Jogada10
·11 novembre 2024
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A Anistia Internacional, organização dedicada à defesa dos direitos humanos no mundo, fez um alerta à Fifa sobre a escolha da Arábia Saudita como sede da Copa do Mundo de 2034. A candidatura saudita é a única em disputa, o que torna grande a chance de o país ser confirmado como anfitrião. Ao mesmo tempo, a ONG publicou um posicionamento nesta segunda-feira (11), acompanhado de um relatório que aborda questões de direitos humanos na Arábia Saudita. O mesmo ocorreu com os países candidatos à Copa de 2030: Espanha, Portugal e Marrocos (com partidas também na Argentina, Paraguai e Uruguai).
Assim, a Anistia Internacional recomenda que a Fifa suspenda o processo de escolha da Arábia Saudita até que o país promova reformas em relação aos direitos humanos.
“A conclusão do relatório é que nenhuma das candidaturas apresenta de forma clara como os países anfitriões vão cumprir os padrões de direitos humanos exigidos pela Fifa. Organizações de direitos humanos não foram consultadas. Além disso, há um grande risco de violações amplas e graves caso a Arábia Saudita acabe sendo escolhida”, afirma a Anistia em comunicado.
Em relação a ambas as candidaturas, a Anistia alerta para os possíveis custos humanos. Como, por exemplo, condições de trabalho dos imigrantes, remoções de populações, discriminação de torcedores, uso excessivo de força policial e restrições à liberdade de expressão.
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A Anistia já havia publicado, em junho, um relatório de 91 páginas sobre os riscos aos direitos humanos nas Copas de 2030 e 2034.
“A Arábia Saudita vai precisar de um grande número de trabalhadores migrantes para realizar essas ambições de Copa do Mundo. Mas não há garantias de reforma no sistema trabalhista, estabelecimento de um salário mínimo para estrangeiros ou introdução de medidas para prevenir a morte de trabalhadores”, afirmou Steve Cockburn, chefe da área de Direitos de Trabalho e Esporte da Anistia.
Por fim, o Conselho da Fifa se reunirá em 11 de dezembro para ratificar as escolhas de Espanha, Portugal e Marrocos para 2030. Assim como a da Arábia Saudita para 2034. Embora a Fifa já trate esses países como anfitriões, por serem candidaturas únicas, a decisão ainda não está oficializada.