Ex-presidente do Inter fala sobre possibilidade de SAF na Dupla Gre-Nal | OneFootball

Em entrevista ao jornalista Filipe Gamba, o ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho, compartilhou suas análises sobre a transformação do clube em Sociedade Anônima de Futebol (SAF) e avaliou a temporada de 2024. Carvalho, com vasta experiência no comando do Inter, comentou sobre as vantagens e os desafios do modelo de SAF, destacando que a mudança exige um consenso claro entre os dirigentes.

Sobre a decisão de adotar o modelo SAF, ele explicou que o processo é adequado quando há pacificação interna e um grupo hegemônico capaz de conduzir o clube. “Por que você se torna SAF? Porque está pacificado, e há um grupo hegemônico que comanda e vê se é melhor ou não para o clube. O Fortaleza é o maior exemplo. Ou você está endividado, como o Cruzeiro e o Botafogo, que estavam à beira de fechar. A solução foi encontrar um investidor”, afirmou Carvalho, destacando que a união entre conselheiros e dirigentes é crucial para lidar com dívidas e garantir a continuidade do clube.

Em relação ao Inter e ao Grêmio, o ex-presidente ressaltou a falta de consenso dentro dos dois clubes sobre a necessidade de adotar o modelo SAF. “Pelo que vejo nas notícias, a dupla Gre-Nal ainda não está plenamente pacificada. Há grupos que são a favor e outros que são contra. Sem essa pacificação interna, a discussão não vai avançar. Nenhum investidor se aproximará de um clube desse porte e com essa pressão sem um entendimento claro”, disse. Para ele, tanto o Inter quanto o Grêmio precisam amadurecer essa discussão internamente antes de avançar para o estágio de conversas com investidores e empresas.