Martín Anselmi nega que os jogadores do FC Porto estejam desconfortáveis | OneFootball

Na antevisão do encontro de domingo com o Farense, no Algarve, Martín Anselmi foi interrogado sobre a possibilidade de a nova tática com três centrais estar a causar desconforto aos jogadores do FC Porto, ao que respondeu de forma negativa.

“Não estou de acordo. O processo de aprendizagem envolve a procura de vantagens em cada situação de jogo. O que pretendo é ser pragmático, e o objetivo é marcar, mesmo que apenas com um passe. Os jogos são diferentes e não os analiso apenas pelos resultados. O nosso trabalho é construir uma equipa inteligente”, declarou o treinador.

“É importante considerar o contexto. O FC Porto joga sempre para vencer. Contra o Farense, o nosso objetivo é seguir o plano de jogo o melhor que conseguirmos. Não é um oponente fácil e a sua posição na tabela não reflete o valor da equipa. O futebol atual é muito equilibrado e cada vez é mais complicado vencer”, acrescentou Anselmi, que não se mostrou muito preocupado com a série de jogos sem triunfos dos dragões no campeonato.

“Não conheço nenhum futebolista ou treinador que não aspire a vencer. E a derrota afeta a todos. Aumentar o orgulho dos jogadores? Não se trata disso. Eles são os que mais desejam vencer. O nosso foco deve ser o trabalho para triunfar, e direi isso até ao último dia. Esses cinco jogos [sem vencer] na Liga são passado. Agora, o foco é o Farense. Desses jogos sem vencer, quantos foram empates? Três? Se conseguirmos uma vitória, passamos de cinco jogos sem vencer a quatro jogos sem perder… num instante”, comentou, abordando também a situação de Samu, que não marca há sete jogos.

“Compreendo que os avançados se motivam com os golos. Todos desejam marcar. Contudo, estar ansioso pode dificultar a tomada de decisão em cada ação. Isso não me preocupa. O que me preocupava era se a equipa não estivesse a criar oportunidades de golo. Isso, sim, seria um problema. Sei que os avançados passam por períodos sem marcar, mas quando o fazem… há um equilíbrio. Samu deve manter a calma, sabendo que está a trabalhar para a equipa, para que a equipa possa finalizar”, afirmou, adiando uma avaliação ao plantel para o final da época.

“Estamos a descobrir o que os jogadores podem oferecer em cada posição e onde se sentem mais confortáveis. E creio que três semanas são insuficientes para uma avaliação. Isso deve ser feito no final da temporada ou quando o mercado está aberto”, destacou.