância.
Paz, porém, daria o troco no início da etapa complementar, com uma tacada de bilhar após receber passe de Cutrone. Com o placar inaugurado, o Como manteve o jogo sob controle, teve um gol de seu principal atacante anulado devido a impedimento de Fadera e quase ampliou com uma cavadinha de Gabriel Strefezza, ex-Lecce – providencial, Coulibaly efetuou o corte quase sobre a linha. A pressão resultou em mais um tento aos 79, devido à insistência do próprio Cutrone, que merecia deixar a sua marca nesta partida.
Stankovic (Venezia); Di Lorenzo (Napoli), Valenti (Parma), Bastoni (Inter), Olivera (Napoli); Barella (Inter), Rovella (Lazio), Thuram (Juventus); Adams (Torino), Tengstedt (Verona), Cutrone (Como). Técnico: Cesc Fàbregas (Como).