SPFC 24 Horas
·12 March 2025
Fio Tricolor: Choque-Rei Polêmico e Ameaças de Boicote Em 2026!

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·12 March 2025
(Foto: Marcello Zambrana | AGIF | ESTADÃO CONTEÚDO)
A arbitragem brasileira mais uma vez se vê no centro das atenções após o polêmico pênalti marcado contra o São Paulo na semifinal do Campeonato Paulista de 2025. O lance, ocorrido no primeiro tempo do clássico contra o Palmeiras no Allianz Parque, gerou revolta entre os são-paulinos, que alegam que Arboleda sequer tocou em Vitor Roque. No entanto, sem a interferência do VAR, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza assinalou a penalidade, convertida por Raphael Veiga, garantindo a classificação alviverde.
Diante das reclamações, a Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou o áudio da análise do lance. Na conversa entre Flávio Rodrigues e o VAR, Rodrigo Guarizo, o entendimento foi de que Arboleda cometeu um “calço com a perna esquerda”. Essa explicação, contudo, não convenceu o São Paulo, que vê uma recorrência de decisões questionáveis em clássicos contra o Palmeiras. Afinal, se o contato foi tão claro, por que a arbitragem de vídeo não recomendou a revisão do lance?
Os erros a favor do Palmeiras não são novidade quando se trata de arbitragem brasileira. Em 2023, pela Copa do Brasil, Anderson Daronco anulou um gol legítimo de Calleri, mesmo após recomendação do VAR para revisar a jogada. Naquele momento, a decisão prejudicou o São Paulo em uma fase decisiva da competição. Esse histórico reforça a desconfiança da torcida tricolor quanto à imparcialidade das decisões em clássicos.
No Campeonato Paulista de 2024, o São Paulo enfrentou novas situações controversas. No empate por 1 a 1 com o Palmeiras, Richard Ríos cometeu uma falta dura que merecia expulsão, mas recebeu apenas um cartão amarelo. Além disso, no mesmo jogo, a arbitragem ignorou um possível pênalti em Luciano. Em ambos os casos, a arbitragem errou para o mesmo lado, deixando a sensação de que o São Paulo sempre precisa superar não apenas o adversário, mas também decisões equivocadas dos juízes.
As reclamações do Tricolor não se limitam ao lance do pênalti contra o Palmeiras. No ofício enviado à FPF, o clube criticou a condução do clássico e a marcação de outras faltas ao longo da partida. Além disso, lembrou que Flávio Rodrigues de Souza já havia sido afastado pela CBF em 2024, após um erro grave na partida entre Vitória e Fluminense pelo Brasileirão. Como um árbitro afastado por falhas recentes foi escalado para apitar um jogo decisivo?
A indignação são-paulina se intensificou após a fala de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, sobre o goleiro Rafael. Ao minimizar as críticas do clube, Bastos afirmou que “se ele chuta para a frente, não acontece nada”. Essa declaração foi interpretada como uma tentativa de desviar o foco das falhas da arbitragem, evidenciando a falta de preocupação da federação com a transparência nas competições que organiza.
Diante desse cenário, o São Paulo cogita tomar medidas drásticas para 2026. O clube avalia a possibilidade de não escalar sua equipe titular no Campeonato Paulista e até mesmo de boicotar a competição. Essa decisão, que inicialmente recebeu essa nomenclatura, agora está sendo reavaliada juridicamente para evitar possíveis consequências legais. Ainda assim, o descontentamento é evidente e pode levar a mudanças significativas na relação entre o Tricolor e a FPF.
Além disso, o clube do Morumbi pretende manter a postura firme em relação à sua cota financeira na competição. Independentemente do time que vá a campo, o São Paulo exigirá o valor integral da FPF, sem abrir mão de seus direitos. Essa decisão mostra que o clube não está disposto a aceitar um papel secundário no torneio, mesmo que opte por utilizar uma equipe alternativa.
Nos bastidores, a diretoria são-paulina avalia estratégias para pressionar por mudanças na arbitragem. A exclusão de árbitros que cometeram erros frequentes contra o clube é uma das pautas debatidas internamente. Afinal, sem uma reformulação estrutural no comando da arbitragem, as polêmicas continuarão a manchar a credibilidade do futebol paulista.
(Foto: Marcos Ribolli | Globo Esporte)
Outro ponto que incomoda o São Paulo é a postura da FPF diante das reclamações. Após a eliminação no Paulistão, houve um contato telefônico entre Reinaldo Carneiro Bastos e o presidente Julio Casares. Entretanto, segundo apuração da ESPN, em nenhum momento o mandatário da federação admitiu erros ou pediu desculpas pelos acontecimentos no Allianz Parque. Essa falta de autocrítica apenas reforça a sensação de que a arbitragem age sem consequências.
A insatisfação também se estende à torcida, que vê a arbitragem brasileira cada vez mais comprometida por erros recorrentes. O uso do VAR, que deveria trazer mais justiça ao futebol, se tornou um instrumento de confirmação de equívocos, em vez de uma ferramenta para corrigir injustiças. A falta de critérios claros e a inconsistência nas marcações só aumentam a desconfiança dos torcedores.
Enquanto a FPF não tomar medidas concretas para melhorar a arbitragem, episódios como esses continuarão a se repetir. O São Paulo, prejudicado mais uma vez, dá sinais de que não aceitará passivamente a situação. Se a federação não garantir maior transparência e qualidade na arbitragem, o Paulistão pode perder um de seus clubes mais tradicionais, o que comprometeria ainda mais a relevância do torneio.
Com a eliminação no Estadual, o Tricolor agora foca na estreia do Brasileirão, no dia 30 de março, contra o Sport no Morumbi. No entanto, a polêmica em torno da arbitragem ainda está longe de ser esquecida. O São Paulo segue atento e promete continuar cobrando explicações, pois não aceitará que erros como esses passem impunes.
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