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Glorioso 1904

·14 février 2025

Fisiologista explica lesões no Benfica: “O congestionamento…”

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O Benfica, muito recentemente, tem passado por uma maré de azar. Nos últimos dois jogos – na receção ao Moreirense e na deslocação ao Principado, o Monaco – os encarnados viram quatro dos seus titulares saírem por questões de lesão. Além destes, a equipa comandada pelo técnico luso conta também com Renato Sanches e Tiago Gouveia na lista dos lesionados.

De acordo com Pedro Lisboa, o fisiologista que já trabalhou no clube merengue, Real Madrid, diz que a culpa é dos plantéis curtos e à sobrecarga de jogos. "Em todos os anos há fases em que isto acontece, mas esta época o congestionamento de jogos é muito superior. Passámos por um período nas equipas portuguesas em que tivemos provas a eliminar, como a Taça da Liga, que é um contexto diferente do campeonato, são finais, é um jogo ou dois jogos em que a preparação é muito diferente", confessou Pedro.


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"Em Portugal, infelizmente, comparando com outros países, a profundidade dos plantéis é muito menor. Tínhamos alturas em que atletas tinham mais rotatividade, mas o que vemos, essencialmente, é uma repetição constante dos jogadores, por falta de profundidade nos plantéis. Vemos jogadores a jogar de três em três dias, a jogar várias vezes por semana, e sabemos que, com isso, muito pouco se treina", salienta, tirando a pressão de cima dos ombros das equipas médicas.

"O momento que estão a viver também influencia. Se Sporting e Benfica estivessem a vencer de forma constante, mesmo que lesões aparecessem e os resultados correspondessem, as coisas eram vistas de outra forma. Eu tiraria 100 por cento a responsabilidade, pois as lesões são multifatoriais e há muitas coisas que não podemos controlar. Estes departamentos têm as melhores intenções e todos sabemos que quando um jogador tem uma lesão é um maior risco para ter outra lesão de novo e vão querer que o jogador regresse só quando estiver mesmo a 100 por cento", esclarece.

Por fim, o fisiologista acrescenta: "O congestionamento de jogos que temos, hoje em dia, afeta muito e os relatórios da própria FIFA mostram que o número de lesões continua a aumentar, os períodos de recuperação são mais reduzidos. Isso vai afetar quem está sujeito a esse tipo de contextos e não tem profundidade tão grande do plantel. Há muitos jogos porque é que o dá dinheiro e faz a indústria mover, mas neste momento já estamos a ir contra a saúde a longo prazo do atleta".

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