Leonino
·13 November 2024
Leonino
·13 November 2024
Conrad Harder ainda não atingiu o nível de Viktor Gyokeres, mas está a caminhar nessa direção. O avançado dinamarquês, que chegou este verão ao Sporting, marca um golo na Liga a cada 62 minutos, enquanto o sueco precisa de apenas 60 minutos para fazer o mesmo. Foi precisamente o jovem de 20 anos quem proporcionou a última grande alegria a Ruben Amorim, ao brilhar no jogo de despedida do técnico em Braga. Bruno Romão, treinador português com experiência no futebol nórdico, especialmente na Finlândia, analisou a evolução do dinamarquês nos leões e a importância do recrutamento de jogadores desta região.
O jovem dinamarquês foi a última contratação a chegar a Alvalade, mas já se revelou um trunfo valioso. No jogo contra o Braga, partindo do banco, marcou dois golos decisivos que selaram uma reviravolta memorável para os leões. Estes dois momentos confirmaram as expectativas em torno do jogador, que chegou como uma alternativa a Fotis Ioannidis, uma contratação que não se concretizou. Após 11 jogos, ninguém sente falta do avançado grego, que, no Panathinaikos, tem apenas um golo em 15 partidas. Já Harder, em 382 minutos jogados, marcou cinco golos, destacando-se pela sua eficiência mesmo saindo do banco.
O rendimento de Harder traz novamente à ribalta o sucesso dos jogadores nórdicos em Alvalade, como Gyokeres e Hjulmand. A pergunta que se impõe é: qual o segredo por detrás da afirmação destes talentos escandinavos? Bruno Romão, que conhece bem o futebol nórdico, acredita que o potencial do dinamarquês ficou evidente, especialmente pelos golos decisivos marcados contra o Braga. No entanto, salienta que o Harder ainda precisa de evoluir e que há qualidades que o distinguem do sueco, nomeadamente a sua capacidade de baixar para apoiar e jogar entre linhas, encarando os últimos defesas com inteligência.
“Estes dois golos sobre o Braga confirmam o potencial, nada mais, apesar de acreditar que o Harder pode ficar com o lugar de Gyokeres e também que esse foi o plano do Sporting aquando da sua contratação. Há dois aspetos em que o Harder me parece ligeiramente mais competente que o Viktor: a capacidade de baixar em apoio ou de jogar entre linhas a encarar os últimos defesas e a procura da baliza de meia distância”, analisou Bruno Romão.
“A fome de baliza (versátil a finalizar de diferentes formas) e a capacidade que tem de verticalizar o jogo (estar em condições de jogar para a baliza) porque é rápido e tecnicamente evoluído. Sente-se que é um jogador disponível para a equipa, porém, mais do que criar expectativas à volta dele, tenho curiosidade de ver a sua evolução em termos da decisão (de frente e de costas), bem como a colaborar, dentro da sua posição específica, nas tarefas defensivas”, concluiu o técnico.