São Paulo ainda deve bolada a James Rodríguez: conta a pagar por contratações em 2024 supera R$ 70 milhões | OneFootball

Astro colombiano durante jogo em 2023 (Wagner Meier/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianooALEXANDRE GIESBRECHT

O balanço do São Paulo referente ao exercício de 2024, que ainda não foi tornado público para além dos conselheiros, o que deve acontecer daqui a cerca de dez dias, traz alguns detalhes triviais sobre a situação financeira do clube do Morumbi.

Dos 88 jogadores com quem o São Paulo mantinha contratos vigentes de trabalho em 31 de dezembro, apenas 11 tinham 100% de seus direitos econômicos com o clube.

Três deles já deixaram o Morumbi (Arthur Yan, Michel Araujo e William Gomes), um vai sair sem deixar legado financeiro (Liziero) e três têm pouca ou nenhuma chance de serem vendidos, por serem mais velhos (Alisson, Luiz Gustavo e Rafael).

Os outros quatro ainda podem render alguma coisa, em maior ou menor nível: Galoppo, Hugo Leonardo, Lucas Loss e Osório.

Em 2023, o Tricolor ainda tinha dois empréstimos com terceiros: o empresário de atletas André Cury (sete milhões de reais) e o conselheiro Vinícius Pinotti (1,5 milhão de reais). Ambos foram quitados, e agora não resta nenhum empréstimo com terceiros listado.

O item “Direito de imagem a pagar” não traz nenhuma nota explicativa, mas uma linha em particular chama a atenção: “Dívida contratos rescindidos/finalizados”. Ela estava zerada em 2023, mas em 2024 passou para R$ 20,4 milhões. Mesmo sem nenhuma explicação, tudo indica que esse seja o valor ainda devido a James Rodríguez, o que torna sua contratação uma irresponsabilidade ainda maior do que já se imaginava sem saber quanto custou — e, na verdade, ainda não se sabe, pois a única informação disponível é quanto ainda se deve a ele.

Também foram listados os clubes a quem o Tricolor deve dinheiro referente à compra de direitos econômicos de atletas, mas não com os nomes deles.

Alguns, porém, podem ser deduzidos: Elche (Rigoni, R$ 1,3 milhão), Deportivo Maldonado (Calleri, R$ 7,3 milhões), Gabriel Neves (direitos pertenciam ao próprio jogador, R$ 7,5 milhões), Major League Soccer (Alan Franco, R$ 8,7 milhões), Montevideo City Torque (Ferraresi, R$ 20,8 milhões), Jhegson Méndez (mesmo caso de Gabriel Neves, R$ 7,3 milhões), Ferreirinha (R$ 14,5 milhões), Belgrano (Santiago Longo, R$ 1,8 milhão) e Jamal Lewis (R$ 965 mil).

Esses não são valores totais pelos negócios, mas, sim, o que ainda se deve.