Zerozero
·8 Februari 2025
Um grego contra todos os sustos e males
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Zerozero
·8 Februari 2025
Na ressaca do clássico - um empate que até beneficiou as águias -, o Benfica não podia deslizar frente ao Moreirense. Não foi fácil, com algumas lesões preocupantes e mérito do adversário pelo meio, mas aconteceu (3-2) e, assim, os encarnados aproximam-se do vizinho da segunda circular na tabela.
Bruno Lage, após o sucesso na Amadora, voltou a apostar em Manu Silva no onze inicial; Schjelderup foi o escolhido para render ao lesionado Di María. Do outro lado, proibido de utilizar Pedro Santos - emprestado pelas águias -, César Peixoto optou por dar a titularidade a Jeremy Antonisse; Ofori, olhando para a última partida, também roubou o lugar a Sidnei Tavares.
Apito inicial e ainda os adeptos procuravam o lugar quando foi inaugurado o marcador. Ainda por cima, num lance q.b. polémico.
Ao terceiro minuto, um cruzamento aparentemente inofensivo de Carreras chamou a atenção do VAR, que descortinou uma mão de Dinis Pinto. Num lance com várias interpretações - pela proximidade entre o jogador e a bola e pelo movimento que tentava reduzir a volumetria -, Bruno Costa viu o toque da mão na bola e, apesar da demora, não hesitou em marcar grande penalidade.
Pavlidis não se fez rogado: não quis saber de eventuais polémicas e deu continuidade ao excelente momento vivido. Bola para um lado, guarda-redes para o outro e Benfica na frente.
Desde a partida frente à Juventus, o grego estava envolvido em dois golos das águias por jogo - e esta noite não foi diferente. Na sequência de um canto e após uma carambola de ressaltos, Tomás Araújo isolou o avançado para o bis.
Estava tudo a correr às mil maravilhas na ótica caseira. Contudo, o que aconteceu do quarto de hora até ao minuto 40 preocupou e, certamente, não agradou o adepto encarnado.
As águias permitiram o crescimento do Moreirense, que mostrou a sua qualidade no relvado da Luz. Cresceu até reduzir a desvantagem: noutra espécie de carambola, Benny atirou a contar e deu outra vida à formação minhota.
De seguida, o mais preocupante. No espaço de dois minutos, duas aparições da maca: Alexander Bah - agarrado ao gémeo - e Manu Silva - com muitas queixas no joelho - abandonaram o terreno de jogo com duas lesões aparentemente sérias.
Até ao final do primeiro tempo, o Benfica chegou ao terceiro - boa cabeçada de Otamendi noutro lance de bola parada -, mas não se livrou de novo susto, quando Alanzinho apareceu solto à entrada da pequena área e chutou para uma enormíssima intervenção de Trubin.
A segunda parte teve um começo morno, a contrastar com o ritmo frenético do primeiro tempo. A exibição agradava ao Moreirense - muitas vezes, consentida pelas águias -, que estava a ter bola em pleno Estádio da Luz, mas o rumo do marcador favorecia o Benfica.
O jogo assim continuou, mesmo com uma ou outra aproximação interessante às balizas, ou com um ou outro remate de meia distância mais atrevido. Numa tentativa de agitar com o jogo, Bruno Lage promoveu as estreias de Bruma e Belotti - sem grande sucesso, contudo.
Movido pela boa exibição até então e sem nada a perder, o Moreirense arriscou... e foi feliz. Um erro defensivo do Carreras permitiu aos Cónegos, com um, dois toques ficarem na cara do golo; aí, Ivo Rodrigues finalizou com precisão e instalou o pânico na Luz.
Até ao final, foi sofrer a bom sofrer, mas o marcador não voltou a mexer. Com dificuldades, físicas e exibicionais, o Benfica conseguiu reduzir a desvantagem para o topo da tabela para quatro pontos. Segue-se a visita a Monaco.