Técnico do Corinthians Sub-20 fala sobre venda de promessa e transição da base para o profissional | OneFootball

Na última segunda-feira, 10, o técnico do Corinthians Sub-20 Orlando Ribeiro foi o entrevistado da semana no PoropoPOD, programa de entrevistas da Corinthians TV. Dentre diversos assuntos, o treinador falou sobre o lateral esquerdo Denner, grande promessa da base alvinegra e cuja venda foi encaminhada para o Chelsea (ING) por 10 milhões de euros fixos, além de mais 4 milhões de euros em metas.

“Infelizmente os meninos estão indo mais cedo para fora, então se a gente conseguir frear isso um pouquinho seria bom. Confesso que eu não sei como, mas seria bom com o Denner jogar mais três anos pelo Corinthians, dois, três anos antes de sair, mas a gente sabe que é difícil. Então o que tem que ser feito não sei dizer, mas seria bom se eles pudessem ficar mais tempo no Brasil e a gente aproveitar eles mais, assistir os jogos, ver os meninos subindo e jogando no Brasil.”

Foto: Reprodução/Corinthians TV

Orlando também falou sobre as dificuldades na transição da base para o profissional. “Os meninos sabem que se eles tiverem uma oportunidade, pode ser um minuto, dois minutos, ele não pode errar. Como é que ele não pode errar? Ele não pode sentir o erro, ele não pode acusar o erro. Ele tem que saber que ele tem que ter a personalidade. Se ele errou alguma situação, alguma coisa, não se abater e esperar uma próxima oportunidade. Se ele se acusar que errou, aí o profissional não vai querer ver esse garoto”, declarou.

Ele prosseguiu: “Não pode chegar no profissional e se achar o melhor que todo mundo, ele está no profissional do Corinthians. Ele já tem que estar acostumado com isso. Pode ir igual aos outros. Se ele encarar com naturalidade, ele vai se dar bem. Também tem a questão dos pais, estafe, ver como cada um recebe melhor a informação. Em alguns momentos, não tem essa escuta dos familiares, o entorno também pode atrapalhar.”

Ainda assim, o treinador valorizou o trabalho de integração com o profissional que vem sendo desenvolvido com a categoria Sub-20, afirmando que tal trabalho conjunto auxilia na adaptação dos jovens ao elenco principal.

“Alguns clubes, alguns meninos treinam às vezes de manhã no profissional e no outro dia ou à tarde, são chamados para treinar nossos profissionais, então essa integração. Bem feita eu não digo, mas tem bastante… há um bom tempo já vem acontecendo. E eu acho que a tendência é melhorar cada vez mais.”

Orlando reforçou que esta etapa é fortemente influenciada pelas individualidades de cada atleta, com a subida ao profissional não precisando ser definitiva. “Cada um tem uma maneira de trabalhar com a transição. Se eles tiverem idade para jogar no Sub-20, a qualquer momento podem voltar. Se o profissional não conseguir dar uma oportunidade real de jogo, é importante que eles atuem no Sub-20”, ponderou, completando ainda que as agendas de cada equipe podem mudar de última hora:

“Temos um jogador treinando a semana toda esperando a permissão para jogar, mas na quinta ou sexta-feira, aquele que estava no profissional pode voltar e ter a preferência para iniciar o jogo. Não dá para enganar ninguém. Hoje em dia não tem mais criança no futebol, todos precisam entender essa realidade.”

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