André Villas-Boas esteve no Olival e reuniu-se individualmente com vários jogadores | OneFootball

O treinador dos dragões passou pela instalação de treinos na quarta-feira e optou por uma abordagem mais individualizada na comunicação com os jogadores; está previsto que retorne a conversar com a equipa esta semana, na expectativa de uma resposta em Barcelos, frente ao Gil Vicente.

Ao contrário das estratégias mais diretas que foram aplicadas após a pesada derrota contra o Benfica (4-1) e a eliminação na Taça de Portugal contra o Moreirense, desta vez Villas-Boas escolheu uma abordagem mais individualizada. O técnico reuniu-se de forma individual com alguns jogadores, buscando entender o momento que estão a viver, os seus comportamentos em campo e a resposta que pretendem dar na partida contra o Gil Vicente, em Barcelos.

Esta abordagem mais personalizada ocorre num momento em que os dragões estão a enfrentar dificuldades em jogos fora de casa. Nas últimas oito deslocações, o FC Porto apenas conseguiu uma vitória (0-3 contra o Moreirense, na Liga), empatou duas partidas e sofreu derrotas contra adversários como Lazio, Benfica, Moreirense (Taça de Portugal), Sporting (Taça da Liga, em campo neutro) e Nacional.

É provável que estas conversas tenham sido dirigidas a jogadores cujo desempenho ficou aquém das expectativas, especialmente após um mês de dezembro promissor, em que a equipa conseguiu quatro vitórias consecutivas e apenas um empate em Famalicão, mas também foram dirigidas aos líderes do balneário.

O presidente do FC Porto terá sentido que o grupo e os jogadores estavam com a honra ferida após a derrota na Choupana e a expectativa é que o trabalho em resposta a essa derrota os motive em vez de os desanimar, e que essa reação e determinação resultem numa atuação à Porto e numa vitória em Barcelos. Villas-Boas está previsto para voltar a falar no Olival esta semana, segundo apurámos.

Embora esteja apenas a um ponto do líder, o Sporting, o FC Porto perdeu a oportunidade de alcançar o primeiro lugar da classificação de forma isolada, o que, por si só, já é uma desilusão para a exigente massa associativa. A derrota por 2-0 contra uma equipa que luta para evitar a despromoção foi agravada por uma primeira parte irreconhecível para um candidato ao título, com um único remate enquadrado à baliza do Nacional e com erros defensivos que foram penalizadores e inesperados para um FC Porto que tinha mostrado sinais de recuperação até enfrentar e perder com o Sporting, na meia-final da Taça da Liga. A reação dos portistas a essa derrota não foi a esperada nos 75 minutos que faltavam na partida no Estádio da Madeira. Para mais, a 3 de janeiro, os dragões ficaram em alerta com a entrada forte do adversário, antes de o nevoeiro descer sobre o relvado e interromper o jogo aos 14 minutos e 30 segundos.