Técnico das Brabas do Corinthians detalha responsabilidade que teve ao substituir Arthur Elias | OneFootball

As Brabas do Corinthians seguem com os treinamentos a todo vapor no intuito de fazerem mais uma temporada vitoriosa, tudo sob o comando do técnico Lucas Piccinato. Na noite da última terça-feira, 04, o treinador do clube do Parque São Jorge falou da responsabilidade que teve ao substituir Arthur Elias – hoje comandante da Seleção Brasileira Feminina – no Timão.

“Minha esposa, quando eu falei que tinha a proposta do Coringão, ela falou: “Você é maluco, você é doido, o que você vai fazer lá? Não tem porquê”. Mas ao mesmo tempo, não topar um desafio como esse também, acho que fugiria muito da personalidade que eu tenho, da pessoa que eu sou. Sempre gostei muito de desafio, de competir, e eu sabia que seria uma responsabilidade muito grande, por tudo que o professor Arthur conquistou dentro do clube, pelo respeito, pelos títulos obviamente, mas de supetão aceitei o convite, porque sabia que seria um grande desafio, mas que eu estava preparado para vivenciar isso.”

Foto: Reprodução / Internet

Posteriormente, o profissional destacou as diferenças do Alvinegro atualmente em comparação à equipe que assumiu no início do ano passado. De acordo com Piccinato, em 2024, ele pegou um elenco que já vinha de uma base pronta. Já em 2025, ele está tendo que lidar com saídas e novas jogadoras.

“Acho que é natural, quando a gente chega, o time já muito solidificado, as peças e a maneira de jogar, elas se mantiveram bem parecidas. Esse ano a gente teve muitas trocas no elenco, saíram oito jogadoras, entraram oito jogadoras, então é um número considerável de trocas”, disse.

Nesse sentido, ele pontuou que as poucos, o Time do Povo vai se transformando com novas maneiras de jogar. Além disso, Lucas acredita em mais uma temporada competitiva das Brabas.

“Acho que de uma maneira bem natural a gente vai começando a colocar um pouco da nossa cara, um pouco do que a gente acredita, sempre entendendo a responsabilidade que é estar à frente de um projeto como esse, em que qualquer coisa que não for título é fracasso. Então, a gente, de certa forma, a gente sabe que é uma pressão grande, aos poucos a gente vai colocando um pouquinho da nossa maneira de jogar, do que a gente imagina como ideal, e tenho certeza que a gente vai fazer mais um ano muito competitivo”, continuou.

Por fim, quando questionado em relação a possibilidade de futuramente treinar um time masculino, Piccinato salientou que a ideia não empolga. Segundo ele, o futebol feminino lhe oferece boas condições no momento atual. Entretanto, não descartou a eventualidade, caso receba uma boa proposta.

“Não é a minha intenção. Hoje eu tenho um cenário de um currículo muito grande no Feminino, então, hoje eu sou uma pessoa que, graças a Deus, passei por muita coisa. Então, estou numa condição muito positiva, e sei que para o masculino eu teria que começar engatinhando, iniciar, dar os primeiros passos. Então, não tem essa pretensão, não é algo que eu almeje. Não vou dizer que é algo que eu negaria, se chegar uma boa proposta em um clube, mas não é algo que eu olho, não é algo que eu fico almejando”, completou.

Embora o calendário com as datas-base das competições femininas já tenha sido divulgado pela CBF, não se sabe ainda quando o Corinthians Feminino irá estrear na temporada 2025. O primeiro torneio em disputa no ano será a Supercopa do Brasil, com início no dia 09 de março. Em seguida, o Time do Povo ainda participará do Campeonato Brasileiro, Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Libertadores.

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