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Zerozero

·18 de noviembre de 2024

45 minutos mágicos e 45 minutos quase trágicos

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Depois de 45 minutos a roçar a perfeição - sublinhados pela magia e fantasia -, a seleção nacional não aguentou ímpeto croata no segundo tempo e - apesar de permanecer invencível na Nations League - esteve pertíssimo de sofrer a reviravolta no resultado perto do fim (1-1). Em cima disso, Tomás Araújo saiu lesionado e Nuno Mendes saiu com queixas.

Com este resultado, a seleção (líder isolado do grupo 1) soma 14 pontos, ao passo que, a Croácia segue no segundo lugar (oito pontos). Em relação ao jogo, de forma expectável, Roberto Martínez operou uma mini revolução no 11 e estreou Tomás Araújo a titular, Tiago Djaló (suplente) e ainda Fábio Silva (suplente). Quenda, de forma algo insólita, voltou a não se estrear pela seleção.


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Em 3-4-3/3-5-2, com Nuno Mendes a terceiro central e João Cancelo a ala esquerdo, Martínez - com apenas Fábio Silva como opção de raiz a '9' na ficha de jogo - colocou Félix a falso nove e privilegiou o jogo interior, com Otávio - Vitinha - João Neves no meio campo.

Magia e segurança

Assertivos, seguros, primorosos na hora de passar a bola - meio campo de luxo assim o permitiu - e criteriosos no momento de ferir a Croácia. A seleção não dominou no primeiro tempo, até porque - do ponto de vista defensivo - concedeu algumas ocasiões à seleção croata, não obstante, esteve muito perto disso.

Depois de meia hora pouco acutilante -Rafael Leão (quase sempre ele) foi, por vezes de forma excessiva, muito solicitado -, Vitinha e João Félix abriram o livro, soltaram-se e houve magia (e qualidade) que sobra no primeiro golo luso. O médio do PSG, com um passe teleguiado, isolou o avançado que, após 'colar' a bola ao pé, não vacilou na cara de Livakovic.

A resposta croata foi quase imediata, mas durou pouquíssimo tempo. Andrej Kramaric, após uma desatenção dentro de área, acertou em cheio no poste, mas... foi apenas e só isso. Os 45 minutos da Croácia, apesar da exibição positiva de Portugal, esteve longe dos níveis mínimos (principalmente, tendo em conta a urgência de pontos).

Tendo isto em conta, a seleção «ignorou» o susto e continuou por cima: Leão, bem ao seu estilo, após um passe incrível de Félix, encerrou a primeira parte com um remate ao poste.

Cansaço e pouco discernimento

No segundo tempo, a seleção entrou a dormir - com bola, mas com uma posse bem mais inofensiva - e a Croácia aproveitou. Primeiro, aos 62', Gvardiol deixou o aviso ao marcar de forma irregular, surgindo - à ponta de lança - nas costas da defesa para o remate e, quatro minutos depois, o golo: perto da mesma zona do lance prévio, o central do City, desta feita, marcou em posição regular.

Jakic cruzou de forma exímia - tenso para o coração da área - e Gvardiol, de pé esquerdo e de primeira, não vacilou na cara de José Sá que, refira-se, podia ter feito um pouco melhor. A partir daqui, Portugal procurou regressar ao comando do jogo, mas o discernimento (e a energia) começou a ficar cada vez menor.

De resto, apenas a entrada de Francisco Conceição mexeu com o jogo. Ao minuto 73, apenas dois minutos depois de entrar, o extremo de 21 anos cruzou de forma perfeita para o pé esquerdo de Nuno Mendes, mas Dominik Livakovic - de forma inacreditável - tirou o golo ao lateral do PSG, com a defesa da noite.

Os reflexos croatas negaram o 1-2 e, até final, foram mesmo os homens da casa que estiveram mais perto do golo: Ante Budimir, com um remate de ressaca de pé direito, acertou em cheio no poste.

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