André Villas-Boas não deixa dúvidas: “Anselmi é o treinador da próxima época” | OneFootball

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·26 Maret 2025

André Villas-Boas não deixa dúvidas: “Anselmi é o treinador da próxima época”

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O FC Porto atravessa uma temporada com desempenhos aquém do esperado. Onze meses após a sua eleição, o presidente do clube aceitou o desafio de discutir a situação em uma entrevista aos jornais O JOGO/JN.

Desde quando Anselmi estava em vista?– Desde o momento em que decidimos pela saída do Vítor Bruno. Anselmi possui ideias inovadoras e bem definidas, é extremamente dedicado e traz um estilo de jogo que exige um período de adaptação, o que estamos a viver com mudanças significativas. Lamento que não tenha conseguido resultados imediatos que garantissem a estabilidade necessária para implementar esses processos. Para que isso aconteça, o FC Porto terá de se reforçar na próxima janela de transferências de acordo com a visão do treinador. Anselmi é um treinador que nos interessava e que está em ascensão no futebol internacional, e a sua chegada à Europa é iminente. O FC Porto antecipou-se ao que se projeta como um dos próximos grandes treinadores do futebol europeu.Anselmi trouxe uma nova estrutura tática. Já estava ciente de que iria jogar desta forma?– Apesar de ter vencido competições em outros sistemas, a verdade é que estávamos inclinados a uma estrutura de três. Precisamos de trazer os jogadores que se encaixem nos princípios de jogo que estamos a implementar.


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Independentemente do resultado na Liga, é garantido que será o treinador na temporada de 2025/26?– Sim, absolutamente.

Houve uma maior preocupação em resolver os problemas financeiros do que os desportivos?– Criámos um plantel que nos permitia aspirar a títulos. A Supertaça foi conquistada com uma grande vitória. Deveríamos ter feito muito melhor na Taça, onde falhámos redondamente, assim como na Taça da Liga. No campeonato, a nossa performance poderia ter sido melhor. Todos nós temos responsabilidade, pois não demonstrámos a competência necessária para nos mantermos na luta. É verdade que tivemos uma infelicidade incomum, como a anulação de dois golos que se traduziram em penáltis a nosso desfavor, afetando dois resultados. No entanto, também houve falta de competência, como no caso da Liga Europa. No jogo com a Roma, a arbitragem não foi a melhor, mas tínhamos condições para avançar. Agora, temos oito jogos pela frente e uma responsabilidade maior. Espero que possamos apresentar uma nova imagem.

Qual é o objetivo mínimo em termos de classificação para esta temporada?– Infelizmente, não estamos em controlo da situação. É verdade que nos colocámos em posição vulnerável. A nossa responsabilidade é vencer os jogos que temos pela frente e terminar a época da melhor forma, observando o que se passa nos confrontos diretos entre Benfica, Sporting e Braga para ver se conseguimos terminar em melhor posição.

Que contratações estão previstas para a próxima época e quais posições precisam de reforço?– Não gostaria de entrar em muitos detalhes, para não invadir a esfera técnica e específica das responsabilidades da direção desportiva e do treinador. No entanto, temos uma visão clara do perfil dos jogadores que nos interessam e cabe à direção desportiva atender aos pedidos do treinador. O treinador já nos indicou em janeiro o que desejava, por isso não reforçámos a equipa em grande escala, respeitando os perfis que ele procurava. Agora, vamos implementar a sua metodologia e princípios de forma mais rápida, nos quais acreditamos que nos levarão ao sucesso.

O FC Porto possui agora condições financeiras para entrar no mercado?– Felizmente, sim. Realizámos dois mercados e estamos numa posição muito favorável, apesar da dívida acumulada. Agora, podemos abordar o mercado de uma nova forma.

Qual é a maior preocupação na gestão caso o FC Porto não se classifique para a Champions?– Desde logo, a capacidade de atrair jogadores que se ganha com a participação na Liga dos Campeões. A grandeza do FC Porto não nos impede de ter esse poder de atração, mas a não participação na Liga dos Campeões é um fator que desincentiva. Ainda temos tempo, mas não dependemos apenas de nós. Essa situação afeta o mercado e também as receitas, com uma diferença que pode variar entre 40 a 70 milhões, dependendo da posição final. Para o FC Porto, isso é, de certa forma, compensado com a participação no Mundial de Clubes, o que nos dá algum ‘leverage’ em caso de falha no acesso à Champions. No entanto, não é algo de que nos orgulhemos. É, sem dúvida, uma falha. Esperamos ainda poder aspirar a isso.

O FC Porto terá de vender muitos jogadores no final da época?– O FC Porto precisará de se renovar, especialmente. Não significa que não haja vendas, pois temos muitos jogadores emprestados, alguns com opção de compra, outros que voltarão, e o que está relacionado com a renovação normal das equipas. Portanto, diria que vamos ao mercado para investir na renovação do plantel. Precisamos de vender, uma vez que temos uma grande quantidade e qualidade no plantel. Entre contratações e os regresso de jogadores emprestados, venderemos alguns ou colocaremos outros no mercado.

Na próxima época, o FC Porto competirá de forma mais decidida pelo título?– É uma obrigação, como foi esta temporada. Nunca construímos plantéis para termos um terceiro lugar. Já mencionei no balneário a fé que tenho nestes jogadores. Assim, o plantel que o FC Porto construirá na próxima época será um que garanta o sucesso. Para nós, ter garantias de sucesso significa vencer títulos. Competir no mercado é desafiador e fazê-lo com as condições que tínhamos foi um feito notável, mas agora temos margem para discutir de forma mais favorável com os clubes e jogadores que temos em vista. Iremos formar um plantel que nos ofereça garantias de sucesso. Nesse sentido, não posso deixar de tranquilizar os adeptos. Serei agora muito mais exigente em manter um espírito à FC Porto que nos faltou em muitas ocasiões esta época, onde houve muita tensão e insegurança.

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