Caixinha convoca torcida para livrar Santos do passado: “Não tenho varinha mágica, mas quero vencer” | OneFootball

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·23 January 2025

Caixinha convoca torcida para livrar Santos do passado: “Não tenho varinha mágica, mas quero vencer”

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O Santos perdeu por 2 a 1 para o Palmeiras, de virada, nesta quarta-feira, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. O técnico Pedro Caixinha lamentou o revés na Vila Belmiro. Na visão do português, faltou competitividade aos mandantes.

“A equipe não entrou bem no jogo. Logo no primeiro lance saímos para pressionar e a defesa ficou. Dá uma sensação de ‘vou para frente, fico para trás’, dá desequilíbrio e o Palmeiras chega. Queríamos criar momentos de pressão, não tem a ver com linhas altas ou não, mas ter momentos de pressão. Fizemos algumas vezes no primeiro tempo, não da forma agressiva como quero que façam, mas tendo em conta da defesa da profundidade. No primeiro tempo falhamos depois da segunda bola, eles ganhavam no meio-campo e ficavam à frente da última linha”, disse.


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“Sem bola, poderíamos estar mais baixos e saber nesses momentos que precisávamos de bloco médio com agressividade. Palmeiras faz boas triangulações, no primeiro tempo muito no nosso lado direito e não conseguimos travar, compactar como equipe. O jogo pedia muito mais competitividade. E competir não tem a ver com bloco alto, médio ou baixo, mas competir pelo jogo”, completou.

Recém-chegado, o comandante destacou que quer cortar a ligação do clube com o passado. Ele entende que a pressão que vem da arquibancada está atrapalhando alguns jogadores.

“Temos que ter algo mais de dentro. Entender a capacidade física, a vontade de competir com resultado a favor contra essa e qualquer equipe. Algo tem que vir de dentro na nossa entrega, no nosso sacrifício pelo jogo. Ainda não estamos nisso. Não quero ligação com o passado, quero cortar isso. Ligação da tribuna com o campo. A equipe ansiosa, presa, receosa… Deu para notar isso em alguns atletas, que sentem muito essa pressão”, declarou.

“Estou aqui para apoiá-los. Acredito muito nesse projeto. Representar o Santos e sair daqui com derrota no último minuto é muito triste. Acreditem que vamos colocar o Santos onde merece. Precisamos de tempo, do esforço para outras opções na nossa equipe”, ampliou.

Caixinha ainda pediu o apoio da torcida neste momento e destacou que este processo de reformulação do Santos ainda vai levar algum tempo.

“Temos que ter caráter para jogar em clube grande. Isso nota-se ainda mais no Brasil. É assim que tem que ser. Quem não tem caráter não pode estar em clube grande. Quem não consegue lidar, não pode estar em clube grande. Queremos que o torcedor seja um de nós, independentemente do resultado. Lutar por todas as bolas, ter comportamento competitivo. Tivemos no primeiro tempo contra o Mirassol, uma reação contra a Ponte Preta. Queremos prolongar o tempo e esse é meu trabalho. Estarei sempre aqui para defender nossos jogadores. Todos os jogadores que estão aqui querem defender o Santos, estando bem ou não tão bem. Todos representam o Santos”, falou.

“Peço mais uma vez, eu tenho condições. Todo o estádio pode meter pressão em mim, mas durante o jogo que apoiem os torcedores e que pressionem a mim. O trabalho desse grupo é fantástico. Acreditem que esse clube, infelizmente, tem sido muito maltratado. Não tenho varinha mágica, mas tenho muita vontade de vencer nesse projeto. Não vai ser amanhã, uma semana, mas nunca vou desistir e vou precisar de todos. Conhecem mais o passado da instituição que eu e, se não estivermos todos juntos e não confiarem no trabalho, não vamos alcançar nada. Se alcançarmos, vamos conquistar. Minha energia está totalmente focada nessa reação”, finalizou.

O Alvinegro Praiano está em segundo do Grupo B do Estadual, com quatro pontos. O líder é o Guarani, que também tem quatro e visita o São Paulo nesta quinta-feira. Red Bull Bragantino, com três, e Portuguesa, com dois, completam a chave.

O Santos volta a campo no próximo sábado, quando visita o Velo Clube, pela quarta rodada do Paulistão. A bola rola no gramado do Benitão, em Rio Claro (SP), a partir das 18h30 (de Brasília).

“Temos que encontrar e procurar soluções dentro do campo e já no próximo jogo dar uma resposta. As equipes grandes vencem essencialmente quando são postos à derrota. Independentemente das condições de recuperação, temos que ser seriamente competitivos para ganhar o próximo jogo”, finalizou Caixinha.

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