Jogada10
·6 de abril de 2025
Betinho Marques – O recreio do Galo acabou

Jogada10
·6 de abril de 2025
Depois da histórica conquista do hexacampeonato confirmado na primeira derrota do Galo na temporada. 1 a 0 para o América, o Galudo, mesmo jogando bem contra o Grêmio e Cienciano, nas estreias respectivas de Brasileirão e Sul-Americana, já sente saudades de uma vitória. Nas últimas três pelejas, foram duas derrotas e um empate. Apenas um gol feito, mesmo criando muitas oportunidades. O recreio acabou.
Diante disso, esperançosa, vendo a entrega dos atletas até aqui, a Massa do Galo já começa a fazer as contas em busca do tetracampeonato. O próximo desafio é o São Paulo, neste domingo, no Mineirão às 16h, em jogo válido pela 2ª rodada do BR2025.
Desde 2021, o segundo colocado do certame nacional não ultrapassa a marca de 73 pontos. Diante disso, considerando uma margem não matemática, mas estatística, de três pontos de segurança, temos o 76 como o número mágico para a taça do Brasileirão. Ratifica-se que, até hoje, desde 2006, quando o torneio conta com 20 clubes, NUNCA um segundo colocado chegou ao famoso 76. A pontuação representa exatamente dois terços da pontuação disputada na competição.
Considerando que o Atlético fará no BR mais onze jogos até a parada do Mundial de Clubes, serão, contando o Grêmio, 36 pontos, quase um terço da competição.
Projetando a manutenção de dois terços de pontuação, que refletem, no “mundo ideal”, ao mesmo que vencer em casa e empatar fora, ou seja, – conquistar quatro de cada seis pontos -, até a parada de junho, o time comandado por Cuca precisaria estar próximo da meta de 24 pontos para seguir pelejando bem pelo tetracampeonato.
Num total de onze jogos, seis seriam em casa e cinco fora dos domínios atleticanos. Os adversários até a parada do Mundial de Clubes:
06/04 São Paulo – casa. 13/04 Vitória – casa. 16/04 Santos – fora. 20/04 Botafogo – casa. 26/04 Mirassol – fora. 05/05 Juventude – fora. 11/05 Fluminense – casa. 18/05 Cruzeiro – fora. 24/05 Corinthians – casa. 01/06 Ceará – fora. 12/06 Internacional – casa.
É claro que, sentado, escrevendo a coluna e fazendo contas de “padaria” tudo é muito simples, afinal, o papel aceita tudo, mas nortear é fundamental para que objetivos bem traçados sejam sempre “espiados”.
Considerando que a tabela de um Brasileirão nunca será fácil, podemos ponderar que: para uma arrancada, grandes clássicos em casa como São Paulo, Corinthians, Botafogo e Internacional e possíveis ótimas atuações condicionam a um moral elevado, claro, se as coisas caminharem bem, o que, aparentemente, é bom.
Da mesma forma, jogar fora num país continental e cheio de peculiaridades, quase sempre será complicado. Sendo assim, o Galo, nessa sequência antes da parada, terá os esforçados mas não postulantes ao título, Juventude e Mirassol nos domínios dos adversários, chances para “bingar” pontos importantes.
É nesse momento que Cuca, com o setor de futebol do clube, precisam de convergência TOTAL das estratégias para criar tríades a cada fatia de jogos, para alcançar os dois terços ou repô-los quando algo inesperado em resultados acontecer. Mas, para funcionar a engrenagem de Cuca, será preciso a profundidade do elenco, tudo o que faltou em 2024 e não pode se repetir em 2025.
Se o GALO quiser buscar o tetra, é hora do comandante Cuca ativar suas pequenas metas até o mundial para que o Alvinegro chegue perto de 24 pontos até a parada para da competição da FIFA. Sobretudo, o comandante atleticano, mais que sempre, precisará do apoio dos gestores do clube no afinamento real dos objetivos. Jogo limpo e claro.
De qualquer forma, até lá, além de ter sorte (poucas lesões) e não fazer mais grandes aquisições, o Atlético terá respostas sobre a profundidade do elenco para, no meio da temporada, repor ou não se arrepender de ter feito uma boa arrancada.
Chegou a hora de aproveitar o olhar distraído dos outros competidores para somar pontos e criar as tais gorduras. Enfim, o jogo fácil acabou e agora é hora de física e trigonometria, só tem jogo grande. O recreio do Galo acabou.
Galo, som, sol e sal é fundamental