
Gazeta Esportiva.com
·27 de abril de 2025
Renato Gaúcho dispara contra a postura do Fluminense em derrota no clássico

Gazeta Esportiva.com
·27 de abril de 2025
A primeira derrota de Renato Gaúcho nesta sua nova passagem pelo Fluminense veio com um gosto amargo e uma análise direta e reta do comandante. Após o 2 a 0 sofrido para o Botafogo no Nilton Santos, que encerrou a invencibilidade tricolor no Brasileirão e marcou a oitava derrota seguida para o rival, o técnico não mediu palavras na coletiva de imprensa para criticar a postura de sua equipe, especialmente no primeiro tempo.
Sem rodeios, Renato admitiu a superioridade alvinegra e apontou a passividade como o principal problema. “Quanto ao jogo, a gente não fez um bom primeiro tempo. A gente praticamente assistiu ao Botafogo jogar,” diagnosticou o treinador. “Segundo tempo, nós melhoramos um pouquinho, mas não foi o suficiente (…) Então, o Botafogo, pelo que ele fez durante os 90 minutos, mereceu a vitória.”
Ele detalhou a falta de agressividade e os erros que custaram caro: “A gente assistiu ao time do Botafogo, tem jogadores muito rápidos, atacam espaço o tempo todo. Eu havia alertado (…) Toda vez que a gente tentava um ataque, o Botafogo matava a jogada. Toda vez que o Botafogo atacava, a gente marcava de longe. (…) Infelizmente, nós tivemos dois gols hoje por falhas nossas.” Renato também rechaçou que a mudança tática do Botafogo tenha surpreendido: “Não, nós sabíamos a forma que o Botafogo ia jogar. O nosso maior problema foi que a gente assistiu ao time do Botafogo (…) Nós que deixamos e corremos atrás.”
Apesar do reconhecimento da má atuação, Renato não deixou de pontuar um lance capital na segunda etapa: um possível pênalti de Gregore em Arias, quando o placar ainda estava 1 a 0. “É chover no molhado a gente falar dos pênaltis (…) Na minha opinião, foi pênalti. Mas eu respeito a opinião de qualquer um,” disse, relatando a conversa com o árbitro Bruno Arleu de Araújo, que manteve a decisão de campo junto ao VAR.
O treinador também aproveitou a oportunidade para fazer um longo e contundente desabafo contra os gramados sintéticos, como o do Nilton Santos, embora tenha ressaltado que isso não foi desculpa para a derrota. “A grama sintética é ruim para todo mundo. Mesmo para um time que joga nela e está acostumado, ela é ruim. O jogador não consegue desenvolver o futebol normalmente,” afirmou. Ele foi além, criticando a motivação por trás da escolha: “Na minha opinião, (…) é simplesmente para o clube ganhar dinheiro. Para poupar dinheiro na manutenção (…) e para fazer show. Não desgasta o campo e entra dinheiro nos cofres. Dane-se o jogador. Essa que é a realidade.” Renato alertou para o risco de lesões graves em atletas caros, questionando a prioridade dada pelos clubes que optam por essa superfície.
Renato justificou ter poupado o time na Sul-Americana para evitar mais lesões devido à maratona de jogos, mas frisou: “Não foi desculpa porque o Botafogo correu mais do que a gente.” A escolha por Bernal na vaga de André, por exemplo, foi explicada pela questão da bola aérea do Botafogo e pelo desgaste de outros jogadores.
Com a primeira derrota na conta e as duras palavras do chefe ecoando, o Fluminense agora precisa juntar os cacos rapidamente. O foco se volta para a estreia na Copa do Brasil, contra a Aparecidense-GO, na próxima terça-feira (29), no Maracanã. No sábado (03/05), novamente em casa, o Tricolor recebe o Sport pelo Brasileirão, buscando retomar o caminho das vitórias e apresentar a intensidade que faltou no clássico.
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