![Icon: Trétis](https://image-service.onefootball.com/transform?w=96&dpr=2&image=https://filebucket.onefootball.com/2019/8/1565273699322-logo_large_tretis.png)
Trétis
·7. Februar 2025
Barbieri encontra “dois Athleticos” e isso pode ser positivo
![Artikelbild:Barbieri encontra “dois Athleticos” e isso pode ser positivo](https://image-service.onefootball.com/transform?w=280&h=210&dpr=2&image=https%3A%2F%2Ftretis.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2025%2F02%2FTREINO-PRINCIPAL-ARENA-2025.02.05-Foto-Jose-Tramontin-4358-scaled.jpg)
Trétis
·7. Februar 2025
Em jogos contra Paraná, Rio Branco, Azuriz, Operário e Cianorte o Athletico de Barbieri conseguiu se impor. Muita posse, muitas finalizações e, apesar da falta de eficiência, o convencional de uma boa atuação. Contra Andraus e Independente São Joseense a cara do time foi outra – mais baseado na ligação direta, encontrou gols rápidos.
Variar estilos de jogo dentro de uma mesma estrutura a depender do adversário pode ser benéfico para uma Série B tão plural e incerta, quando se fala de tática. O Furacão que venceu por 3 a 1 nesta quinta-feira (6) pressionou menos e fez dois de seus gols nas bolas esticadas.
A saída de Lucas Di Yorio, apesar de positiva no quesito qualidade, deixou cicatriz na imposição de jogo do Athletico. O único nove em condições físicas ideais partiu ao Chile e o Furacão de Barbieri ficou com Kardec em desenvolvimento, Babi lesionado e Mastriani retornando de cirurgia no joelho.
Mudança impacta em todo o mecanismo do time treinado em primeiro momento para pressionar a construção adversária o máximo possível. Se o centroavante não sobe, ou se pressiona mal, gera compensações que nem sempre impedem que o adversário progrida, a depender da qualidade.
Fato é que Kardec ainda não consegue marcar alto por tempo o suficiente, então o bloco baixo no 4-4-2 foi a escolha ao longo de todo o jogo. Permitia os passes do Independente São Joseense e causava irritação nas arquibancadas.
Na única em que deixou o goleiro Cayo desconfortável no primeiro tempo, bola pela linha lateral. Quando tentava pressionar a saída, João Cruz subia no último homem e Kardec se posicionava na sobra, “poupado”.
Uma pena que nenhuma plataforma da qual temos acesso cobre o Paranaense na estatística PPDA (Passes per defensive action, ou passes por ação defensiva, em português) para que fosse possível tirar a prova de fato.
Alan Kardec muda o mecanismo de defesa do Athletico. Foto: Ernani Ogata
Andraus e São Joseense entenderam que se fechar não era o melhor caminho para enfrentar o Athletico. A pressão não precisava ser bem feita para tirar as linhas de passe dos zagueiros para o volante Raul, que liga a defesa ao ataque. Discreto, para dizer o mínimo, jogador é essencial para a construção e pouco desempenhou.
Ligações diretas passaram a ser mais constantes e geraram gols nos dois jogos, os dois primeiros contra o Andraus o Independente São Joseense. Jogo mais direto é característica de outros trabalhos de Barbieri e mostra que é bem treinado, mas se limitar a isso pode ser perigoso em outros tipos de cenário.
Fato é que quando teve que construir contra times mais fechados, conseguiu. Goleou o Rio Branco, virou contra o Paraná e criou muito contra Operário, Cianorte e Azuriz, apesar dos resultados ruins.
João Cruz desempatou em jogada de bola longa. Foto: Ernani Ogata
Em entrevista coletiva, o treinador do Athletico reconheceu a importância de conseguir variar. Cita a qualidade para construir em um jogo posicional, de mais imposição, mas também ressalta que as transições tem papel importante:
“É fundamental que a gente consiga ter mais armas à disposição. Uma equipe que gera desequilíbrio a partir de um jogo posicional é importante, mas também é importante uma equipe que consegue transitar. Ter as duas coisas é muito mais perigoso. Temos buscado isso.” – disse.