oGol.com.br
·14. Februar 2025
Entrosamento, velocidade e parceria com Hulk; como Rony pode ajudar o Galo
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·14. Februar 2025
O Atlético Mineiro acertou a contratação do atacante Rony, colocando fim a uma das grandes novelas do mercado de transferências do futebol brasileiro nesta janela. O investimento foi de 6,5 milhões de euros (R$ 39 milhões), além de um acordo de salário milionário. Mas como Rony pode ajudar o Galo?
Rony é daqueles atacantes que não atuam como um 9 clássico, mas também não jogam como ponta. Ele é um jogador de mobilidade e que pode se movimentar pelo lado do campo, mas também aparecer para decidir na área. É exatamente o que o Atlético buscava no mercado para substituir Paulinho, negociado com o próprio Palmeiras.
Desde Hulk e Paulinho, o Galo consolidou o 4-4-2. Sem o segundo, buscou peças já nesse mercado para manter o esquema. Como Júnior Santos, artilheiro da última Libertadores. E agora Rony. A grande questão é qual Rony que chegará ao Galo, o goleador de anos atrás ou o criticado de 2024?
No Palmeiras desde 2020, Rony viveu em uma eterna gangorra. Começou como um ponta útil e de bons números, com capacidade de desequilibrar e decidir jogos. Sem centroavantes confiáveis no Verdão em alguns momentos, coube ao atleta assumir a chefia do ataque, o que deu certo por algum período.
Na melhor temporada da sua carreira, em 2022, somou 23 gols e 6 assistências em 63 jogos, sendo fundamental em títulos do Verdão. Nesse time de Abel Ferreira, Rony se alternava como "falso 9" com Raphael Veiga e surpreendeu como finalizador. Chegou a ser convocado para a seleção brasileira.
Apesar disso, os comuns erros ao tomar decisões e falhas em momentos importantes colocaram Rony em rota de colisão com a torcida. Ele encerrou sua história no Palmeiras com 70 gols e 32 assistências em 284 partidas. Foram 11 títulos: duas Libertadores (2020 e 2021), dois Brasileiros (2022 e 2023), quatro Paulistas (2020, 2022, 2023 e 2024), uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana (2022) e uma Supercopa do Brasil (2023).
Apesar da saída de titulares importantes, o Atlético buscou reformular o elenco com peças que encaixam no esquema de Cuca e, também, ampliam o leque de opções do técnico, dando profundidade ao elenco. O grupo conta com peças dinâmicas. Cuello chegou para encaixar bem com Scarpa como meias ofensivos, Gabriel Menino para jogar com Fausto Vera ou Alan Franco no duplo-pivô.
Em início de trabalho no Atlético Mineiro, Cuca mantém o esquema de seus antecessores e tem atuado com dois atacantes, contando também com a aproximação de dois meias/alas pelos lados do campo. É assim que Hulk segue se destacando, vide o clássico recente contra o Cruzeiro.
Nesse modelo de jogo, Hulk é intocável e a busca fica por um parceiro de ataque. Entre os jogadores do atual elenco é Rony que surge como o principal postulante a vaga, já que consegue aliar velocidade, vigor físico e agressividade. Júnior Santos já atuou ao lado de Hulk, embora no Botafogo tenha se destacado mais como ponta direita. Deyverson é opção de elenco, embora cobiçado pelo Vitória no mercado.
A adaptação de Rony no Atlético Mineiro também pode ter ajuda de nomes como Gustavo Scarpa, Deyverson e Gabriel Menino, que por anos foram seus companheiros no Palmeiras. A associação direta com Hulk e o entrosamento com Scarpa podem ser trunfos para o atacante retomar o seu melhor momento.