PSG reverte o placar, elimina o Liverpool nos pênaltis e renasce na Liga dos Campeões | OneFootball

O Anfield viveu uma autêntica noite de Liga dos Campeões. Em 120 minutos, Liverpool e Paris Saint-Germain não precisaram de uma chuva de gols para protagonizarem um espetáculo de partida. Logo no começo da partida, o time francês surpreendeu os Reds, destruiu a desvantagem sofrida em casa e mudou drasticamente o cenário do confronto.

Com chances para os dois lados e um duelo tático intenso entre Arne Slot e Luis Enrique por toda a partida, a decisão da vaga ficou para as penalidades. Embora o protagonismo de Alisson com a bola rolando nos dois jogos, Donnarumma brilhou na hora certa e defendeu duas cobranças para colocar o PSG nas quartas de final.

Na próxima fase da Champions, o clube parisiense encara o vencedor de Aston Villa e Club Brugge. Os dois times se enfrentam nesta quarta, na Inglaterra, com larga vantagem para os Villans.

PSG tira a desvantagem

Em Anfield, o Liverpool devolveu a pressão sofrida em Paris e começou a partida com um amasso sobre o PSG. Os Reds ignoraram a vantagem construída no jogo de ida e foram em busca do placar. Com intensidade e verticalidade pelas duas pontas, o time de Arne Slot flertou com a abertura do placar, mas reviveu o drama sentido pelos franceses dentro de casa.

Na primeira iniciativa pela esquerda, Alexis Mac Allister costurou a defesa visitante, engatilhou o chute, mas serviu para Mohamed Salah. Dentro da pequena área, o atacante tirou do alcance de Gigi Donnarumma e parou em um milagre de Nuno Mendes, quase em cima da linha. No lance seguinte, o próprio egípcio construiu sozinho pela direita, carregou até a meia-lua e mandou raspando o poste.

A abertura do placar parecia questão de tempo em Anfield. E, de fato foi, mas não como a partida se apresentava. Acuado pelo volume dos ingleses, o PSG armou o seu bote de forma letal. Sem conseguir impor a blitz que consagrou Alisson no primeiro jogo, o time de Luis Enrique se adaptou às condições do jogo e castigou no primeiro erro do Liverpool.

Aos 12 minutos, uma saída equivocada de Trent Alexander-Arnold iniciou o contra-ataque do PSG. Barcolla recebeu, disparou pela direita e cruzou rasteiro. Konaté tentou cortar e enganou o próprio goleiro. A bola sobrou açucarada para Ousmane Dembélé marcar o 30° gol na temporada e igualar o confronto agregado.

Foram 15 minutos de tirar o fôlego. Embora a manutenção da intensidade, os dois times diminuíram a verticalidade no restante do primeiro tempo e passaram a ter paciência na armação e cautela na marcação.

Pressionado para buscar uma reação, o Liverpool novamente tomou as rédeas da partida, mas não encontrou o mesmo espaço no terço final de campo. Konaté ainda exigiu uma grande defesa de Donnarumma no lance seguinte ao gol, porém os Reds tiveram dificuldades para se aproximar da meta francesa.

O PSG ganhou confiança e motivação com a vantagem no placar e levou mais riscos nas suas transições velozes. Barcolla ficou cara a cara com Alisson e parou no brasileiro. Khvicha Kvaratskhelia recebeu passe na medida e mandou rente à trave. A maior periculosidade do time francês diminuiu o domínio do Liverpool e deixou a partida equilibrada a partir da reta final.

Liverpool reage, mas PSG segura

Na volta do vestiário, o time parisiense tentou manter o equilíbrio na posse de bola e afastar o Liverpool da sua defesa, mas conseguiu por pouco tempo. O PSG começou a etapa com a posse, ocupou o campo adversário e não criou situações para definir o placar.

O Liverpool precisou de poucos minutos e apenas uma jogada perigosa para retomar o controle da partida e iniciar a sua caçada pelo gol de empate. Aos sete minutos, um intenso bate-rebate terminou com Salah empurrando nas redes, mas com o gol anulado por infração no meio da jogada.

Apesar de não mexer no placar da partida, o lance empurrou os Reds para uma perseguição pela igualdade. Mais uma vez com iniciativas pelas duas pontas, o time inglês trancou o PSG no campo de defesa e reencontrou inspiração para criar.

Szoboszlai teve a primeira chance e soltou uma pancada em cima de Willian Pacho. Em seguida, Salah voltou a ficar cara a cara com a meta sem goleiro, após desvio no escanteio, e, desta vez, Kvaratskhelia salvou em cima da linha.

A blitz do Liverpool ganhou maior presença de área com a entrada de Darwin Núñez e aumentou o volume de bolas cruzadas. Outro nome que entrou na segunda etapa, Jarrel Quansah, também ganhou uma chance clara e parou no poste francês.

Somente na reta final, o PSG passou a responder as ofensivas dos donos da casa com contra-ataques perigosos. Mais uma vez com velocidade e ações certeiras, o time francês chegou na cara de Alisson e não conseguiu resolver nos 90 minutos e empurrou a decisão para a prorrogação.

Empate mantido

A tensão da partida e o desgaste dos 90 minutos intensos indicou 30 minutos cautelosos no tempo-extra nos primeiros movimentos. Entretanto, os dois lados se recusaram a esperar a decisão nas penalidades e buscaram o gol que poderia ser definitivo para a classificação.

Désiré Doué e Lucas Beraldo, dois nomes que entraram no decorrer da partida, protagonizaram o primeiro susto da prorrogação e quase aumentaram o placar para o PSG. O início melhor dos visitantes forçou Arne Slot a mexer novamente e promover a entrada de Cody Gakpo.

O Liverpool também fez a sua parte para incendiar a prorrogação, mas as melhores chances continuaram caindo nos pés dos franceses. Na volta do intervalo, Dembélé encheu o pé, bateu cruzado e Alisson fez um milagre com a ponta dos dedos.

O time inglês acusou o cansaço na reta final, baixou de vez as linhas de marcação e se concentrou em não sofrer um gol. O PSG tentou aproveitar a chance, mas o destino levou a decisão da vaga para a marca penal.

Donnarumma vira herói

As cobranças começaram com exímios batedores. Vitinha, Salah e Gonçalo Ramos não deram a menor chance para Alisson e Donnarumma e abriram as batidas com eficiência.

O primeiro erro veio com Darwin Núñez, que parou no arqueiro italiano. Dembélé aumentou a vantagem do PSG, enquanto Curtis Jones foi mais um a parar em Donnarumma e deixar o Liverpool em situação crítica.

Na cobrança decisiva, Doué confirmou o 100% de eficiência do lado francês e tirou Alisson da foto para decretar o renascimento do PSG na Liga dos Campeões e colocar um ponto final na trajetória do Liverpool.