Intempérie com sobrevivente único | OneFootball

Mais de um mês depois da última vitória para a Liga Portugal Betclic, o Arouca voltou aos êxitos e ficou a um pequeno passo de garantir a permanência de forma matemática. Diante do Estrela da Amadora numa partida marcada pela forte intempérie que assolou a região, o dedo de Vasco Seabra foi determinante para lograr os três pontos (1-0), não tivesse o único tento da partida surgido por intermédio de Nandín, avançado uruguaio que entrou no decorrer da segunda parte.

Após a sensação causada no Estádio da Luz e o consequente regresso aos pontos, Vasco Seabra pouco mexeu, promovendo apenas a entrada de Chico Lamba para o lugar de Popovic no centro da defesa. Do lado tricolor, José Faria procurou abanar com algumas peças do tabuleiro após a derrota tangencial contra o Farense e fez ressurgir Ferro, Amine Oudrhiri, Alan Ruiz e Jovane Cabral em detrimento de Rúben Lima, Manuel Keliano, Rodrigo Pinho e Chico Banza.

Num final de tarde de chuva intensa a fazer lembrar o rigor dos dias de inverno, Arouca e Estrela da Amadora protagonizaram um jogo à imagem das atribuladas condições climatéricas. Com um relvado pesado e cada vez mais imprevisível a cada segundo que passava, a formação de José Faria deu as primeiras mostras de alguma proatividade com algumas (tímidas) aproximações, mas rapidamente viu o adversário assumir as lides.

Logo na primeira chegada à área, os Lobos até chegaram à vantagem, mas a finalização irrepreensível de Alfonso Trezza após bela leitura de jogo de Yalçin foi prontamente invalidada por fora de jogo. O sintoma do primeiro remate augurava boas sensações para os rijos que marcaram presença no Municipal arouquense, mas até ao descanso o perigo só abundou mesmo na reta final.

O Arouca continuou a pautar o jogo à procura de uma brecha na sólida defensiva estrelista - Yalçin nas tentativas de desmarcação e Fukui na gestão dos tempos com bola sobressaíram -, mas foi perto da baliza de Nico Mantl que o perigo ressurgiu. Em diagonal desde a esquerda, Jovane Cabral obrigou o guarda-redes do Arouca a uma intervenção apertada e, na recarga, Kikas concluiu com sucesso.No entanto, tudo ficou a zeros por força de novo posicionamento irregular.

Mesmo em cima do intervalo, Trezza voltou a ser o perigo maior para João Costa - que reflexos do ex-Feirense (!) -, com Yalçin a desperdiçar um centro açucarado de Jason bem no coração da área. Tudo igual para a segunda parte!

Ameaça tricolor e dedo de Midas

No reatar, o Estrela foi a equipa mais explícita na hora de atacar a baliza. A partir de um livre batido de forma curta, Jovane Cabral viu Mantl negar-lhe um grande golo de fora da área, seguindo-se nova defesa do guardião a novo tiro de meia distância, desta feita de Alan Ruiz. A ver a sua equipa menos esclarecida, Vasco Seabra foi o primeiro a mexer na partida - Brian Mansilla e Dylan Nandín entraram - e os resultados não demoraram a surgir.

Mais próximo da baliza tricolor nos minutos imediatamente seguintes, o Arouca chegou à vantagem com impacto direto das mexidas. Após várias subidas de interesse máximo pela faixa direita, coube a Nandín empurrar a contar, no aproveitamento perfeito ao passe de recurso e no meio da confusão de Morlaye Sylla.

Em vantagem e bem embalados pelo seu público, os arouquenses viram o golo da tranquilidade esbarrar no travessão da baliza de João Costa - finalização demasiado afinada de Mansilla -, assim como em nova posição irregular, agora de Trezza. Sem conseguir reagir, o Estrela precisou de cerrar fileiras na retaguarda, podendo agradecer a Joã Costa para não sair com dose dupla desta partida.

Convicto na hora de encarar Mansilla, o guardião tricolor manteve viva a esperança da sua equipa em pontuar. Tal não aconteceu e o Estrela somou mesmo a segunda derrota consecutiva para a Liga, agora com o AFS ligeiramente mais perto.