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Nosso Palestra

·18 March 2025

‘Abel e o desafio de desarmar a armadilha de Ramón Díaz’

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Houve um período da Era Abel, mais especificamente entre 2020 e 2023, em que clássicos contra Corinthians e Santos eram quase sinônimo de vitórias. A exceção era o São Paulo, que quebrava a hegemonia alviverde no estado tal qual o Palmeiras fazia com o Santos de Pelé, guardadas todas as proporções.

De 2024 para cá, não é mais assim. Se o Peixe segue caindo constantemente em nossa rede, o mesmo não tem acontecido com nossos arquirrivais de Itaquera. Na verdade, agora são eles quem têm nos pegado em suas armadilhas e levado a melhor, seja em seus domínios ou mesmo na nossa casa.


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O inofensivo, mas dolorido empate na primeira fase do Paulista passado foi o aviso de que algo estava mudando. Como vinha acontecendo nos anos anteriores, o Verdão impôs sua superioridade desde o início, abriu o placar e ampliou a vantagem. Porém, quando menos se esperava, os rivais arrancaram um empate nos últimos instantes.

A situação piorou quando chegaram Ramón Díaz e alguns reforços pontuais. Experiente, o treinador conseguiu montar uma equipe cascuda e, junto dela, aprendeu a jogar contra o Palmeiras de Abel Ferreira. A estratégia não é assim tão complexa. Ela consiste em dar a bola ao adversário, suportar a pressão inicial, caçar Estêvão, aproveitar um erro que eventualmente acontecerá e, por fim, contar com a falta de paciência e criatividade do outro lado para segurar o resultado. Simples, mas o bastante para fazer o mesmo time que foi amassado pelo Barcelona no Equador sair do Allianz Parque com a vitória.

Esse roteiro batido se desenrolou nos últimos três encontros. Em todos eles, o alviverde teve chances para abrir o placar e/ou construir uma boa vantagem, não o fez, um ou mais jogadores falharam e o Corinthians não perdoou. Não à toa, quando Yuri Alberto anotou o gol da vitória no último domingo, todo palmeirense já sabia que dificilmente o marcador mudaria até o apito final.

Gerar um plot twist na parte dois desse filme melancólico é a grande missão do Palmeiras na volta. A dificuldade será imensa. Não tanto pelo adversário jogar com o apoio de sua torcida, mas porque, com a vantagem, poderá colocar novamente sua estratégia em prática. É possível que, empolgado pelo apoio das arquibancadas, o rival até procure atacar nos primeiros minutos, a fim de ampliar a vantagem – o que não seria mau negócio para nós. Ainda assim, é Ramón quem tem opções para escolher.

Abel, por sua vez, terá de buscar o ataque desde o primeiro momento. A grande questão é o como. Se a equipe mantiver a dependência de Estêvão e a incapacidade de criar jogadas pelo chão, as probabilidades estarão contra nós. A alternativa é o português encontrar alguma de suas soluções, como aquela que fez dos 45 minutos iniciais do Dérbi da primeira fase do atual Paulistão os melhores da temporada.

A armadilha de Ramón Díaz está colocada, em condições ideais para pegar o Palmeiras outra vez. Caberá a Abel, sua comissão técnica e seus jogadores não caírem nela. E, ao mesmo tempo, mostrarem a criatividade e a eficiência que há tempos estão em falta. Tendo essas ferramentas, é plenamente possível mudar o roteiro na última cena.

*Luiz Andreassa é palmeirense e jornalista.

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