Análise: São Paulo abusa de erros na saída de bola, mas talento de Ryan salva o time | OneFootball

O São Paulo suou, mas venceu a Portuguesa nesta quarta-feira, de virada, por 2 a 1, na Mercado Livre Arena Pacaembu, pela quinta rodada do Campeonato Paulista. Ryan Francisco foi o herói da noite, marcando o gol que garantiu o resultado positivo ao Tricolor nos acréscimos do segundo tempo. Os erros defensivos da equipe, entretanto, não podem ser esquecidos.

Ao longo dos 90 minutos o São Paulo abusou das falhas na saída de bola. O gol da Portuguesa, inclusive, foi fruto de um desses vacilos do sistema defensivo tricolor. Contra uma equipe mais qualificada, os erros exibidos nesta quarta-feira poderiam custar muito mais caro.

É claro que é preciso considerar uma série de fatores. O São Paulo entrou em campo com um time completamente reserva, poupando todos os seus titulares. Ainda assim, quase um mês de treinamentos deveria ter surtido algum efeito em relação à construção das jogadas desde a defesa, algo que não foi visto no Pacaembu.

Os jogadores do sistema defensivo do São Paulo não apresentaram confiança para saírem jogando. Aliás, não só eles. Até meio-campistas mais ofensivos, como Rodriguinho, chegaram a entregar a bola de bandeja para o time da Portuguesa, gerando certa apreensão nas arquibancadas.

O elenco são-paulino ainda está longe do ideal em termos físicos e técnicos, isso é fato. Mas, passadas as primeiras cinco rodadas do Campeonato Paulista, o time precisa estar mais seguro e desenvolver seu jogo desde o campo defensivo. Caso contrário, será refém das ligações diretas para os atacantes, dificultando bem mais a progressão no campo.

Com pouco tempo para trabalhar antes do próximo compromisso, que acontece no sábado, contra o Santos, na Vila Belmiro, o técnico Luis Zubeldía está com o alerta ligado para esse problema que vem se repetindo desde a pré-temporada nos EUA. A formação considerada ideal conseguiu diminuir a margem de erros técnicos, principalmente no clássico do último domingo contra o Corinthians. A missão é fazer com que o “time alternativo”, em tese com menos entrosamento, consiga manter o nível.