Matheus Sávio admite culpa e diz que 'poderia ter sido mais profissional' no Flamengo | OneFootball

Vivendo período de destaque no Japão, o meia-atacante Matheus Sávio relembrou a época como jogador do Flamengo e admitiu que poderia ter sido mais profissional enquanto vestiu o Manto. O atleta foi vendido em 2019.

Um ano antes, Matheus Sávio foi emprestado pelo Flamengo ao CSA, mas também não se firmou — assim como havia sido no Estoril Praia-POR. A ida para o Kashiwa Reysol-JAP em 2019, porém, rendeu a compra do atleta e o início de um grande momento no Japão.

Depois de seis anos vestindo a camisa do Kashiwa Reysol e obtendo destaque, Matheus trocou a equipe pelo Urawa Reds em transferência de impacto no mercado japonês. E já se firmou no novo time.

Ao relembrar o período de Flamengo, porém, Matheus Sávio foi sincero e disse que faltou maturidade na época em que vestiu o Manto. O jogador culpou a si mesmo por não ter se firmado.

"Eu sou muito realizado, muito grato ao Flamengo. Foi o clube que me deu oportunidade nas categorias de base, subi ao profissional. Talvez meu sucesso não tenha sido tanto, em maior parte, por minha culpa", afirmou Matheus Sávio ao "Lance".

Na visão do atleta, a mentalidade de um jogador mais experiente poderia ter feito a diferença na época que permaneceu no Rio. Hoje, Matheus Sávio tem 28 anos e longa carreira no Japão.

"Não posso terceirizar a culpa por não estar pronto, não ser o momento. Hoje, com a maturidade que eu tenho e o profissionalismo, as coisas seriam diferentes. Mas, como falei, sou muito realizado e não tenho mágoas. Sou muito grato ao Flamengo", exaltou.

Por fim, Matheus disse que uma certa falta de profissionalismo também atrapalhou a estadia no Flamengo. Atualmente, porém, o cria do Ninho se vê em outro momento e com foco em conquistar títulos.

"Acho que o maior culpado fui eu, pela minha imaturidade. Eu poderia ter sido mais profissional, coisa que na minha idade, não tive o entendimento. Hoje, com o pensamento que eu tenho e vivendo o melhor momento, tenho muitas coisas a conquistar ainda no futebol", analisou.

Possibilidade de voltar ao Brasil

A chance de um retorno ao país que o revelou, claro, também foi abordada por Matheus Sávio. Apesar de não descartar a possibilidade, porém, o jogador destacou que acabou de assinar um novo contrato.

"No futebol, não podemos dizer nunca. Eu acompanho e tenho grandes amigos trabalhando e atuando no Brasil. Eu não descarto, mas acabei de fazer uma grande transferência no futebol japonês", disse.

Ao trocar o Kashiwa Reysol pelo Urawa Reds, Matheus Sávio assinou contrato até o fim de junho de 2027. Até aqui, já marcou dois gols e deu quatro assistências em 15 jogos pelo novo time.

"Estou aqui há sete temporadas, super adaptado e no melhor momento da minha carreira. Se for um projeto legal e bom para todos, não teria por que não voltar", afirmou Matheus Sávio.

Expectativa para jogar o Mundial de Clubes

Por fim, Matheus Sávio voltou a falar sobre a disputa do Mundial de Clubes, que inclui o Urawa Reds no Grupo E — junto a Inter de Milão, Monterrey-MEX e River Plate.

Caso passe de fase, o time japonês encara um dos classificados do Grupo F, que tem Fluminense, Borussia Dortmund, Ulsan-COR e Mamelodi Sundowns-AFS. Para o atleta, seria "interessante" poder enfrentar um time brasileiro no torneio da Fifa.

"Seria bem interessante se nós e o Fluminense conseguíssemos passar de fase. Para que a gente também possa competir, né. Talvez nossa liga não tenha tanta visibilidade, vamos entrar em um grupo difícil", analisou.

E Matheus Sávio já tem certo histórico com o Fluminense, que sofreu o segundo gol da carreira do jogador como profissional. Alguns dias após o primeiro, contra o Bonsucesso, o atleta fechou o caixão nos 3 a 0 pelo Carioca de 2015.

Foi o mesmo jogo em que o atacante Fred, expulso, se revoltou com a organização do campeonato e disparou a já famosa frase: "O Carioca tem que acabar".

"Para a imprensa, as chances são menores, mas sabemos da nossa qualidade, do nosso objetivo. E enfrentar um time brasileiro seria interessante, acho que o Brasil está bem representado. São quatro gigantes", disse.

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