
Gazeta Esportiva.com
·11 Maret 2025
Leila Pereira sugere que clubes brasileiros deixem a Conmebol e se juntem à Concacaf após caso de racismo

Gazeta Esportiva.com
·11 Maret 2025
A presidente do Palmeiras segue na luta pela punição aos responsáveis pelo caso de racismo contra Luighi, atacante da equipe sub-20, que ocorreu na última semana. Depois de nota oficial do Verdão, a mandatária voltou a manifestar a indignação da pena imposta e sugeriu que os clubes brasileiros troquem a Conmebol pela Concacaf (que une países da América do Norte, América Central e Caribe) já que o órgão que controla o futebol brasileiro não aplica medidas rígidas.
“Queria expressar minha indignação pela pena aplicada pela Conmebol 50 mil dólares e portões fechados. E, aliás, o o Cerro Porteño nem está mais disputando a Libertadores sub-20. Quase não tem público nenhum, tinha meia dúzia de racistas naquele dia. Para um crime de racismo isso. Se você atrasa um minuto, são 100 mil dólares, se acende sinalizador, são 78 mil. Vocês vejam como a Conmebol encara o crime de racismo. Isso é um absurdo. Então, ficamos indignados. E o que fizemos? Escrevemos uma carta, o Palmeiras e os clubes da Libra e LFU para à Fifa, solicitando q intervenha nesses casos de racismo e juntamente com a Conmebol para que as penalidades sejam muito mais pesadas. Só com a certeza da punição vamos coibir esses crimes. Vamos seguir acompanhando de muito perto e firme porque isso não vai ficar assim. As lágrimas do Luighi machucaram o mundo inteiro. E não acontece só com o Luighi, acontece toda hora. A grande maioria dos clubes já sofreram com isso. O que me deixa mais indignada é que os clubes brasileiros representam 60% da receita Conmebol e veja como trata os clubes brasileiros”, disse em entrevista à TNT Sports.
No último domingo, a Conmebol divulgou punições ao Cerro Porteño por conta das ofensas racistas contra o atacante Luighi. O clube paraguaio terá que pagar uma multa e jogará com os portões fechados na Libertadores sub-20. O valor da pena é de US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil na cotação atual). O montante deverá ser pago no prazo de 30 dias corridos a partir desta segunda-feira. CBF e Palmeiras contestaram a punição da entidade e expuseram indignação. O clube paulista, por exemplo, entende que as medidas tomadas pela entidade foram “extremamente brandas”.
“Acho que a CBF, nosso presidente Ednaldo está muito atento a isso, é um grande lutador nesse combate. Temos que tomar medidas firmes com relação à Conmebol. Vou lançar uma ideia, uma reflexão para nós: já que não consegue coibir esse tipo de crime e tratar os brasileiros com o tamanho que os clubes brasileiros representam por que não pensar em filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro. O futebol brasileiro não está sendo respeitado pela Conmebol. É algo a se pensar. tenho uma reunião quarta na CBF e vou conversar com os clubes que estarão lá e com o presidente Ednaldo. É uma semente para se plantar. Se não somos respeitados aqui pelo órgão que controla o futebol dá América do Sul por que não irmos à Concacaf? Com certeza, financeiramente, para todos os clubes seria muito melhor. Poderíamos pensar muito seriamente nessa ideia”, sugeriu Leila.
Leila Pereira também falou sobre o contato que teve com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, após o caso. Em entrevista coletiva concedida na sexta-feira, ela revelou que não havia sido atendida por ele. Contudo, após a exposição do caso, recebeu retorno do dirigente, que prometeu medidas rígidas, o que não foi cumprido, na visão de Leila.
“Quando aconteceu o fato, liguei, mas não consegui falar, depois que dei a entrevista que todos viram, ele me ligou dizendo que seria muito rígida nas penalidades, mas pelo que vi, não foi. para essa penalidade, não tenho duvida que é um estímulo para que aconteça novos casos de racismos. Não tenho dúvidas que a solidariedade que temos com os clubes brasileiros, a maioria já sofre com isso em torneios da Conmebol. Isso não vai ficar assim, vamos tomar medidas muito sérias contra a Conmebol. Temos que ter medidas firmes, não notinhas”, finalizou a presidente do Verdão.
Na última quinta-feira, no Estádio Gunther Vogel, no Paraguai, Figueiredo e Luighi sofreram ofensas racistas de torcedores do Cerro Porteño, em partida da Libertadores sub-20. Na oportunidade, o torcedor imitou um macaco em direção aos atletas, e Luighi ainda recebeu cusparadas. Ele deixou o campo chorando e após a partida revoltou-se em forte entrevista questionando a Conmebol por punição.
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