Jogada10
·15 April 2025
Após susto por problema de saúde, Ganso revela apoio dos companheiros de Fluminense

Jogada10
·15 April 2025
O meia Paulo Henrique Ganso, um dos principais nomes do Fluminense nos últimos anos, não escondeu a felicidade por poder retornar aos gramados. Afinal, ele ficou fora de ação por mais de três meses após descobrir o diagnóstico de uma miocardite, uma inflamação no coração, durante a pré-temporada.
Em entrevista divulgada pelo “ge” nesta terça-feira (15), o jogador, que já fez três partidas desde o retorno, celebrou a volta, explicando todo o processo desde que descobriu o problema de saúde.
“Meu primeiro pensamento foi a forma como aconteceu. Ter tempo de Fluminense facilitou o diagnóstico. Há seis anos, faço esse exame de pré-temporada. Em cinco minutos, o doutor Fabrício ligou o alerta e falou: “Para, tem um negócio diferente”. Então veio o susto. Fiz a ressonância e, a partir dali, decidimos o que fazer. Depois desse momento de susto, botei na minha cabeça que ia me recuperar, me cuidar e voltar a jogar futebol. Pensei: “Não é possível que ia parar de jogar futebol, com uma carreira tão bonita, dessa forma”. Vieram o susto e uma força muito grande de dentro de mim”, revelou.
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Ele seguiu, explicando como pegou a doença. Segundo o próprio, ela vem a partir de uma virose.
“(A miocardite) poderia ser de qualquer virose. Uma que foi mais forte. Foi a minha esposa que lembrou, eu nem lembrava. Você tem virose, mas segue no ritmo, estávamos lutando contra o rebaixamento. Ela lembrou que, no ano passado, eu tive uma gripe muito forte. Acho que pode ter sido a causa. Foram 40 dias sem fazer nada, sem praticar esporte, nenhum exercício. Voltei e descobrimos uma pequena arritmia. Tive que fazer uma ablação. Foi simples, mas é um susto grande”, explicou o craque.
Ainda segundo Ganso, o monitoramento segue em dia. Ele atua e treina com um dispositivo, além de continuar o medicamento. O camisa 10 brinca com o novo apelido: Coração Valente, o mesmo do atacante Washington, campeão brasileiro pelo Fluminense em 2010.
“Eu continuo monitorando. Nos jogos e treinos, uso um aparelho específico para esse monitoramento. Claro, continua o medicamento. Mas espero que meu corpo possa me levar um pouco mais na vida do futebol. É o novo coração valente (risos). Espero que ele continue bem forte por bastante tempo”, brincou.
Ganso também explicou sua sensação ao voltar a atuar com a Armadura tricolor. Ele, então, agradeceu aos companheiros, que, segundo o ele, ajudaram-no durante o período ausente.
“Senti felicidade, alívio de fazer aquilo que amo. Foi um sentimento inexplicável, porque estava todo mundo me ajudando, torcendo por mim. Eu tinha plena certeza de que conseguiria voltar, até pela minha dedicação na recuperação. Falei que iria estar junto do pessoal, sou o mais velho do grupo, com mais tempo de clube. Acho que tinha que passar a importância do que eu sou dentro do elenco, um dos capitães do time, um exemplo, um cara que procura ajudar todo mundo, não só os jogadores, mas o entorno inteiro do clube. Mostrar que eu queria estar junto. Não é só por estar jogando dentro de campo ou estar fora, quero ajudar o Fluminense em todos os momentos”, disse.