Clube Atlético Mineiro
·26 de septiembre de 2024
Clube Atlético Mineiro
·26 de septiembre de 2024
Pergunta: Para o Milito, queria que você falasse sobre a estratégia, principalmente no segundo tempo, quando você coloca o Hulk de um lado, o Scarpa do outro. E da alteração, a entrada do Deyverson, teve ao dedo do técnico? E para o Deyverson, queria que você falasse da noite mágica…
Milito: “Nós havíamos treinado na semana a possibilidade de que Hulk jogasse por fora, assim como o Scarpa, para ter o 1×1 com o Hulk por fora, cruzamentos, e muito desequilíbrio. Hulk, por dentro, é muito importante, por fora também. Necessitávamos do Scarpa por esquerda para os cruzamentos, e de Deyverson na área, porque era preciso abrir, difícil entrar por dentro. O Hulk jogou por fora quando Bernard saiu pela lesão. Deyverson passou a jogar na posição de Hulk, e Scarpa na esquerda. Mas, isso, foi algo que a gente treinou, sobretudo se os minutos fossem passando com a necessidade do gol para dar a volta na eliminatória. Teríamos de ter dois camisas 9, com Hulk por fora”.
Deyverson: “Noite espetacular para mim, não imaginava, realmente. A gente trabalha sempre para o melhor, o máximo. Quando aconteceu a infelicidade com o nosso companheiro, o Bê, o mister me mandou entrar em campo. Estava ansioso. Tenho que me glorificar. O mister sabe mais do que eu sobre o que é melhor para o time. Fomos competitivos, fizemos o que treinamos e deu certo. Agora, é ter humildade, pés no chão, nada ainda. Iremos enfrentar o River Plate, uma equipe que conhece bastante a competição. E teremos agora o Palmeiras no Brasileiro, onde também precisamos pontuar”.
Pergunta: Falando um pouco do sentimento do jogo de hoje, a paixão e gana no campo. Mais do que ter ido bem na parte tática, houve essa paixão. Você (Milito) ficou emocionado no fim do jogo. O que essa classificação, da parte sentimental, significa para vocês dois?
Milito: “Eu tinha muita confiança neles, nos jogadores. Depois da derrota no Rio, no final, falamos, falei com eles de que tinham que ter calma e a certeza de que faríamos um grande jogo hoje. E que as opções para passar estariam intactas. Mas, teríamos que jogar uma partida perfeita. Porque estávamos jogando contra o último campeão da América, grandes jogadores. E eles fizeram partida perfeita, desde os aspectos defensivos e ofensivos, pelo amor próprio, de jogar com paixão e valentia. Há as questões táticas, são outras coisas. Mas, sem paixão e valentia, impossível ganhar. Eles me transmitem coisas boas a todo tempo, a cada treino, a cada jogo. Me transmitem confiança, de ter a sensação de que é possível remontar a série”.
“Eles desenvolveram o plano de jogo de maneira extraordinária. Jogaram com a paixão que uma quartas de final de Libertadores exigem. Não era fácil eliminar o Fluminense, a medida que avançamos, os adversários ficam mais fortes. Agora, é descansar. Sempre bom ter calma e prudência. Estamos nas semifinais e teremos um rival muito bom e difícil, que é o River Plate. Haverá tempo. Temos o Brasileirão com o Palmeiras, depois na Copa do Brasil com Vasco. Chegar nessa altura da temporada estando nas três competições tem um valor muito grande. Estar em duas semifinais, no Brasileirão… Isso é fruto do esforço dos jogadores. Quando jogam com essa mentalidade e paixão, as possibilidades de sermos mais competitivos e vencer, aumenta. Na eliminatória de 180 minutos, sobretudo hoje, fomos bem superiores ao Fluminense”.
Deyverson: “Motivo de muita emoção. Mas sempre coloco nas minhas frases: subimos mais um degrau. Faltam três, são dois jogos na semifinal, e a final. Não tem nada ganho, ainda. Competição muito difícil. Mas motivo de muita alegria, sou um cara que me emociono rápido, deposito tudo que eu posso, até, às vezes, um pouco a mais. Fico feliz, aproveitar, feliz por tudo que minha esposa transmite lá de cima, lá da arquibancada, onde fica a família. Eu olhava para ela a todo momento, me falava para ter tranquilidade. Assim como o Scarpa dentro de campo, me falava o tempo para prestar atenção porque haveria mais oportunidade. Não foi à toa que apareceu a segunda oportunidade e eu pude fazer o gol. Jogada que a gente vem treinando muito, que o mister fala muito comigo, assim como o Léo (auxiliar de Milito), para atacar o segundo pau. E deu certo! Graças a Deus pude fazer dois gols importantes. Mas não me exaltarei nunca. Com a ajuda de todo o grupo, com essa Massa que nos apoiou o tempo todo. A minha maior felicidade é estar todos nós juntos, nos abraçando no final, e comemorar junto com a Massa, porque foi espetacular”.
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