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·1 November 2024

Barboza: o herói botafoguense renegado na Argentina que sonha defender o Uruguai

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Alexander Barboza joga a temporada de sua vida. Aos 29 anos, chegou como um ponto de interrogação em General Severiano após boa temporada no futebol paraguaio. Mas se tornou referência do Botafogo finalista da Libertadores.

Formado pelo River Plate, nunca teve oportunidades em Nuñez. Jogou apenas seis jogos pelos Millionarios, e só conseguia espaço entre os profissionais quando era emprestado ao Defensa y Justicia.


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Conseguiu certo protagonismo na equipe com Beccacece, chegou a lutar pelo título nacional em grande temporada do clube, modesto. Mas nunca se firmou por um grande no país.

Chegou em Avellaneda para defender o Independiente com certa expectativa, em 2020, um pedido de seu antigo técnico, Beccacece, por quase quatro milhões de dólares. O técnico logo deixou o clube, e Barboza não conseguiu e firmar. Foram apenas 26 jogos até, em 2021, se mudar para o Paraguai.

No Libertad, recuperou o protagonismo em campo, mas sofreu com a depressão. Em 2022, pensou, seriamente, em largar o futebol, aos 27 anos.

"A minha tristeza é absoluta e passam mil coisas pela minha cabeça. Seguir (jogando), não seguir, para quê, por quê? Hoje, não tenho as respostas e isso me preocupa", disse o jogador, em entrevista na época.

Seguiu. Em 2023, foi campeão paraguaio e eleito para a seleção do campeonato. Mesmo beirando os 30 anos, acabou chamando a atenção do Botafogo também pelas atuações na Libertadores.

No Rio, Alexander Barboza se tornou um dos melhores zagueiros da América. Forte no jogo pelo alto, como já era em Assunção, é protagonista, também, na primeira fase de construção, fundamental para dar velocidade para a saída vertical botafoguense. Nos 17 minutos em que atuou contra o Peñarol, em Montevidéu, conseguiu ligar o ataque que culminou no gol de Thiago Almada.

Par perfeito para Bastos na defesa botafoguense, Barboza aproveita a melhor temporada da carreira para sonhar com o futebol de seleções. Não pela Argentina, país em que nasceu, mas pelo Uruguai. Seu pai, uruguaio e torcedor do Peñarol, já manifestou o desejo que o filho defenda a Celeste, e Barboza se mostrou aberto a isso.

"Não há nada mais lindo do que representar uma seleção, então se um dia isso acontecer, seria um sonho", declarou. Seria, também, uma bela história: da quase aposentadoria para uma Copa do Mundo... Por enquanto, o sonho mais palpável é a Libertadores, objetivo de desejo da torcida botafoguense.

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