Gazeta Esportiva.com
·30 November 2024
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·30 November 2024
A primeira viagem para fora do Brasil, a primeira vez em um avião, acompanhar o time do coração com um bebê de colo… além de tingir Buenos Aires de de alvinegro, os torcedores de Atlético-MG e Botafogo levam suas histórias à final da Copa Libertadores.
Acostumada a ver o vermelho, o branco, o amarelo e o azul de seus dois times mais populares, River Plate e Boca Juniors, a capital argentina foi tomada por uma multidão vestida em branco e preto, as cores dos clubes finalistas do torneio continental.
Milhares de fanáticos do “Galo” e do “Fogão”, que compartilham as mesmas cores, chegaram à cidade nos últimos dias para presenciar uma final que garante ao Brasil o sexto título consecutivo do principal torneio de clubes das Américas. A final acontece neste sábado (30) no estádio Monumental de Núñez (17h), a casa do River.
Os torcedores se reúnem em bares, parques e restaurantes portando os uniformes de seus clubes, aos quais dedicam animados cantos de arquibancada.
“O brasileiro é apaixonado pelo futebol, e nós também somos assim. Aonde o time for, dentro do possível, a gente vai atrás também”, disse à AFP Talita Brumano, um bancária de 36 anos que viajou de Juiz de Fora.
Talita passaria despercebida como apenas mais uma torcedora do Atlético-MG se não fosse por um de seus acompanhantes: seu filho de cinco meses de idade, que a observa dentro de um carrinho de bebê vestido com o uniforme do time liderado pelo experiente atacante Hulk.
“É uma paixão inexplicável, nós vimos aqui para sair campeões”, acrescentou Talita nas imediações do Monumental, que tem capacidade para 84.567 espectadores. Até o início desta semana, foram vendidos “cerca de 60 mil ingressos”, disse uma fonte da Conmebol à AFP.
A poucos metros dali, com uma cerveja na mão, Pedro Henrique Mafia tinha dificuldades para esconder a alegria de sair do Brasil pela primeira vez para acompanhar seu time de coração, o Galo, que busca o bicampeonato da Libertadores após a conquista da edição de 2013 com Ronaldinho Gaúcho.
“Primeira vez fora do Brasil, emoção muito grande, é o time que a gente acompanha sempre”, afirmou este médico de 34 anos, que veio junto com seus amigos do município de Jequeri, no interior de Minas.
Em outro ponto nobre de Buenos Aires, no Lago de Regatas, dezenas de torcedores do Botafogo participaram de um “bandeiraço” na tarde desta sexta.
Augusto Alfonso, um engenheiro de 28 anos, se juntou ao coro que desejava sucesso ao Botafogo em sua primeira final de Libertadores.
Ele não estava só, a seu lado, radiante, estava seu pai Alberto, de 66 anos, que embarcou pela primeira vez em um avião para acompanhar a “Estrela Solitária”.
“[Meu pai] tinha bastante medo de viajar em avião”, contou Augusto. “A gente faz tudo para acompanhar o Botafogo, é uma herança que eu trouxe dele e vou levar para o meu filho.”
“vai ser uma felicidade imensa na minha vida”, afirmou, por sua vez, Alberto. “Uma coisa que eu jamais imaginava, que o meu filho ia me trazer para levar esse troféu para o Rio.”