O Galo na LUTA contra o RACISMO: Chegou a hora de enfrentar a Conmebol | OneFootball

O Galo na LUTA contra o RACISMO: Chegou a hora de enfrentar a Conmebol | OneFootball

Icon: Fala Galo

Fala Galo

·18 March 2025

O Galo na LUTA contra o RACISMO: Chegou a hora de enfrentar a Conmebol

Article image:O Galo na LUTA contra o RACISMO: Chegou a hora de enfrentar a Conmebol

Por: Gustavo Lopes Pires de Souza

O Clube Atlético Mineiro sempre se destacou dentro e fora dos gramados. Mais do que um time vencedor, o Galo tem uma história de lutas que transcendem o futebol e ressoam na sociedade. Uma dessas batalhas é contra o racismo, uma praga que insiste em manchar o esporte que tanto amamos.


OneFootball Videos


Desde seus primeiros anos, o Atlético Mineiro se consolidou como um clube popular e inclusivo, com uma torcida diversa e apaixonada. Nos últimos anos, essa vocação foi reafirmada em diversas campanhas e manifestações antirracistas. Em 2021, por exemplo, o clube tomou uma posição firme ao repudiar ataques racistas sofridos por seus jogadores e torcedores em competições internacionais. Mais do que isso, o Galo sempre levantou a voz para cobrar punições severas aos infratores e medidas eficazes para erradicar a discriminação do futebol sul-americano.

No entanto, a realidade é que a Conmebol tem se mostrado ineficaz e leniente diante do racismo. A mais recente declaração do presidente da entidade, Alejandro Domínguez, durante o sorteio da Libertadores e da Sul-Americana, expõe essa conivência: ao ser questionado sobre a possibilidade de uma Libertadores sem clubes brasileiros, ele afirmou que isso seria “como Tarzan sem a Chita”. A analogia, carregada de insensibilidade e de conotações racistas, revela o desprezo da Conmebol pela seriedade do tema.

Clubes brasileiros têm sido vítimas recorrentes desse cenário, e a indignação aumenta a cada novo caso. Diante disso, surge uma questão inevitável: até quando os clubes brasileiros aceitarão esse desrespeito?

O Atlético, que sempre esteve na vanguarda das grandes lutas do futebol, tem a oportunidade de liderar um movimento histórico. A ideia de um boicote à Conmebol, com os clubes brasileiros abandonando suas competições para buscar alternativas mais respeitosas, como a Concacaf, começa a ganhar força. Se há um clube capaz de puxar essa fila, esse clube é o Galo.

Não seria a primeira vez que o Atlético tomaria uma decisão corajosa. O clube já enfrentou arbitrariedades e injustiças antes e soube se posicionar. Diante da omissão da Conmebol, um gesto de coragem e resistência pode desencadear uma mudança profunda na relação do futebol sul-americano com o combate ao racismo.

Mais do que um time de futebol, o Galo é um gigante com responsabilidade histórica. A hora de agir é agora. Chega de tolerância com quem fecha os olhos para o racismo. Se a Conmebol não respeita os clubes brasileiros, os clubes brasileiros não precisam dela.

View publisher imprint