Cuca é apresentado no Galo: “Me sinto à vontade aqui” | OneFootball

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·13 de enero de 2025

Cuca é apresentado no Galo: “Me sinto à vontade aqui”

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Na tarde desta segunda-feira (13/1), o técnico Cuca foi apresentado oficialmente pelo Atlético. Em coletiva de imprensa no auditório das categorias de base da Cidade do Galo, o treinador mais vitorioso da história do Galo recebeu a camisa número 8, sua habitual nos tempos de jogador. Ele também fez um pronunciamento sobre o caso Berna, reiterando seu compromisso de evoluir como ser humano e empunhar a bandeira de respeito às mulheres.

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Quem deu as boas-vindas a Cuca no Galo foi o diretor de futebol Victor Bagy. Velhos conhecidos, já tiveram relação de atleta-treinador no período vitorioso de 2012-2013, e também de gerente-técnico no Triplete Alvinegro de 2021 e na segunda metade da temporada 2022.


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“É com muito orgulho e prazer que venho hoje apresentar o Cuca, que foi meu comandante em 2013, relação de longa data. Fomos campeões juntos dentro e fora do campo. Sempre bom te ter aqui Cuca, treinador competente, envolvido, que conhece a cultura e faz parte da história gigantesca do Atlético. E sabe fazer o Galo ser campeão. Por isso você está aqui hoje, seja bem-vindo, prazer tê-lo aqui. Que seja mais um ciclo de vitórias e sucesso, disse Victor.

  1.  Veja o álbum de fotos da apresentação do técnico Cuca: 

Pronunciamento de Cuca:

“Gostaria de começar essa minha entrevista falando de quando fiz a minha apresentação no Athletico-PR, no ano passado. Sei que é um tema sensível e delicado, que vai vir à tona, e que tem que vir. Quando li aquela carta no Athletico-PR, me prontifiquei dentro de mim a ser um homem melhor. Tenho aprendido muita coisa com muita gente, escutado a minha família, quase toda formada por mulheres”.

“Tenho entendido muita coisa que não entendia como ser humano. Demorei tanto tempo para falar daquele tema… Hoje, consigo falar, consigo ver os meus defeitos. Eu tentava explicar o Cuca, falar do Cuca. Mas a sociedade não queria isso. Queria saber da causa, do tema. O que eu poderia fazer sobre isso? Tenho buscado todos os dias ser uma pessoa melhor. Não só pelas minhas filhas, minha esposa, minha mãe. Mas pelo que as mulheres querem e precisam”.

Confira a entrevista coletiva transmitida pela GaloTV:

Transcrição da coletiva de imprensa com Cuca:

Pergunta: queria que você falasse sobre o seu trabalho mais recente no Athletico-PR e o contexto da sua carreira que de traz ao Atlético.

Cuca: “O contexto do ano passado foi de começo muito bom no Athletico-PR, 10 jogos e 10 vitórias, jogo fluindo bem. Houve divergência de ideias, a genta sabia que lá na frente não daria certo. O Athletico-PR é meu time do coração. Sai lá pela 12ª rodada. E acabou sendo um ano ruim para o Athletico-PR. Tive propostas de alguns clubes, mas fiquei em casa, procurei assistir ao máximo de partidas possíveis. Me inteirei de alguns temas, esse foi um deles. Convivi com a família, o que foi ótimo. Fiquei energizado. Venho com muita vontade de fazer um grande trabalho. Sei que no Atlético a dificuldade é grande. Se trata de uma remontagem. Acho que vamos precisar gastar um pouquinho mais. Mas vamos montar um time forte, competitivo, e ir atrás de títulos”.

Pergunta: você tem um perfil muito ofensivo. O Atlético de 2013, de 2021… A ideia é trabalhar mais ou menos naquele molde de dois pontas abertos? Um meia? Homem de referência… Aquela bagunça organizada?

Cuca: “Isso aí foi em 2013, saudades (risos). TEm jogos e jogos. Vamos utilizar esse sistema, mas vamos entender outros também, o futebol moderno exige. Se você segurar um volante na saída de jogo, você arma uma linha de três, dois volantes e cinco atacantes. Se segura o lateral e colocar uma muleta na ponta, que vira o quarto homem, você muda o sistema, com três zagueiros. No dia que o adversário tiver dois atacantes, você se resguarda. Hoje, no treino lá em cima, movimentamos o time em sistema diferente quando precisarmos utilizar, e não ser surpresa para ninguém”.

Pergunta: o Atlético usou muito o estilo de jogo posicional. O seu jogo é mais direto, com pontas. Tem algum nome específico de jogador lado de campo que foi passado para a diretoria? Cuca: “Tem, tem o nome. E foi passado pela diretoria. Você perguntou se tem o nome, mas não perguntou qual o nome. Mas não vou falar, porque encarece tudo, tá louco”.

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Pergunta: como você pensar em utilizar o Hulk em 2025?

Cuca: “Fiquei surpreendidos com ele, porque ele está muito forte. Voltou das férias com percentual de gordura abaixo de 10%. O que, para a idade dele, é difícil. Se cuida muito. Não é por acaso que ele está ai perto dos 40 anos e correndo igual guri. É bonito de ver. Isso motiva todos os jogadores. Lembro da minha passagem em 2021, que tive uns probleminhas com ele, para a gente mudar a posição. Queria que ele jogasse mais perto do gol. Mas foi o único problema que tivemos. O resto? Figura maravilhosa de se trabalhar. E eu acho que ele aprendeu a jogar de centroavante sem atuar de costas. Fez inúmeros gols e assistências. Ele é, além de tudo, polivalente, pode jogar com outro centroavante, pode jogar de lado. Fico muito contente de contar com um jogador do nível dele”.

Pergunta: como foi essa negociação do Atlético para você voltar?

Cuca: “Quando veio o convite do Atlético, em dois dias a gente já tinha acertado tudo, entender o planejamento de 2025. Foi algo muito rápido. Meu desejo de retornar aqui era muito grande, e também de fazer um bom trabalho. Não preciso conhecer a casa, poupo esse tempo enorme. E também conheço praticamente todo o elenco”.

Pergunta: Você tem o carinho da torcida, a gente vê isso nas enquetes. Mas fica a marca de você ter saído do Atlético em 2013 e em 2021. A sua ideia é cumprir o contrato na totalidade?

Cuca: “Boa essa pergunta. Eu escuto e vejo tudo também. Estou em casa, e vejo muita coisa quase que pessoal em cima do Cuca. Vou explicar uma coisa para você: treinei o Botafogo em 2006, 2007 e 2008. Eu não saí do Botafogo, eles me pediram para sair. Eu sai para ajudá-los. Eu tive, em 2010, depois que vim do Cruzeiro, toquei aqui no Galo em 2011, 2012 e 2013. Ficaram bravos comigo, mas fui para a China por oportunidade financeira maravilhosa. Fiquei até 2016 na China. Quando você vai para lá, tem que voltar e colocar as coisas da sua vida no eixo. Mas não fiz isso, voltei para um time que não ganhava há muito tempo. Levei porrada, e ainda prometi que seria campeão brasileiro com aqueles guris. E não dormia diante da pressão. Desgaste enorme. Quando acabou, falei que eu precisava descansar, falei com o Alexandre Mattos. Sai, fiquei dois, três meses em casa. Voltei em 2017. Toquei o São Paulo em 2018 e 2019, sai em comum acordo, sai e entrou o Diniz. Em 2020, toquei o Santos até o final, trabalho maravilhoso, acho que foi um dos melhores que fiz, com toda dificuldade. Fomos à final da Libertadores. Saí quando acabou meu contrato”.

“Em 2021, vim pro Galo, minha mãe no hospital, 70 dias. O Rodrigo Caetano disse que eu precisava vir, não dava para segurar. Eu falei pro médico sobre isso, ele falou que se fosse o contrário, minha mãe não sairia da porta do hospital. E eu vim. Fiz promessa para a minha mãe, mas muito forte, para colocar a faixa de campeão do Brasileiro no Mineirão, e fiz isso. Minha mãe saiu, eu até arrepia. Quando acabou em 2021, falei pro Rodrigo que ficaria com a minha mãe no começo do ano. São erros? Tá bom! Mas eu curti a minha mãe, a minha família. Larguei o status de ser campeão. Eu ia com ela na natação, ia recuperar. Hoje, ela tem 84 anos, e vou trazer ela aqui de novo, no fim do ano, se Deus quiser, com mais medalha de campeão. Eu não saio assim à louca dos clubes. Tem contratos, tem o lado humano. Tem gente que vai criticar, vai falar que é errado. Mas é o meu jeito”.

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