Dono da SAF do Cruzeiro ironiza Tite em apresentação de Gabigol: 'Se fosse um técnico aí, ele não viria' | OneFootball

A relação com o técnico Tite, primeiro na seleção brasileira e depois no Flamengo, deixou algumas marcas em Gabigol — e o atacante nunca fez questão de esconder isso. Em entrevistas, já havia deixado claro que não gostou do tratamento recebido por parte do treinador, que costumava optar por uma formação sem o atleta no Rubro-Negro. Mesmo sem querer, porém, Gabriel voltou a comentar levemente o assunto na coletiva de apresentação pelo Cruzeiro, neste sábado (4).

Após falar sobre a última temporada pelo Flamengo e citar o desempenho na final da Copa do Brasil, vencida sobre o Atlético-MG, Gabriel devolveu a palavra aos jornalistas. No entanto, Pedro Lourenço, comprador da SAF do clube mineiro, aproveitou a pausa para fazer uma brincadeira.

"Ele [Gabigol] fez uma ressalva para nós. Se fosse para vir um técnico aí, ele disse que não viria", afirmou Pedrinho, em clara referência a Tite.

A declaração causou risadas gerais na sala de coletiva, inclusive de Gabigol. Em seguida, o jogador aproveitou para responder e não se escondeu.

"Eu não falei, mas vou falar agora: é verdade. Agora você sabe", brincou.

Relação entre Tite e Gabigol

Desde que foi anunciado como técnico do Flamengo, Tite causou dúvidas em alguns torcedores sobre como seria a utilização de Gabigol. O motivo principal foi o fato de que, mesmo em grande fase no Brasil, o atacante demorou a receber chances na Seleção.

Na comemoração do título da Libertadores de 2022, o então técnico do Brasil foi xingado por parte da torcida, e o jogador acompanhou os cânticos. E, de fato, enquanto trabalharam juntos no Rubro-Negro, os dois deram razão às suspeitas de falta de encaixe.

Desde que deixou o Flamengo, Gabigol não escondeu o fato de que não gostou da forma como foi tratado pelo técnico. Até Cléber Xavier, que foi auxiliar de Tite, admitiu que o período "não foi harmônico". O jogador chegou a dizer que o comandante "não o respeitava".

"Foi um ano conturbado para mim. A questão do doping, depois tinha um treinador que não me respeitava como jogador. Claro que durante esses momentos eu tentei não externar isso, mas foi um período horrível para mim. Sempre trabalhei, sempre busquei melhorar, sempre tentei mostrar para ele que poderia ajudar de alguma forma", desabafou logo após o título da Copa do Brasil, ainda no gramado da Arena MRV.

"No dia a dia é muito mais complicado do que contar a história no final. Muitos treinos foram difíceis para mim, vários jogos em que entrei cinco minutos, três minutos. Isso foi me corroendo por dentro", disse o atacante em outro momento.