
Gazeta Esportiva.com
·21 March 2025
Casares cita “esforço coletivo” por reestruturação financeira e não descarta SAF no São Paulo no futuro

Gazeta Esportiva.com
·21 March 2025
O presidente do São Paulo, Julio Casares, falou sobre o Fidc (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios), que planeja reestruturar o financeiro do clube. O mandtário disse que o fundo será um esforço coletivo de todos os setores do Tricolor.
O fundo de investimentos foi realizado em parceira com as gestoras Galapagos Capital e Outfield. O São Paulo pretende captar R$ 240 milhões com a criação do fundo para pagar dívidas com instituições bancárias e resolver problemas com capital de giro. No entanto, o projeto limita alguns gastos do clube, como a contratação de jogadores.
“O plano de reestruturação financeira é um pilar de nossa gestão e foi abraçado por todos os setores do clube. Será um esforço coletivo que nos dará a oportunidade para reorganizar nosso fluxo e abrirá caminho para um futuro melhor no nosso Tricolor. Com a criação do Fidc em parceria com a Galápagos, o clube se comprometeu a cumprir os ‘covenants’ (acordos) estipulados. Esse é um compromisso do clube, que extrapola qualquer nome individual ou gestão, seja esta ou as próximas”, disse Casares, em entrevista à revista The Winner.
O presidente também não descartou a ideia da SAF no São Paulo. Ele afirmou que a mudança merece uma grande atenção do clube e que não será o “último” a adotar o modelo no Brasil.
“A mudança do modelo associativo para o modelo de SAF merece a atenção e o estudo minucioso do clube. Nenhum modelo de gestão é garantia de sucesso ou certeza de fracasso. Há exemplos de SAF’s bem sucedidas e de projetos que não deram certo. Do mesmo jeito acontece com os clubes de modelo associativo. Eu disse desde que assumi a presidência que o São Paulo iria olhar com atenção esse movimento e que não seria o primeiro a adotar o modelo, mas certamente também não seria o último”, pontuou.
Casares foi reeleito presidente do São Paulo no final de 2023. Após um primeiro mandato com dois títulos, ele destacou que o segundo triênio será focado na reestruturação financeira do Tricolor.
“Costumo dizer que a nossa gestão pode ser divida em duas partes, como num jogo de futebol. No primeiro triênio, o primeiro tempo do jogo, tínhamos como grande objetivo reconduzir o São Paulo de volta ao patamar de competitividade e resgatar a autoestima do torcedor. Tivemos êxito: entre 2021 e 2023 foram quatro finais e dois títulos. Vencemos inúmeros jogos importantes, e o torcedor passou a acreditar de novo e voltou com força ao estádio. Após a reeleição para um novo mandato, nossa prioridade no ‘segundo tempo’ da partida é reestruturar as finanças do clube e deixar um legado, um caminho melhor para ser trilhado pelos próximos anos. Tenho fé nisso, e mais que isso, temos trabalhado muito para que aconteça”, apontou.