
Central do Timão
·16. Mai 2025
Técnico do Corinthians reconhece necessidade de evolução e celebra triunfo na Sul-Americana

Central do Timão
·16. Mai 2025
Na noite desta quinta-feira, 15 de maio, o Corinthians venceu o Racing-URU por 1 x 0, no Estádio Centenário, em Montevidéu, pela quinta rodada da fase de grupos da Conmebol Sul-Americana. O lateral-esquerdo Matheus Bidu, na reta final da segunda etapa, foi quem marcou o gol que garantiu os três pontos ao Alvinegro.
Com o resultado, o clube do Parque São Jorge subiu para a segunda colocação do Grupo C com oito pontos (duas vitórias, dois empates e uma derrota) – cinco gols marcados e quatro sofridos. O Corinthians depende apenas de si para, ao menos, chegar aos playoffs das oitavas de final da competição internacional. Neste momento, o Huracán-ARG é o líder da chave com 11 pontos e o América de Cali-COL, terceiro colocado com sete pontos somados.
Foto: Ciro Hey/Central do Timão
Pouco tempo depois do apito final, o técnico Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva aos jornalistas e comentou sobre as dificuldades da equipe para romper a marcação adversária. O comandante também ressaltou a importância do triunfo mesmo que o rendimento não tenha sido o esperado.
“Bom, é muito simples. Nós enfrentamos uma equipe que se comportou pela característica da partida. Fizeram praticamente uma linha com cinco homens, mais uma linha com quatro. Às vezes é muito difícil de se entrar. Tivemos poucas infiltrações, justamente porque os espaços eram mínimos. Troca de passes na maioria das vezes, jogadas muito disputadas, travadas, pouca inspiração. Eu acho que nós nos doamos a partida, mas percebíamos que precisávamos de algo mais para buscarmos o resultado.”
“Era um resultado fundamental, importantíssimo. Essa preocupação é natural. Acaba acelerando ainda mais um processo. Isso é inconsciente, mesmo que você queira. A troca de passes aconteceu, de repente, em muitos momentos, de uma maneira um pouco morosa. Faltava, sim, uma dinâmica um pouco maior. Eu acho que encontramos isso no segundo tempo, que ainda não é o ideal, nós estamos ainda em um processo e tudo, e buscando as melhores formações possíveis aí para cada jogo”, iniciou.
Em seguida, voltou a frisar que o resultado conquistado fora de casa foi o mais importante em relação ao desempenho pouco inspirado: “Nós tínhamos um jogo que era fundamental o resultado positivo. Nós entramos com essa obrigação. É natural que a obrigação às vezes faça com que você queira criar situações e perca um pouco da estabilidade da partida. O objetivo principal era o resultado. Hoje, não importava atuarmos bem. Se viesse uma boa atuação com o resultado, seria o ideal. Mas não acontecendo, para nós a praticidade do resultado foi muito importante porque era uma necessidade.”
“É natural que de repente tenhamos acelerado em demasia determinados momentos, não optando pela melhor decisão. Então, são fatos que fazem com que de repente o gol não acontecendo vá criando uma situação ainda mais complicada, mais difícil. Aconteceu o resultado que para nós era o mais importante nesse momento. E eu espero que agora possamos nos preparar muito para a última rodada, uma rodada fundamental para nossa permanência nesse torneio”, continuou.
Por fim, foi questionado sobre ser um dos técnicos a terem trabalhados nos quatro maiores times do estado (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos) e comentou sobre a sua “readaptação” ao calendário intenso de partidas após a passagem pela Seleção Brasileira. Ainda em sua resposta, relembrou as três vezes em que teve que recusar ofertas para assumir o comando técnico do clube do Parque São Jorge.
“Eu fico feliz com isso (ter trabalhado nos quatro grandes de São Paulo). Eu tive ao longo da minha carreira três convites da equipe do Corinthians e em todos eles eu estava trabalhando. Eu nunca quebrei um contrato, em razão mesmo, que tenham sido oportunidades importantes. Mas eu sempre procurei seguir aquilo que eu havia determinado com as equipes que eu estava. Agora, tendo essa oportunidade, eu fico muito feliz. É um processo de readaptação. Nós estávamos nos adaptando à seleção.”
“É um trabalho completamente diferente, pois vocês sabem muito bem. Mas agora uma readaptação a essa loucura de um campeonato atrás do outro. Para vocês terem uma ideia, nas três primeiras partidas que eu aqui atuei nós jogamos a primeira pela Copa do Brasil, a segunda partida pelo Campeonato Brasileiro e a terceira partida pela Taça Sul-Americana. Três competições em praticamente uma semana, uma diferente da outra, e naturalmente exigindo uma readaptação mais rápida, principalmente nós que estávamos numa outra condição”, finalizou.
Depois de enfrentar o Racing-URU pela Conmebol Sul-Americana, o Corinthians retomará o foco para o Campeonato Brasileiro. O Alvinegro receberá, no próximo domingo, 18 de maio, às 16h (horário de Brasília), na Neo Química Arena, o Santos, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro de 2025.
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