
Gazeta Esportiva.com
·17 Maret 2025
Abel conta o que poderia ter feito de diferente em derrota do Palmeiras e cobra jogadores

Gazeta Esportiva.com
·17 Maret 2025
O Palmeiras saiu em desvantagem no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista. Neste domingo, o time comandado pelo técnico Abel Ferreira perdeu por 1 a 0 do Corinthians, no Allianz Parque. Após a partida, o técnico Abel Ferreira contou o que poderia ter feito de diferente a respeito de substituições e cobrou alguns de seus jogadores para “aparecerem” mais em jogos deste calibre.
“Grandes jogadores têm que aparecer nestes grandes jogos, seja por inspiração ou mérito do adversário. Não fomos capazes de ganhar os duelos no meio-campo. O Ríos em alguns momentos deixou escapar o Martínez. No segundo tempo, o Veiga deu só uma assistência que quase chegou ao Vitor Roque, mas com um adversário com bloco tão baixo, sem espaço entrelinhas, se calhar poderia ter tirado o Veiga e colocava mais um centroavante na frente, com o Thalys e deixava os corredores ao Mayke e Estêvão, e ao Piquerez e ao Felipe (Anderson), com três na frente”, disse.
O time escalado por Abel Ferreira para começar o jogo foi Weverton; Marcos Rocha Murilo, Micael e Piquerez; Emiliano Martínez, Richard Ríos e Raphael Veiga; Facundo Torres, Estêvão e Vitor Roque. A primeira mudança foi forçada: a entrada de Mayke, na vaga de Marcos Rocha, que saiu sentido dores musculares, ainda no primeiro tempo.
Depois, Abel só veio mexer no time aos 28 minutos e nem chegou a fazer as cinco mudanças. Entraram no decorrer do jogo Aníbal Moreno, na vaga de Martínez, Flaco López, no lugar de Ríos e, por fim, Felipe Anderson substituiu Facundo Torres.
“Foi uma dúvida minha, mas o Veiga tem gol e pode decidir a qualquer momento. O problema não foi o Veiga. O nosso adversário precisou de três arremates, um no gol. Nós 22 vezes, umas boas, outras mal. E nas que tivemos, não conseguimos fazer o gol. Sei perfeitamente em clássicos são truncados, não vamos ter muitas oportunidades. Criamos mais contra o Corinthians do que contra o São Paulo que vencemos o jogo. E hoje perdemos”, seguiu Abel.
“Uma eliminatória com dois jogos, com as substituições mais cedo ou mais tarde, achei que a equipe estava bem. É verdade, você fala do gol, mas ele vai contra a corrente do jogo. O Corinthians se defende bem, baixa o bloco, e nós subimos tentando não deixar construir. Fizemos as trocas que precisávamos para refrescar os corredores, tiramos o Emiliano, baixamos o Ríos, o Veiga e a 8 e mais um centroavante. A substituição que poderia fazer diferente era eventualmente tirar o Veiga e colocar um centroavante mais. Mas como disse, o jogo se define pelo trabalho dos dois goleiros”, continuou.
Muito do jogo passou pelos pés de Estêvão, que tinha como principal arma o drible para cima do adversário. O treinador, porém, cobrou melhores decisões da Cria da Academia. Por exemplo, citou o lance em que o camisa 41 poderia ter acionado o companheiro ao invés de partir para cima da marcação.
“É normal o adversário querer bloquear nossos melhores jogadores, faz parte do jogo. Temos de achar soluções, individuais e coletivas. Esta situação, poderia passar a bola ao Vitor Roque e decidiu ir em um para três ou quatro. Sendo marcado, não tem problema dar a bola para outros serem protagonistas. O Vitor Roque teve duas chances, Micael teve uma, outra que nosso adversário tirou, fora as três ou quatro defesas do goleiro, incluindo uma torta que sai para canto e poderia ter entrado. Conta o resultado. O jogo foi definido nos duelos do meio-campo, e o adversário foi melhor nisso. Em termos de oportunidade, não, mas nos duelos no meio-campo, sim, foram melhores do que nós”, declarou Abel.