Calciopédia
·17 de diciembre de 2024
Calciopédia
·17 de diciembre de 2024
Qual é a equipe a ser batida nesta Serie A? Começou sendo a Inter e, 16 rodadas depois, parece que ainda é a Beneamata – apesar de a formação de Milão estar na terceira posição do campeonato, com um jogo a menos. Nesta segunda, a trupe de Simone Inzaghi tinha uma partida que poderia ser considerada como um divisor de águas na temporada. Afinal, a Lazio de Marco Baroni é um dos times que vivem melhor momento em 2024-25 e, com méritos, lideram a Liga Europa, brigam pelo topo do Italiano e avançaram às quartas da Coppa Italia. Frente a um adversário com esse cartel, os nerazzurri não se acanharam e aplicaram um sonoro 6 a 0 no Olímpico. Uma goleada que serve como recado à concorrência.
Neste fim de semana, os principais adversários da Inter na corrida pelo scudetto também venceram, mas com muito mais dificuldade. Na Sardenha, a Atalanta até poderia ter perdido para o Cagliari, que briga para não cair. No Friuli, o Napoli teve que virar o jogo contra uma Udinese que está no meio da tabela. Já a Fiorentina, apesar de seguir bem posicionada na tabela, caiu para a quarta posição depois de ter sido derrotada pelo Bologna no Dérbi dos Apeninos.
Rivais históricos da Inter, Juventus e Milan atravessam crises de proporções nada banais. Assim como a Roma, que até parecia ensaiar uma reação. Agora, a equipe da capital se vê a apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento, já que vários times da parte inferior da tabela resolveram vencer no fim de semana: casos de Verona, Lecce e Como – que bateu a própria Loba. Genoa e Venezia, que arrancaram empates dos gigantes citados no início do parágrafo, também pontuaram. Confira, a seguir, a análise da 16ª rodada da Serie A.
Gols e assistências: Çalhanoglu (pênalti), Dimarco (Dumfries), Barella (Çalhanoglu), Dumfries (Bastoni), Carlos Augusto (Dimarco) e Thuram (Mkhitaryan) Tops: Dimarco e Dumfries (Inter) Flops: Marusic e Nuno Tavares (Lazio)
Quando tem a oportunidade, esta Inter não perdoa. Não chegamos sequer à metade da Serie A e a equipe de Simone Inzaghi já tem duas goleadas por 6 a 0 em sua conta, além de um 4 a 0 sobre a Atalanta, líder da competição. E a surra mais recente tem um peso tão grande quanto o da vitória sobre a Dea: afinal, foi construída sobre uma adversária em alta, que lidera a Liga Europa e também está brigando pelo scudetto. Sem dúvidas, os nerazzurri enviaram aos rivais um sonoro recado: vão brigar pelo bicampeonato e não pouparão quem se colocar em seu caminho.
Antes de construir a sua terceira maior goleada sobre a Lazio – antes, já havia enfiado 8 a 1 e 7 a 0 na adversária – e o fazer através de uma atuação de gala, a Inter sofreu no início. Nos 30 minutos iniciais, a equipe da casa até foi melhor em campo, e teve uma boa chance com Noslin, sozinho – o holandês, porém, chutou mascado e para fora. Aos 36, então, tivemos um gol anulado de De Vrij, por falta de Lautaro em Gigot. Porém, antes de o argentino derrubá-lo, o francês abriu o braço e tocou na bola, desviando cabeceio de Dumfries. Na cobrança do pênalti, Çalhanoglu abriu o placar para os visitantes.
Como um trem, a Inter atropelou a Lazio dali em diante. Aos 45 minutos, numa boa jogada coletiva, Çalhanoglu encontrou Dumfries, que inverteu para Dimarco, livre, chegar arrematando num lindo sem pulo e colocar entre as pernas de Provedel para ampliar. Sem tirar o pé do acelerador, a Beneamata continuou melhor no segundo tempo e chegou ao terceiro gol na casa dos 51, com uma pérola de Barella, que acertou um tirambaço no ângulo, em arremate a partir da entrada da área. Em seguida, após uma bela troca de passes, Bastoni colocou a bola com GPS para Dumfries domesticar Nuno Tavates e testar de forma violenta, fazendo o quarto.
A Inter protagonizava uma atuação coletiva que beirava a perfeição – regida como uma orquestra por Inzaghi, que efetuava mudanças ao sabor dos acontecimentos. Se Lautaro e Thuram nem precisaram aparecer muito como atacantes, se doaram bastante para pressionar e recuperar posses de bola. Na defesa, Bastoni e De Vrij se mostraram quase intransponíveis, ao passo que os alas se sobrepunham aos adversários com facilidade, como já salientamos. No meio-campo, Barella, Çalhanoglu e Mkhitaryan ditavam o ritmo.
Todos esses aspectos duraram até meados do segundo tempo, quando Inzaghi optou por sacar os amarelados Bastoni e Çalhanoglu para dar espaço a Carlos Augusto e Asllani. A Inter até pode ter ficado um pouco menos incisiva depois disso, já que tinha o resultado a seu favor. Mas não deixou de chegar quando bem lhe interessava e ainda marcou dois outros gols. Aos 77 minutos, Carlos Augusto deu um bote perfeito em Tchaouna, no campo de ataque, e apareceu na área para concluir o passe açucarado de Dimarco, com belo domínio e respectiva finalização. No apagar das luzes, foi a vez de Mkhitaryan coroar sua grande atuação com uma assistência para Thuram fechar a conta e dar números finais a uma noite histórica.
Gol e assistência: Zaniolo (Bellanova) Tops: Carnesecchi e Kolasinac (Atalanta) Flops: Luperto e Augello (Cagliari)
Foi um sábado de grandes marcas para a Atalanta. A Dea chegou a sua 10ª vitória seguidas, um feito inédito em sua história, e se manteve como líder por rodadas consecutivas pela primeira vez desde que a Serie A voltou a ter 20 times, em 2004. Mas não pense que foi fácil: na verdade, os nerazzurri até poderiam ter sido derrotados pelo Cagliari. Na unha, o goleiro Carnesecchi segurou o triunfo bergamasco. E, com a combinação de resultados da jornada, os rossoblù acabaram ultrapassados por três rivais e caindo para a zona de rebaixamento.
No primeiro tempo, além de ter reclamado de um toque na mão de Kossounou dentro da área, que não resultou em pênalti, o Cagliari mandou no jogo. Na reta final daquela etapa, Carnesecci simplesmente efetuou três defesas ante Piccoli, emprestado aos sardos pelos nerazzurri, sendo duas à queima-roupa.
Depois do intervalo, a Atalanta melhorou e teve duas chances claras perdidas por Pasalic e outra por Kossounou. Aos 66 minutos, então, a defesa do Cagliari bobeou e deixou Zaniolo, que havia acabado de entrar, livre na área. O meia-atacante não perdoou, abriu o placar e ainda provocou a torcida rival. Na sequência, Lookman – eleito como atleta africano do ano de 2024 – até acertou a trave dos isolani, mas os bons momentos da Dea acabaram ali. Até o apito final, os sardos continuaram a dar trabalho a Carnesecchi, que seguiu mostrando segurança até Pierluigi Pairetto apontar para o centro do campo.
Zaniolo foi decisivo pelo segundo jogo consecutivo e deu à Atalanta uma vitória em jogo complicado com o Cagliari (Getty)
Gols e assistências: Thauvin; Lukaku (McTominay), Giannetti (contra) e Anguissa (Simeone) Tops: David Neres e Anguissa (Napoli) Flops: Giannetti e Karlström (Udinese)
Da água para o vinho. Depois de um péssimo primeiro tempo, o Napoli tomou um chacoalhão no intervalo e, com um bom desempenho na etapa complementar, conseguiu conquistar a virada sobre a Udinese e se manter na cola da Atalanta. Pelo jeito como o jogo transcorreu, foi um resultado bastante importante para o time de Antonio Conte.
Sem Kvaratskhelia, lesionado, o treinador apuliano apostou no brasileiro David Neres, que não vinha tendo muitas oportunidades como titular. O camisa 7 logo se mostrou como principal válvula de escape do Napoli. Porém, o pênalti cometido por Lobotka, por toque na bola com o braço, dentro da área, aos 21 minutos, mudou o rumo da partida. Meret até defendeu a cobrança de Thauvin, mas o campeão mundial conferiu no rebote.
Sem muitas ideias, o Napoli raramente ameaçou a meta da Udinese antes do intervalo – a não ser numa boa defesa de Sava em chute de Anguissa. A história mudou logo depois do descanso. Já aos 50 minutos, Lukaku recebeu passe em profundidade de McTominay e arrastou a marcação de Giannetti para empatar. Depois, na casa dos 76, Neres, que foi o líder disparado em dribles tentados (oito) e concluídos (seis), gerou pânico na defesa bianconera numa jogada individual e provocou o bizarro gol contra do zagueirão argentino. Para fechar a conta, a zaga friulana estendeu um tapete vermelho para Anguissa arrancar e concluir às redes, aos 81.
Gol e assistência: Odgaard (Freuler) Tops: Castro e Ferguson (Bologna) Flops: Colpani e Gosens (Fiorentina)
Vincenzo Italiano levou a melhor sobre sua antiga equipe e provocou polêmica: Daniele Pradè, diretor esportivo da Fiorentina, não gostou da comemoração efusiva do técnico após a vitória do Bologna no Dérbi dos Apeninos. Segundo o cartola, o treinador faltou com respeito à Viola, principalmente porque a mãe de Raffaele Palladino, seu sucessor em Florença, tinha morrido horas antes do clássico, o que levou o adversário a nem comandar os gigliati na partida.
Atritos de bastidores à parte, o fato é que o Bologna pode se gabar de ter encerrado a sequência recorde da rival, que tinha oito vitórias seguidas. E, além de ter freado o ímpeto da Fiorentina, o time emiliano emplacou um dos quatro melhores desempenhos das sete últimas rodadas, com 16 pontos somados. Assim, os felsinei se consolidaram na sétima colocação, com três pontinhos e um jogo a menos do que a Juventus, sexta. A Viola, por sua vez, segue bem colocada na briga por vaga na Champions League.
O Dérbi dos Apeninos não foi lá dos mais agitados, é verdade. No marasmo do primeiro tempo, a Fiorentina é que teve as melhores chances, perto do intervalo – entretanto, nada que fizesse Skorupski se preocupar tanto. Após o descanso, a entrada de Ferguson no lugar do lesionado Ndoye melhorou o Bologna, que precisou de apenas alguns segundos para acertar a trave, com Castro. Bastante ativo, o atacante argentino ainda iniciou a jogada do gol de Odgaard, com um lançamento interessante para o compatriota Domínguez fazer o mais difícil e colocar a bola na área, onde o dinamarquês apareceu para concluir. Pouco após, Santi Castro ainda deixou Holm cara a cara com De Gea, mas o sueco desperdiçou a chance para fazer 2 a 0.
Em grande noite, David Neres comandou a reação do Napoli em Údine (Getty)
Gols e assistências: Gatti (Thuram) e Vlahovic (pênalti); Ellertsson (Zampano) e Idzes (Nicolussi Caviglia) Tops: Thuram (Juventus) e Nicolussi Caviglia (Venezia) Flops: Savona (Juventus) e Candela (Venezia)
Quando ganha de forma categórica do Manchester City e parece que vai engrenar, a Juventus vai lá e decepciona a sua torcida no jogo seguinte. Por uma unha – ou melhor, por um braço no peito –, a Velha Senhora não perdeu em casa para o Venezia, lanterna da Serie A, e somou sua primeira derrota na competição. Entretanto, apesar de ter mantido a invencibilidade, a equipe bianconera não deixou de colecionar marcas negativas e motivos para ficar em alerta.
Na Serie A 2024-25, a Juventus conseguiu apenas três vitórias nos nove jogos que fez em casa. Somente em 1956-57 e em 1988-89, a gigante ganhara tão poucas vezes em seus domínios a esta altura da competição. Ademais, os bianconeri têm somente seis triunfos no geral, o que representa o seu pior desempenho no quesito desde 1998-99. Outro mau presságio para a Velha Senhora é o fato de que, em quase 100 anos de existência do campeonato em pontos corridos, só duas equipes terminaram o torneio entre as cinco melhores depois de empatarem 10 vezes nas 16 primeiras rodadas – a Roma, em 1955, e a Inter, em 2005.
Pelo alto, em escanteios cobrados por Koopmeiners e escorados por Thuram, a Juventus abriu o placar, com Gatti, e chegou a balançar as redes no segundo tempo, com Yildiz – lance anulado por um fortuito toque no braço do turco. O Venezia, que havia chegado a balançar o travessão com um chute forte de Andersen, também empatou numa jogada aérea: aproveitando uma cochilada de Savona, Ellertsson deixou tudo igual, aos 61 minutos.
Pouco criativa, a equipe do suspenso Thiago Motta (substituído pelo auxiliar Alexandre Hugeux) pouco fez para alterar a situação e, mais ligado, o time de Eusebio Di Francesco se aproveitou de um levantamento para virar, com Idzes. Nos acréscimos, uma jogada individual de Conceição acabou com rebatida de Stankovic e Candela, desatento, deixou o braço aberto na grande área – justamente no caminho da bola espalmada pelo arqueiro. O gesto não foi intencional, mas terminou em pênalti e na conclusão salvadora de Vlahovic, já aos 95. O gol, porém, não acalmou os ânimos e o sérvio, hostilizado por parte dos ultras, discutiu feio com torcedores depois do apito final.
Tops: Leali e Thorsby Genoa) Flops: Chukwueze e Abraham (Milan)
Essa festa virou um enterro. Em seu aniversário de 125 anos, com a presença de vários craques nas arquibancadas, o Milan deu (mais um) vexame em campo. Apresentando um futebol covarde e sem ideias, fez pouco contra o Genoa: as melhores oportunidades foram com Morata, que carimbou o travessão e mandou para fora, apesar de bem posicionado, e com Emerson Royal, numa cabeçada que fez Leali efetuar a única defesa complicada do jogo. O arqueiro foi eleito como o melhor da partida, o que mostra o quanto os times ficaram devendo. Embora, para os grifoni, o pontinho tenha sido mais do que satisfatório.
Sem dúvidas, o extracampo foi bem mais interessante em San Siro – e não estamos falando das lendas nas tribunas. Na frente delas, a torcida do Milan vaiou muito o time e, principalmente, a diretoria norte-americana, encabeçada por Gerry Cardinale. Na noite seguinte, os cartolas, incluindo Ibrahimovic, tiveram de acessar o local em que ocorreu o jantar comemorativo dos rossoneri através de uma entrada pelos fundos. Na frente, os ultras protestavam e vaiavam os jogadores que apareciam. Só Maignan, Reijnders, Fofana e Pulisic foram poupados, além de garotos da base, como Camarda e Liberali.
Na manifestação, Paulo Fonseca foi tratado com indiferença pelos ultras. Afinal, apesar da enorme irritação com o mau futebol de seu time, o fato de o técnico ter exposto o corpo mole de alguns jogadores pegou bem com a torcida. Um dos que estão em maus lençóis com o treinador e também com os rossoneri é Hernandez, que sequer saiu do banco contra o Genoa e foi coberto de insultos no jantar de aniversário. Ou você morre herói ou vive o bastante para se tornar o vilão.
O Bologna levou a melhor sobre a Fiorentina no Dérbi dos Apeninos e os gigliati não gostaram da comemoração de Italiano, seu ex-comandante (Getty)
Gols e assistências: Gabrielloni (Cutrone) e Paz (Gabrielloni) Tops: Gabrielloni e Paz (Como) Flops: Ndicka e Hermoso (Roma)
Atire a primeira pedra quem imaginava que, faltando apenas três rodadas para a metade da Serie A a Roma estaria a apenas dois pontos acima da zona do rebaixamento – e que, portanto, acabaria perdendo um confronto direto para o Como. Os giallorossi vinham evoluindo desde a chegada de Claudio Ranieri, mas a péssima atuação no Giuseppe Sinigaglia certamente representou um passo para trás no que diz respeito à trajetória capitolina.
Como técnico, o veterano Ranieri jamais havia enfrentado o Como – afinal, desde que o veterano se tornou um profissional de primeira linha, no fim da década de 1980, os lariani só disputaram a elite italiana em 2002-03, quando ele treinava o Chelsea. Assim, Don Claudio chegou a 48 clubes diferentes enfrentados na Serie A, igualando o recorde do também romano e romanista Carlo Mazzone. Só que a marca pessoal expressiva foi ofuscada por uma penca de números ruins de sua equipe.
A Roma, que não ganha fora de casa pela Serie A desde abril, perdeu metade das partidas que disputou neste campeonato. Pela quarta vez em sua história, foi derrotada em pelo menos oito dos 16 primeiros jogos do Italiano, sendo as outras em 1949-50, 1950-51 – quando foi rebaixada – e 1973-74. Na Lombardia, o tropeço ocorreu devido a gols nos acréscimos.
Sem Paredes, gripado, e Cristante, lesionado, a Roma perdeu punch no meio-campo. E, assim, foi dominada pelo Como – apesar de um chutaço de Saelemaekers ter tirado tinta da trave e Dybala ter perdido uma chance inacreditável, em lances que poderiam ter mudado a história do jogo. Do outro lado, Svilar até teve que trabalhar, só que sempre em arremates de longa distância. Até que os comascos arrumaram um salvador inesperado: Gabrielloni, que chegara ao clube ainda nos tempos de Serie D. O centroavante havia marcado nas três categorias em que representou os lariani, mas faltava a elite. Com uma antecipação a Ndicka, para completar cruzamento de Cutrone, não falta mais. O veterano ainda coroou sua noite de glória com uma assistência para Paz em um contragolpe mortal, no último lance da partida.
Gol e assistência: Adams (Vlasic) Tops: Adams e Ricci (Torino) Flops: Cacace e Goglichidze (Empoli)
Finalmente, Torino. Depois de uma sequência de seis rodadas em que não soube o que era vencer, o time de Paolo Vanoli viajou até a Toscana e venceu em grande estilo. Não porque tenha atuado de forma magistral ou tenha sido amplamente superior ao Empoli: é que ganhou graças a um gol do meio-campo, anotado pelo escocês Adams.
O primeiro tempo foi de destaque para os goleiros, que tiveram de trabalhar bem. Vásquez, do Empoli, é que precisou se esforçar mais, com duas defesas difíceis em cabeçadas de Sanabria. Perto do intervalo, Coco, do Torino, também pode usar o cocuruto, dentro da pequena área, só que errou o alvo – ainda que estivesse sozinho. Logo após o descanso, foram os grenás que se salvaram de uma chance cristalina, já que Cacace ficou cara a cara com Milinkovic-Savic, mas mandou longe.
O Empoli foi castigado aos 70 minutos. No meio-campo, Maleh perdeu divididas para Pedersen e Vlasic, e a bola sobrou para Adams, no círculo central. O escocês viu que Vásquez estava adiantado e experimentou dali mesmo, encobrindo o colombiano. Após abrir o placar com um golaço, o escocês ainda teve uma boa chance de fazer o segundo, mas tirou tinta da trave. Não fez falta: com a vitória, o Torino subiu para a 10ª posição, com os mesmos 19 pontos do adversário que derrotou na abertura da rodada.
Camisa bonita, mas o futebol… Contra o Genoa, o Milan teve um amargo aniversário de 125 anos (Getty)
Gols e assistências: Sohm e Sohm (Keita); Coppola (Harroui), Sarr (Harroui) e Mosquera Tops: Suslov e Harroui (Verona) Flops: Balogh e Delprato (Parma)
Emprego salvo. Após a pesada derrota por 4 a 1 para o Empoli, em casa, numa das muitas péssimas exibições do Verona nesta temporada, o cargo do técnico Paolo Zanetti ficou preso a um fio. Mantido em seu posto, o treinador recebeu o apoio de seus jogadores, que se entregaram bastante na visita ao Ennio Tardini e tiraram o Hellas da zona de descenso ao arrancarem um triunfo inesperado sobre um Parma que tem se mostrado sólido e capaz de encrencar times grandes.
O Verona começou muito bem e, já aos 5 minutos, abriu o placar com uma cabeçada de Coppola. Porém, os muitos problemas defensivos do time logo se apresentaram: aos 11, Man perdeu chance cara a cara com Montipò. Aos 19, Ghilardi tirou, em cima da linha, um chute de Bonny e, na sobra, ninguém acompanhava Sohm – e outros dois atletas do Parma. Ficou fácil empatar. No segundo tempo, uma boa triangulação entre Sarr e Harroui resultou em mais um do Hellas. O terceiro poderia ter saído dos pés do marroquino, mas ele desperdiçou uma oportunidade incrível antes de romper o ligamento cruzado do joelho e dar adeus antecipado à temporada.
Assim, o terceiro gol do Verona viria com o colombiano Mosquera, que anotou seus quatro tentos após ter saído do banco – ele é um dos principais “super subs” da temporada europeia, juntamente ao compatriota Durán, do Aston Villa, e também a Stuani (Girona) e Sorloth (Atlético de Madrid). No finalzinho, Sohm anotou sua doppietta e descontou para o Parma. Curiosamente, o suíço, que já soma 126 partidas pelos crociati, tinha balançado a rede pela Serie A somente outras duas vezes em toda a carreira.
Gols e assistências: Morente (Berisha) e Krstovic (Pierotti); Dorgu (contra) Tops: Berisha e Morente (Lecce) Flops: Izzo e Bianco (Monza)
No duelo de desesperados entre Lecce e Monza, melhor para os mandantes, que – neste momento – parecem muito mais cacifados do que o adversário para buscarem a permanência na elite. Os dois times, a bem da verdade, não passavam a impressão de que precisariam suar tanto para continuarem na Serie A, mas não vêm jogando bem. Os biancorossi, treinados por Alessandro Nesta, principalmente. Não é por acaso que dividem a lanterna com o Venezia.
Com apenas 3 minutos, o albanês Berisha já notou a defesa do Monza desatenta e descolou um lançamento sensacional para deixar Morente, observado à distância por Izzo, na cara do gol. O espanhol não perdoou, Já o montenegrino Krstovic, sim. Na casa dos 14, ele teve um pênalti para cobrar, depois que Dorgu foi derrubado por Bianco, e desperdiçou, parando em Turati. Desde que estreou na Serie A, em agosto de 2023, o camisa 9 do Lecce conserva o desonroso posto de pior batedor de penalidades da competição: tentou cinco e perdeu três delas.
A partida do Lecce poderia ter ido por água abaixo depois dos 37 minutos, quando Dorgu tentou atrasar para Falcone, de cabeça, mas não notou que o goleiro estava perto: acabou encobrindo o arqueiro e marcou um gol contra bizarro. Krstovic, porém, apareceria para se redimir, fazendo o que sabe – evidentemente, não cobrou um pênalti. Centroavante típico, o montenegrino pegou uma sobra de bola na grande área e encheu o pé, superando Turati. No segundo tempo, o time de Marco Giampaolo administrou a vantagem sobre um Monza pouco inspirado e ficou com os três pontos.
Carnesecchi (Atalanta); Dumfries (Inter), De Vrij (Inter), Bastoni (Inter), Dimarco (Inter); Barella (Inter), Çalhanoglu (Inter), Sohm (Parma); Suslov (Verona), Gabrielloni (Como), David Neres (Napoli). Técnico: Simone Inzaghi (Inter).