Fogo Na Rede
·1 décembre 2024
Fogo Na Rede
·1 décembre 2024
Colunista de “O Globo” e diretor de Programas e Conteúdo Digital do Esporte da TV Globo, Gustavo Poli dedicou sua coluna deste domingo, 1, ao título do Botafogo na Libertadores. O texto — magistralmente escrito pelo jornalista botafoguense — está à altura do momento histórico do clube. Leia trechos abaixo.
Há dias que terminam, mas não passam. A partir de hoje todo botafoguense mora em 30 de novembro. Não é mais uma data — é uma casa. Uma casa sofrida, construída sob olhares desconfiados. Uma casa com milhões de alicerces: 40 mil deles que ontem desafiavam a lógica e a incredulidade num estádio gigantesco – iniciou Poli.
O Botafogo costuma fazer do fundo do poço sua catapulta — e os acontecimentos de 2023 e 2024 ilustram essa vocação. O intervalo entre a piscadela de Marlon Freitas e seu gesto levantando a mais sonhada das taças agora parece breve. Mas em campo — para uma torcida que conservou a esperança na treva mais densa — foi uma eternidade.
O Botafogo de Garrincha e Nilton Santos, de Amarildo, Didi e Zagallo… de Túlio, Loco e Donizete… é agora o Botafogo de Luiz Henrique e Júnior Santos.
A eternidade dirá que o Botafogo nasceu de novo em Buenos Aires em 30 de novembro de 2000 e sempre.