Tudo o que disse Bruno Lage na antevisão do Santa Clara - Benfica | OneFootball

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Glorioso 1904

·14 February 2025

Tudo o que disse Bruno Lage na antevisão do Santa Clara - Benfica

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Bruno Lage marcou presença esta sexta-feira, 14 de fevereiro, para fazer a antevisão ao duelo do Benfica com o Santa Clara, a valer para a 22.ª jornada da Liga Portugal Betclic. O encontro está agendado para as 18h00 do próximo sábado, 15 de fevereiro, no reduto dos insulares. Confira tudo o que disse o técnico aos jornalistas.

"O Tomás ainda não sabemos, precisamos de tempo para analisar. Sobre o Otamendi, a mesma resposta do Di María. Têm os dois 37 anos. Aproveitar também para lhes dar os parabéns publicamente. São dois profissionais excelentes. Têm uma dedicação muito grande. Aquilo que noto, e que podia realçar, é a forma como os dois, que ganharam o que ganharam, celebraram a vitória na Taça da Liga. Isso representa o prazer e o gosto que têm em estar cá. A seu tempo, o presidente, com a minha opinião, tomará a melhor decisão para todos".


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Tomás Araújo está fora do jogo de amanhã? Com a ausência de tantos jogadores, teme que possa agudizar esta onda de lesões? E teme que haja jogadores que tenham medo de jogar com maior intensidade?

"Isso não existe. Os jogadores quando entram em campo pensam em jogar e contribuir. Mas claro que quando há uma lesão em qualquer plantel... Partindo da ideia de que há dois jogadores por posição, em função de equipas como o Benfica que jogam regularmente, a partir do momento em que um jogador deixa de poder contribuir por lesão, os outros têm de ser sujeitos a uma solicitação maior. E aí estão mais sujeitos a lesão. Amanhã, o que não quero, é colocar jogadores em risco. E vamos ter de o fazer. Temos dois ou três no limite... Mas isso faz parte da vida. O que me cabe a mim é encontrar soluções. Temos as que temos no nosso plantel. Diariamente, trabalham comigo, além dos jogadores, praticamente as duas equipas, quer a B, quer os sub-23. Uma grande rotatividade. Conheço perfeitamente os dois plantéis e eles cada vez mais têm conhecimento do que eu quero. E é ali que vamos encontrar soluções para responder a cada momento".

Arrepende-se de não ter tido uma postura mais arrojada no mercado de janeiro?

"Quase que vou usar as palavras da sua colega. Tínhamos Bah, Tomás, Aursnes e ainda temos o Leandro, além do Spencer. Cinco soluções válidas. Acho que fizemos o mercado que tivemos de fazer, fomos em busca do que achava que era fundamental, nos acertos que achei que podíamos fazer. Acho que fizemos um mercado bom".

Bah não joga mais esta época e Tomás Araújo saiu com queixas no último jogo. Aursnes, que também poderia fazer a posição, está lesionado. Qual a opção para lateral direito?

"Para amanhã, é o Leandro. Tentámos identificar um jogador para cada posição, porque essa também é a tarefa do treinador, e depois também tendo em conta o passado que tenho na formação, de identificar em três mercados: internacional, nacional e no mercado da nossa Academia. Um potencial jogador para cada posição. Esse jogador foi identificado, começou desde cedo a trabalhar connosco, passou a jogar mais cedo na equipa B e está pronto para jogar. Vai ser o titular amanhã".

Di María disse que chegou a receber propostas da Arábia Saudita e que as rejeitou para assinar pelo Benfica. Tendo em conta que termina contrato no final da temporada, espera que esse assunto fique resolvido?

"Acho que isso tem de ser tratado no tempo certo. O mais importante é o sentimento do jogador. E eu conheço vários com esse sentimento. Ao invés de quererem ir para campeonatos de dimensão menor, preferem terminar a carreira num sítio que seja especial. No mesmo sentido que vi as declarações do Cancelo. No tempo certo. Tanto um como o outro, se têm essa ideia, em tempo certo será tomada a melhor decisão".

Di María faz hoje 37 anos, mas está lesionado. Como foi feita a gestão dele, tendo em conta que se magoou duas vezes num espaço tão curto? Comentário às imagens de Florentino...

"Começo pela segunda. A minha agenda foi igual à sua. Você regressou mais tarde do que eu do Mónaco. A minha foi preparar viagens, chegar aqui, treinar, almoçar, estar um pouco com a família e aqui hoje. Ainda não tive oportunidade de ver as imagens. E quando percebi que são imagens da bancada, nem vou ver. O desafio que lanço é tratarmos todos os penáltis que já aconteceram esta época da mesma forma. Meter todos os treinadores a analisar da mesma forma. Di María? Sou licenciado em Educação Física, Saúde e Desporto. Veja lá que até sei o que é o esternocleidomastóideo. Nós discutimos, analisamos e tomamos decisões em cima de factos. Além do conhecimento que tenho, depois ainda tenho os dados objetivos do que é o treino e as sensações do jogador. E o que aconteceu na saída do Di María, na primeira situação, ele não esteve lesionado. Sentiu um desconforto. Foi analisado por radiologistas dentro e fora do Benfica e não apresentava qualquer tipo de lesão. Fez tudo o que entendemos que deve ser necessário. Atingiu em média 30 quilómetros por hora no treino, fez todos os exercícios próprios do que era normal, fizemos as mesmas solicitações que normalmente fazemos no jogo... E tenho um elemento na minha equipa técnica precisamente para isto, que é o Alexandre Silva. Desde 2018, comecei a ter esta preocupação, para não haver lesões e para controlar a dinâmica da carga para cada jogador. Há um tratamento individual para cada um. Di María não teve dor, fez mais no treino do que fez no jogo, estávamos seguros para o poder utilizar o mais rápido possível. E assim foi. Agora, há essa lesão. Mas isso, temos a dele como a dos outros. Sempre que colocamos onze em jogo, mais os cinco [suplentes], podem estar sujeitos a lesão. Mas em função do nosso trabalho, nada é tomado por acaso. É tudo tomado por dados científicos, resultados de exames e, claro, com a sensibilidade do jogador, ainda para mais ele, que hoje faz 37 anos e conhece muito bem o seu corpo".

De que maneira se gere o plantel com esta sobrecarga? Este jogo obriga a mexidas?

"Vou socorrer-me da minha cábula. Não é tanto das viagens. Mas é mais o tempo que temos de intervalo entre os jogos. Jogámos às 21h no Mónaco e ao terceiro dia vamos jogar às 17h nos Açores. Nem o mínimo, que são as 72 horas, vamos ter para seguir de um jogo e preparar o outro. O que temos de fazer é olhar para todos os dados, e os dados estão aqui para uma pergunta a seguir. É escolher o melhor onze. Quando digo que a cada momento escolhemos o melhor onze, é essencial por isto. Perceber quem está fresco e disponível em função da estratégia".

O Benfica vai encontrar um adversário que tem das melhores defesas do campeonato. Como antecipa o encontro?

"Sim, tudo isso e a fazer um campeonato muito bom. A jogar em casa, sabemos das dificuldades de defrontar o Santa Clara. Como tal, temos de estar no nosso melhor. Frescos e com enorme ambição de vencer o jogo. Sabemos que vão jogar com uma linha de cinco, uma equipa com bons mecanismos, a fazer um bom campeonato, muito agressivos no ataque à profundidade, com muita dinâmica nos três homens da frente. Temos de estar preparados. Sinto que a nossa equipa se dá bem a defrontar linhas de cinco, temos tido essa capacidade. Bastante otimista e preparados para um bom jogo".

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