Wesley exalta 'parceirão' Gerson: 'Quando ia pelo caminho errado, ele me puxava' | OneFootball

Vivendo a melhor fase da carreira no Flamengo e com expectativa de ser chamado por Dorival Júnior para a seleção brasileira, o lateral-direito Wesley ressaltou a importância de Gerson para o momento que vive hoje. O volante, que ostenta a braçadeira de capitão no Mengão, foi vital para que o defensor não "fosse pelo caminho errado", como ele mesmo disse. O resultado foi uma relação extremamente próxima — e que se tornou até familiar.

Segundo Wesley, Gerson foi o primeiro que lhe "abraçou" no clube. Além disso, em momentos que o lateral pensava em tomar alguma decisão errada, foi aconselhado pelo capitão, que "não desistiu". Ao tomar conhecimento de que seria pai, então, o lateral fez uma surpresa para convidar o volante a ser o padrinho de sua filha.

"Ele é meu parceirão. Foi o primeiro cara que me abraçou aqui. Quando eu estava indo pelo caminho errado, ele disse: 'Vem cá, segue isso". E ele me puxava de novo. Ele não desistiu. Quando eu recebi a notícia que ia ser pai, fiquei doido para contar para ele, mas esperei o aniversário dele. Falei para ele: 'Tu foi um pai para mim, e quero que seja um pai para minha filha também'. E tinha um bilhetinho com o sapatinho para ele ser padrinho dela. Ele aceitou", revelou o jogador ao "ge".

Ida fracassada à Atalanta foi virada de chave

Em meio a um período de críticas no Rubro-Negro, principalmente em 2023, Wesley começou a se firmar realmente em 2024 e passou a atrair interesse de outros clubes. Ainda antes do futebol que apresenta hoje, o lateral virou alvo da Atalanta-ITA, que desistiu de levá-lo em cima da hora. E o jogador não escondeu que a queda da negociação causou um abalo emocional.

"Acho que minha virada de chave foi em 2024, depois que não fui para a Atalanta. Ali foi minha virada de chave. Não dava para ficar estacionado, lamentando, porque eu não fui. Não sou de chorar, só que esse dia não teve como não chorar. Pela fase que eu vivi, entendia que o momento era de sair. Mas eu não saí e falei: 'Meu Deus, o que eu vou fazer agora? Ninguém me quer mais aqui, eu vou ficar fazendo o quê?'", admitiu.

A maneira que encontrou para esfriar a cabeça e se encontrar novamente foi se dar conta de que, mesmo sem ir para a Europa, atuar no Flamengo já é ter sucesso na carreira. Imediatamente, Wesley disse que o pensamento trouxe uma "mudança de chave" e representou um novo começo com a camisa rubro-negra.

"Minha cabeça estava assim. Aí, meu empresário falou: 'Irmão, vamos. Tu estava saindo de uma Ferrari para ir para uma Lamborghini, mas tu tá na Ferrari ainda'. Aí eu pensei: 'Caraca, é verdade, estou no Flamengo e reclamando porque não fui. Estou no Flamengo e estou querendo sair?' Ali, foi minha virada de chave", finalizou Wesley.

A próxima oportunidade de Wesley para defender o Flamengo será neste sábado (1º), pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca, contra o Vasco. Os dois times entram em campo a partir de 17h45 (horário de Brasília), no Engenhão.