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Zerozero

·8 September 2024

Já conhecemos o padrão...

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Por momentos pareceu que a festa seria em tartã, mas Portugal elevou os padrões finalizadores a tempo de bater a seleção da Escócia por 2-1 e chegar aos seis pontos nos primeiros dois jogos da nova edição da Liga das Nações.

E por falar em padrões, a verdade é que esta vitória portuguesa se construiu de um molde já antigo... Depois dos escoceses terem marcado cedo e segurado a vantagem durante largos minutos, foi preciso que as maiores figuras nacionais se chegassem à frente para levar o jogo na direção certa: Bruno Fernandes empatou em estilo e Cristiano Ronaldo, lançado ao intervalo, levou a Luz à loucura já perto do fim.


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McTrágico

De pouco serve o favoritismo quando, logo ao sétimo minuto de um jogo caseiro, o marcador já mexeu para uma posição desfavorável. Foi isso que aconteceu esta noite, graças a um lance em que Scott McTominay pensou e executou mais rápido do que toda a linha defensiva lusa. O médio que recentemente trocou o Manchester United pelo Napoli apareceu nas costas de Rúben Dias e cabeceou para o 0-1, no que foi o único remate escocês durante a primeira parte.

Pedia-se uma reação célere, para não deixar os visitantes embalar psicologicamente. Essa até surgiu, em boa verdade, mas nunca acompanhada de frieza finalizadora...

O camisola 4 português, António Silva, tentou imitar o adversário e por duas vezes apareceu sozinho com espaço para cabecear, mas em ambas atirou por cima. Bruno Fernandes e Nuno Mendes apostaram na meia distância, sem sucesso. Até Diogo Jota, geralmente tão clínico dentro da área, deixou duas chances escapar!

Perante um cenário cada vez mais complicado, as bancadas foram perdendo a boa disposição. Para isso também ajudou Angus Gunn, guarda-redes que, além de travar alguns dos lances mais promissores, desperdiçou algum tempo de jogo. O único que nunca tirou o sorriso foi Rafael Leão, que a partir da asa esquerda foi criando o caos e a maioria dos lances de perigo.

Tinham de ser eles

O que faltou no primeiro tempo, surgiu bem mais rapidamente no segundo. Com as bancadas novamente galvanizadas (a entrada de Cristiano Ronaldo foi chave para isso), Portugal conseguiu finalmente marcar, num lance em que Leão faz o passe atrasado e Bruno Fernandes, bem ao seu estilo, fez o 1-1 com um belo remate de fora da área!

Pedia-se que o pé não saísse do acelerador, uma vez que a reviravolta ainda estava por consumar, mas em vez disso o que aconteceu foi um ligeiro ressurgimento escocês. Mais bola, mais confiança e os primeiros remates desde o golo para a equipa adversária, que aproveitou o facto de Portugal ter ficado bem mais tímido após as substituições.

Durante largos minutos, Portugal só por uma vez conseguiu criar perigo. Esse momento (Diogo Jota tenta contornar o guarda-redes) surgiu entre investidas dos britânicos, que também não tiveram sucesso nesse plano. Foi só nos minutos finais que a superioridade e talento luso se voltou a notar, com Cristiano Ronaldo e João Félix no centro de toda a ação. Se a bola nunca entrou, a Escócia pode agradecer a Gunn (duas defesas) e ao poste.

Após alguma insistência, a bela entrada do capitão acabou por dar frutos ao 88º minuto de jogo. Tal como tinha acontecido no golo 900 da carreira, marcado esta quinta-feira, foi Nuno Mendes quem fez o cruzamento que Cristiano Ronaldo transformou no golo da vitória. Vintage CR7, a salvar a seleção em momentos de maior aperto. Ainda atirou um «Eu estou aqui», para relembrar que, mesmo aos 39 anos, ainda tem um papel de relevo a desempenhar.

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