Gazeta Esportiva.com
·12 novembre 2024
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Nesta segunda-feira, Rubens Menin, dono da SAF do Atlético-MG, lamentou através das redes sociais os atos de violência ocorridos na Arena MRV durante a partida de volta da final da Copa do Brasil e afirmou que a “revisão dos protocolos de segurança” do estádio está sendo feita.
“Vi com grande tristeza as cenas que aconteceram ontem na Arena MRV. Em pouco mais de um ano desde a sua inauguração, nossa casa tem sido palco de uma festa bonita e vibrante, com uma sinergia cada vez maior da torcida, do time e do estádio”, disse.
A decisão aconteceu no último domingo e terminou com vitória do Rubro-Negro, que bateu o Galo por 1 a 0 e se sagrou campeão da competição. Após a partida, foram registradas tentativas de invasão de campo, além de arremessos de objetos e até de bombas, que deixaram um ferido.
O fotógrafo Nuremberg José Maria estava trabalhando atrás de um dos gols durante a final e acabou atingido por uma das bombas após o tento do Rubro-Negro, marcado por Gonzalo Plata, já no final do segundo tempo (37 minutos). A Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (ARFOC-MG) revelou que o profissional sofreu fraturas em três dedos, rompimento de tendões e cortes no pé, passando por cirurgia no Hospital João XXIII.
“A arena, reconhecida como uma das mais modernas, tecnológicas, inclusivas e sustentáveis da América Latina, teve o efetivo de segurança reforçado em 75% para essa final. A PM também mobilizou o maior contingente até aqui para um evento nela. Ainda assim, essas medidas não foram suficientes para impedir o que aconteceu”, afirmou Menin.
“O Galo já iniciou a revisão dos protocolos de segurança. Iremos rever o acesso à esplanada e catracas, e acelerar a adoção da biometria facial, entre outras ações. Estamos atuando junto às autoridades para identificar os infratores, com o suporte das 351 câmeras instaladas. É um momento de reflexão e de mudanças profundas para evitar que situações assim se repitam. Não mediremos esforços para garantir que a Arena MRV seja um espaço absolutamente seguro para torcedores, profissionais e atletas. Que esse capítulo seja uma exceção na nossa trajetória”, concluiu.
Segundo informações de O Tempo, seis torcedores foram detidos pela Polícia Militar de Minas Gerais após a tentativa de pular as catracas para entrar no estádio sem adquirir ingressos. Ainda não há informações de novas prisões em função dos acontecimentos durante e após o confronto.
De acordo com o Flamengo, em nota também publicada nesta segunda, os gestores da Arena MRV e a diretoria do Atlético-MG “tinham a obrigação legal de organizar o evento e assegurar a segurança dos presentes e não se desincumbiram disso”. O clube carioca também cobrou medidas urgentes às autoridades, dentre elas a CBF.
“Assim, considerando os fatos acima narrados, bem como a nítida falta de segurança dentro e fora da Arena MRV, esperamos que a Justiça Desportiva, conjuntamente com a CBF, se posicione com firmeza para que sejam punidos todos os responsáveis pelos atos de vandalismo, agressão e selvageria que mancharam a imagem de uma das maiores competições do futebol brasileiro”, complementou.