PF aponta que Bruno Henrique tentou forçar cartão 4 vezes contra Santos | OneFootball

PF aponta que Bruno Henrique tentou forçar cartão 4 vezes contra Santos | OneFootball

Icon: MundoBola Flamengo

MundoBola Flamengo

·16 avril 2025

PF aponta que Bruno Henrique tentou forçar cartão 4 vezes contra Santos

Image de l'article :PF aponta que Bruno Henrique tentou forçar cartão 4 vezes contra Santos

Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por estelionato e fraude em competição esportiva para suposto benefício de apostadores. O foco da investigação é o cartão amarelo recebido em partida contra o Santos, pela 31ª rodada do Brasileirão de 2023, e a análise da PF aponta que o atacante do Flamengo tentou forçar a punição em quatro lances do jogo.

A Polícia montou um relatório para formalizar o indiciamento após analisar 3.989 conversas do WhatsApp do atleta, algumas apagadas, e assistir à partida repetidas vezes. Agora, cabe ao Ministério Público do DF decidir se aceita ou não a denúncia.


Vidéos OneFootball


Esse documento aponta que as atitudes de Bruno Henrique indicam a tentativa de forçar um cartão. O primeiro lance destacado aconteceu aos 5 minutos da segunda etapa, quando o Camisa 27 e Gabigol reclamaram acintosamente pela marcação de uma falta. Apesar Gabriel foi punido com o amarelo.

Mas vale contextualizar que Bruno era o capitão da equipe naquela partida, o que dá mais liberdade para falar com a arbitragem. Além disso, havia revolta geral com a arbitragem pela expulsão de Gerson na primeira etapa.

Em seguida, aos investigadores entendem que falta cometida pelo atacante aos 18 minutos do segundo tempo era passível de cartão amarelo. O árbitro, no entanto, não entendeu dessa maneira. Aos 22 minutos, outro lance de reclamação é citado na arbitragem.

O momento que a PF considera crucial para identificar a intenção de Bruno Henrique em levar o cartão amarelo ocorreu aos 35 minutos da etapa final. Quando o atleta fez uma falta e chutou a bola para longe depois da marcação, o que os investigadores consideraram como um 'lance clássico' de punição.

O cartão amarelo recebido por Bruno Henrique

Nenhum desses lances motivou a arbitragem a apresentar um cartão. O atacante levou amarelo aos 50 minutos do segundo tempo, em lance que leva drible de Soteldo e depois falha ao puxar o adversário.

Rafael Klein parou o jogo para assinalar falta, o que irritou o próprio venezuelano que faria o cruzamento, e aplicou cartão amarelo para Bruno Henrique. O árbitro justificou na súmula que o cartão foi por "golpear um adversário de maneira temerária".

Contrariado, o Camisa 27 reclamou de forma acintosa e recebeu vermelho. O árbitro relatou que o atacante se aproximou abrindo os braços, com dedo em riste e teria o xingado: ‘Seu merda’.

Bruno Henrique foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelos cartões. Os auditores, no entanto, concluíram por unanimidade que a falta sequer existiu e o cartão amarelo era inválido para julgamento.

Esse veredicto, inclusive, contribuiu para o STJD arquivar a denúncia envolvendo possível manipulação de apostas ainda no ano passado. Mas o tribunal solicitou o relatório da PF e pode retomar a investigação.

Mensagens

O documento aponta que o cartão teria beneficiado apostados e, entre os indiciados estão três familiares do Camisa 27. São eles: Wander Nunes Pinto Júnior, irmão, Ludymilla Araújo Lima, cunhada, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de BH. Os três teriam apostado no cartão do atacante.

Além dos parentes do jogador, outras seis pessoas identificadas como amigas de Wander estão na denúncia da PF: Claudinei Vitor Mosquete Bassan; Rafaela Cristina Elias Bassan; Henrique Mosquete do Nascimento; Andryl Sales Nascimento dos Reis; Max Evangelista Amorim; e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.

A investigação envolve mensagens que a Polícia Federal extraiu do telefone de Bruno e de seus familiares. Uma dessas supostas conversas seria entre o atacante e seu irmão, onde falam sobre o cartão amarelo e há citação sobre o jogo com o Santos.

À propos de Publisher