Clube Atlético Mineiro
·22 mai 2025
Atlético x Maringá: coletiva de imprensa com Cuca

Clube Atlético Mineiro
·22 mai 2025
Pergunta: Queria que você avaliasse esse jogo diferente, marcação individua do adversário, importância do Everson ser um jogador a mais na construção, e os zagueiros apareceram no ataque. Como você avalia essa vitória?
Cuca: “Foi exatamente o que a gente trabalhou, nessas surpresas. Se você não fizer, fica amarado ao bom sistema defensivo que eles têm no campo todo. E você fica no mano a mano atrás. Se sair todo para frente e deixar um zagueiro, fica ele contra um atacante, e fica um jogo perigoso. Foi o que aconteceu no primeiro tempo. Entendemos melhor o jogo depois. Após o primeiro gol, as coisas ficam mais fáceis. No segundo tempo, foi mais tranquilo. Mas no começo, 20, 25 minutos, foi muita trocação. Depois, tivemos o controle da partida”.
Pergunta: A Sala de Imprensa fica ao lado do estacionamento. Estamos ouvindo a torcida gritando, você conquista a vitória de número 150 pelo Atlético. Queria que você falasse desse momento, de o torcedor sair feliz, e você ganha mais uma opção de jogo que é o Patrick, que teve o nome gritado pelo torcedor…
Cuca: “Para mim, é um orgulho enorme poder ter 150 vitórias à frente do Atlético. Não tenho palavras para agradecer a confiança e o carinho que eu tenho de todo o povo mineiro. Agradeço de coração”.
“O torcedor está feliz porque viu um time representá-lo, como a gente tem feito nas outras partidas, às vezes não dá tão certo. Mas estamos fazendo um começo de vitória no nosso novo campo. São três vitórias seguidas, com 10 gols. Isso vai pegando corpo. Foi assim ali no Horto, no começo, até chegar a 70 jogos… Fizemos boas jogadas aqui, de transição média, longa, até entender o que era necessário. Algumas vezes a pessoa fala que o Atlético deu muito chutão. Não demos nenhum chutão. Quando você tem um adversário assim, você bola uma estratégia e tenta ter uma vantagem. Mesmo assim, foi um jogo muito truncado, muito difícil”.
Pergunta: O Patrick não vinha sendo muito utilizado, você o coloca no clássico e ele vai bem. Começa hoje como titular. Alguma coisa muito nos treinamentos para ele ser utilizado?
Cuca: “Tudo é uma questão de tempo. Não pode querer que um jovem de 20 anos chegue e exerça uma condição. Tem algum ou outro que é diferenciado de tudo e consegue. Os demais você precisa ter paciência, dando créditos, mostrando o caminho nos treinamentos. Quando chega o momento, ele tem que mostrar sua valia. Entrou numa fogueira danada, no clássico. Entrou muito bem, talvez as pessoas entendam de uma outra forma, na forma técnica, mas taticamente ele entrou muito bem. E hoje demonstrou sua condição, marca bem, chega na frente. Mas é pé no chão, tranquilo, devargarzinho”.
Pergunta: Mais uma vez, um jogo no qual o Atlético tem um atleta machucado, que foi o Cuello hoje, antes havia sido o Arana. Como tem sido a transição do DM e como tratar isso a longo prazo para que o atleta não retorne com tanta rapidez para atrapalhar o processo…
Cuca: “Mas lesões não é um problema só nosso. Todo clube tem, são tantos jogos, entrega dos jogadores, aceleração, desaceleração, troca de direção, os caras fazem 10, 12 km, disputando espaço, pulando, levando porrada. Não é corrida no parque. Um ou outro vai ter lesão. Quando fazemos as coisas, não fazemos à louca. Avaliamos junto com o departamento médico e, principalmente, junto com o jogador. Nunca eu vou colocar um jogador que dize que não está bem. Consultamos o jogador, se tiver mais ou menos, fica fora. Se estiver bem, vai jogar. Podemos colocar o jogador um pouco antes. Mas ele machucar, não significa que é algo grave. Ele teve uma dorzinha e já tiramos. Vai se recuperar agora e esperar o tempo certo. E vamos oportunizando outros jogadores, como fizemos hoje”.
Pergunta: hoje, um jogo dinâmico e coletivo. A transição do meio ao ataque e a finalização chamaram atenção. Você fez algum trabalho trabalho específico? Tudo funcionou melhor…
Cuca: “Mas nós perdemos muito gol hoje, meu deus do céu! Muito gol. bolas na trave, perdemos pênalti, mas perdemos muitos gols. Vamos melhorar. Sempre trabalhamos a finalização como complemento de treinamento. Já melhoramos, mas tem espaço apra melhorar mais. de repente, não ter tantas chances assim, mas fazer os gols. Tivemos muitas chances hoje, fizemos os quatro gols. Estamos felizes, tomara que a gente acerte o pé assim em outros jogos”.
Pergunta: O Atlético precisava de uma arrancada. Agora, são quatro vitórias em seis partidas, empate com o Cruzeiro e a derrota pro Iquique. Você vê o Atlético embalado, mesmo tendo problemas de lesões? Há uma crescente antes da parada do meio do ano?
Cuca: “Sim, quando temos o time titular, nosso time é muito bom. Como qualquer equipe, quando perdemos os principais jogadores, fazem muita falta, como Lyanco, Arana. A gente oportuniza outros jogadores, comigo aqui, todos tiveram oportunidades de jogar. É bom quando você coloca outro jogador em campo, eles desenvolvem bem, recuperam a confiança, o torcedor passa a confiar outra vez nesses jogadores que, uma vez ou outra, possa ter jogado mal. E isso é importante, vamos precisar de todos eles”.
Pergunta: Você citou a confiança do torcedor. Hoje, um público abaixo de 20 mil. Não é um público que o Atlético está acostumado a jogar na Arena mRV. No sábado, o Atlético vai enfrentar o Corinthians. Queria que você falasse da importância de ter a casa cheia…
Cuca: “Viemos de um clássico fora de casa, naquele ambiente que foi o clássico, muito difícil para nós. E nós representamos bem a camisa do Atlético. O torcedor entende assim também, dentro das condições que tivemos, fomos no nosso limite para defender nossas cores. Fomos bem. Hoje, a torcida incentivou o jogo inteiro. Quando acabou, os jogadores foram de encontro à torcida para agradecer. O elo está se ajustando como tem que ser torcida-time. Nós, sem a torcida, não somos os mesmos. Agradeço muito o incentivo deles. Sábado tem que ser igual, em número maior, lógico, mas teremos a mesma entrega e, se Deus quiser, o mesmo desempenho”.
Pergunta: Teve alguma conversa no intervalo que fez diferença na atuação do Atlético, ou foi a execução das jogadas que melhorou?
Cuca: “Vou te pedir desculpas. Eu gosto muito do treinador do Maringá, o Jorge Castilho. E, assim, não vou falar da estratégia que eu usei, porque o Maringá está disputando uma Série C, tem jogos pela frente, não quero falar o que eu fiz para não prejudicá-los lá na frente. Cada um pensa na sua estratégia. Prefiro não falar o que a gente pensou ali”.
Pergunta: Sobre a adaptação à grama sintética. O tempo de bola um pouco melhor. Você tem notado isso?
Cuca: “Sim, treinamos ontem aqui, vamos treinar na sexta. É diferente, estamos nos adaptando pouco a pouco. Isso aqui vai ser um grande aliado nosso para o futuro”.
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