Zerozero
·11. Dezember 2024
Zerozero
·11. Dezember 2024
Vítor Bruno, treinador do FC Porto, fez a antevisão do jogo do dragões contra o Midtjylland, para a 6ª jornada da Liga Europa. O treinador falou sobre a necessidade de vencer a partida, mas também foi a relação com os adeptos.
Análise à equipa do Midtjylland
«Em relação ao onze que vem e a forma como se vai estruturar temos algumas dúvidas. Há limitações físicas que podem influenciar as escolhas do treinador do Mitjylland. O Franculino Djú, o Darío Osorio e o Aral Simsir em dúvida, têm alguma influência no jogo ofensivo. É um perfil físico, uma equipa que investe no jogo direto, muito assente em bola parada. Cabe-nos levar o que é a nossa ideia para o jogo. Temos uma oportunidade única de fazer 8 pontos amanhã e ultrapassar um adversário que está à nossa frente. É a primeira de três finais que temos nesta competição.»
João Mário e Grujic de fora e algumas dúvidas «O João Mário está fora, não vai a jogo. Temos mais uma ou outra dúvida, em princípio o Marko Grujic também estará fora. Voltou a sentir ali uma pequena dor no treino desta manhã. E temos mais um ou outro elemento que não está garantido que possa estar. O Alan Varela é alguém vital, um pilar para nós. Conhece muito bem a casa, percebe como as coisas funcionam, percebe a nossa dinâmica e ideias. Pode ou não ir a jogo, depende da estratégia e de quem pode casar com ele no meio-campo. Pode ser um meio-campo a dois ou a três. Sendo sincero, depende do que forem estas 30 e poucas horas até ao jogo e perceber quem está apto e sem reservas. Temos de ir a fundo, esvaziar o tanque e meter tudo o que temos a meter amanhã. É um jogo de grande importância para as contas do clube nesta competição. É uma oportunidade de somar três pontos aos cinco que temos. Mas a realidade é que temos cinco e temos de somar três amanhã, isso é imperioso.»
Reação do público
«Espero uma reação normal, de adeptos que querem andar de mãos dadas com a equipa. Percebo o alcance da pergunta. Não sou inocente. No final, o tipo de manifestações que têm é da responsabilidade deles, são maiores e vacinados para se manifestarem, como querem manifestar-se. Muitas vezes sem que é dirigido a mim e não tanto aos jogadores. Em relação a mim, não tenho qualquer tipo de problema, há dias em que nem eu gosto de mim próprio, quanto mais os outros. Não me incomoda. É importante casar e andar em comunhão com os jogadores do início ao final, isso é o que quero que as pessoas sintam. E buscar memórias de um passado recente, das vitórias em cima de vitórias no Dragão. Queremos construir mais uma boa memória num jogo europeu.»
Golos sofridos nas finais de cada parte
«Se eu lhe disser que são coincidências, vou entrar num chorrilho de críticas. Sobretudo na primeira parte, se formos aos 90 minutos e tal, se calhar podemos atalhar esses momentos de outra forma, mas aos 30, 15, 2, 43... os golos valem todos o mesmo, independentemente da altura, isso para nós é pouco importante. Nós temos é de evitar que eles aconteçam e a verdade é que temos feito para que os adversários não tenham oportunidades claras contra nós. O Famalicão teve quantas? Zero. Isso para nós é um sinal positivo e um indicador que não podemos menosprezar nem ignorar, mas devemos sofrer menos. Na antevisão do jogo com o Famalicão disse que queríamos impor o nosso jogo e foi o fizemos, fomos autoritários e dominadores, mas depois o pecado capital foi não termos ganho o jogo, ou melhor, ganhámos, mas só valeu um ponto.»
Possível ausência de Fábio Vieira e extremar de posições com os adeptos
«O Fábio Vieira também é dúvida. Entendo os adeptos e as manifestações. O que me doeu em Famalicão foi perceber que os jogadores estavam a sentir a dor de forma visceral, porque fizeram de tudo para ganhar, e no fim ver aquele tipo de retribuição incomodou-me. Os adeptos têm esse direito. Agora, não vamos ficar subjugados a momentos que sinto que não somos merecedores. Agradecemos o apoio dos adeptos, são o número um e o grande responsável da vida ativa do clube, isso nunca vai acabar. São uma mais-valia. Se no final têm de se manifestar, manifestam. Tudo o que seja mais extremado é mais complicado.»