Leonardo Jardim valoriza atitude da equipe em vitória e busca mais equilíbrio entre setores | OneFootball

“Vou iniciar com as palavras que eu disse ao grupo: nós tínhamos tido um período difícil em termos de vitórias este ano. Hoje começamos um campeonato com uma vitória sobre o Mirassol. E as vitórias são difíceis, são caras, ainda mais iniciando um campeonato. Existe nervosismo, adrenalina. A equipe teve 35 minutos muito bons, depois houve uma quebra que foi por dois fatores: primeiro porque nossos dois volantes estavam amarelados e são essenciais para a equipe, principalmente em termos de pressão. E com isso a equipe perdeu intensidade e o adversário aproveitou isso. Entramos bem na segunda parte e aos 20, 30 minutos, percebi que a gente não estava conseguindo ter volume ofensivo, coloquei dois jogadores para ter mais a posse e permitir que a equipe circulasse mais. Segundo tempo mais controlado, mas menos agressivo em termos ofensivos. Equilibramos a equipe, tivemos o controle e foi uma vitória meritória da equipe. Começamos com 3 pontos, que era o essencial.”

“Depende do que quer dizer com ‘atacante’. Atacante, em Portugal, são Kaio e Gabriel. Dudu e Wanderson são meias, pontas, não atacantes. Jogamos com quatro meias. Jogamos de forma ofensiva, com jogador entre as linhas, mais posse de bola, mas é difícil pressionar com dois. Os torcedores vieram em massa, agradecer ao apoio, mesmo no momento em que tivemos menos controle, foram extraordinários. Futebol de alto nível é na qualidade, mas na atitude.”

“Apresentamos algumas coisas boas. Outras menos boas. Não gostei dos 10 minutos da primeira parte, perdemos a pressão e deixamos o adversário controlar o jogo com a bola. Gostei da criação, fizemos os gols, transição mais rápida. É importante referir que essa equipe do Mirassol jogou um Paulistão, o ritmo deles de jogar com equipe grande é diferente da nossa equipe. Durante os primeiros dois meses, jogamos com o Atlético e perdeu um jogador no início e quase não serviu pra experiência. Por isso, com certeza, este início de campeonato a gente tem que redobrar a atitude pra ganhar ritmo com o campeonato a correr.”

“Os torcedores gostam, como eu gosto, do Matheus. E, com certeza, ele vai jogar muitas vezes nessa equipe. Mas temos outros jogadores importantes. Não ando à procura de 11 jogadores, mas sim de uma dinâmica. No momento que precisamos de mais bola, ele estava lá. Temos que saber bem o que a gente pretende, não dá pra ter tudo ao mesmo tempo. O Matheus é um grande jogador, a gente acredita nele, passa por momentos pessoais, nascimento do primeiro filho, anda preocupado. E eu penso que depois do nascimento ele ainda vai apresentar sua melhor forma e nos ajudar com certeza.”

“Se eu quiser amplitude, vou ter o Kaiki. Se eu pretender uma postura mais defensiva, melhor qualidade nas bolas paradas, tenho o Villalba. E ainda tenho o Marlon, que não começou bem e nós acreditamos nele.”

“Cássio não tava bem, achei que ia ficar melhor com a parada e os treinos e acho que aos poucos está a evoluir e ganhar seu nível. Em termos de performance, eu vejo ele a subir. O treinamento é a base do futebolista de alta competitividade. Pra estar no top, é preciso treinar no top. Estou satisfeito dele estar evoluindo e mostrando que ainda pode ser um goleiro top do futebol brasileiro.”

“Cada competição é um momento diferente. Nesta fase, o próximo jogo será sempre o mais importante. Em termos de elenco, vamos ter que trocar algumas peças. Se durante um jogo a gente troca pra manter o suor fresco, durante competições diferentes temos que trocar. Essa será sempre a ideia. Esqueça aqueles 11. O futebol, hoje em dia, não é fácil ter 11 pra resolver.”

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