Leonino
·7 Mei 2025
Célebre adepto do Benfica goza com o Sporting: "A imitação. É o que os move"

Leonino
·7 Mei 2025
Apoiante da equipa do Benfica escreveu um artigo de opinião em que demonstra opiniões muito desrespeitosas para com o Sporting
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Numa semana em que o dérbi da 33ª. jornada da Liga Portugal Betclic é o grande tema, Manuel Fúria, músico, e celebre adepto do Benfica, aproveitou o espaço de opinião na Tribuna Expresso, e publicou um artigo com extremos tons de desrespeito para com o Sporting e os seus adeptos.
“O Sporting nunca existiu. O Sporting é uma fantasia, um delírio, um ectoplasma. ‘Sporting’, assim mesmo com aspas, é código. Uma cifra. Um grimório de signos obscuros para designar uma seita gnóstica vestida de verde, fanatizada na transubstanciação do ódio puro em devoção clubística. Não é pouco. E não é comum. O Sporting nasce, não do desporto, mas do despeito. Da pirraça. Do mais puro teatro. As barbas desta história já foram afagadas mil vezes, mas nunca é demais recordar o pecado inaugural: o Sporting veio ao mundo para acabar com o Benfica. Sempre, só, eternamente”, começa por afirmar Manuel Fúria.
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O artista prossegue nas suas críticas ao Clube de Alvalade: “Eis por que, mesmo tendo o Benfica sido campeão em 1987, o Sporting imortalizou os sete golos que nos espetou — e, de facto, são imortais — na única derrota dessa época. Como se tivesse erguido um caneco maior que o dos Campeões Europeus. Na alma leonina há um altar invisível onde essa goleada brilha. E para onde o sportinguista peregrina sempre que pode. Pelo caminho, vai cantando contra o Benfica em todos os jogos, seja qual for o adversário. E, quando é forçado a escrever o nome da flor da sua obsessão, fá-lo em letra minúscula. É o amor invertido. É o amor com espinhos para dentro”.
Manuel Fúria faz ainda referência ao apoio dos adeptos do Sporting à equipa leonina, após a recente vitória caseira frente ao Gil Vicente (2-1): “Disseram por aí que, no Domingo, ‘o leão’ tirou três pontos ‘do fundo da alma’. O Benfica ganhara 2-1 contra o Estoril. E o Sporting? Fez igual. Num esforço. E o que veio depois? Buzinão nas ruas. Não celebravam terem continuado na luta. Festejavam o paralelo. A imitação. É o que os move. E que os condena. Nesse jogo contra o Gil Vicente, podia ler-se nas bancadas: ‘Juntos vamos apagar a Luz’. Mas eu li outra coisa. Eu li Nabokov: ‘Benfica, light of my life, fire of my loins. My sin, my soul. Ben-fii-ca’”.
A terminar, Manuel Fúria perspetiva o dérbi marcado para as 18h do próximo sábado, no Estádio da Luz: “Sábado que vem joga-se tudo. E tudo é tudo. A vida inteira. Um tipo ou vai ao estádio para sofrer ou mete-se num bunker durante dois dias com um terço e aguardente. Nunca pôde o campeonato decidir-se para um dos lados, num só jogo. É demasiado, caro leitor e adepto. E será dificílimo. Repare: O Benfica jogará contra si próprio. O Sporting — perdão — o Anti-Benfica contra o seu Benfica. E todos contra o mesmo. Um tipo fica zonzo”.