Performance defensiva e média de golos sofridos preocupa Martín Anselmi | OneFootball

Não é comum que uma equipa com o prestígio do FC Porto apresente uma média de golos sofridos que ultrapassa um por jogo, mas, de facto, nesta época, a defesa azul e branca não tem correspondido, comprometendo, em várias ocasiões, resultados que poderiam ser positivos.

Até ao momento, os dragões permitiram 40 golos em 38 jogos, resultando numa média alarmante de 1,08 golos sofridos por jogo.

Estes números negativos não são recentes. Durante o comando de Vítor Bruno, a defesa já apresentava falhas, mas as falhas individuais tornaram-se mais evidentes nos jogos mais recentes, com Martín Anselmi ao leme.

Acostumada a um sistema com quatro defesas desde o início da época, a equipa azul e branca teve que se adaptar a um novo sistema sob a orientação do treinador argentino. No entanto, essa mudança não pode ser a única responsável, uma vez que muitos golos sofridos resultaram de erros individuais, especialmente por parte dos defesas-centrais.

Estatísticas com Anselmi

Ao analisar a performance defensiva dos dragões nesta época, é relevante distinguir entre o período sob a orientação de Vítor Bruno e os últimos sete jogos sob Martín Anselmi.

Com o anterior treinador, o FC Porto permitiu 30 golos em 29 jogos (1,03 por jogo), enquanto, com o novo técnico, os azuis e brancos já sofreram oito golos em sete jogos (1,14 a cada 90 minutos).

Esse ligeiro aumento reflete a fase difícil que a equipa enfrenta e a instabilidade emocional que tem resultado em perda de pontos no campeonato e na eliminação prematura da UEFA Europa League.

Na época anterior, em que os dragões ficaram a 18 pontos do líder da Liga, sob a direção de Sérgio Conceição, o FC Porto sofreu 45 golos em 53 jogos (média de 0,87 por jogo).

Sistema e ajustes

Desde que começou a sua carreira como treinador principal, Anselmi tem implementado um estilo de jogo acelerado e muito ofensivo, o que pode, por vezes, gerar desequilíbrios defensivos.

Para se ter uma ideia, no Cruz Azul, o anterior clube do jovem técnico, a média de golos sofridos era de 0,875 por jogo (21 em 24 jogos) nesta temporada.

O argentino tem trabalhado intensamente no processo defensivo no Olival, procurando melhorar o desempenho não só do trio de centrais, mas de toda a equipa.

No último jogo, Tomás Pérez foi inserido na defesa e teve uma boa performance, numa posição que já foi ocupada por Eustáquio e que tem sido desempenhada por Nehuén Pérez.