Jogada10
·25 April 2025
Veja os maiores goleiros da história do seu time

Jogada10
·25 April 2025
O futebol é cercado de clichês. Poucos são verdadeiros. Mas um que é unanimidade para todos é: ”Toda grande equipe começa com um grande goleiro”. E o Brasil sempre foi um grande celeiro de grandes defensores em toda a sua história. Assim, o J10 relembra os maiores arqueiros que o seu time já teve vestindo a sua camisa.
O São Paulo sempre teve a sorte de contar com um grande goleiro embaixo da sua meta. Poy, Waldir Peres, Gilmar, Zetti. Mas como competir com um atleta que briga não só para ser o maior arqueiro do clube, como também o maior jogador da história de uma instituição. Maior goleiro artilheiro do mundo com 131 gols, 1.237 partidas durante 25 anos de paixão pelo mesmo escudo. Campeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, bicampeão mundial e da Libertadores em 1993 e 2005. Tricampeão brasileiro em 2006,2007 e 2008. Indicado ao prêmio da Bola de Ouro de melhor jogador do mundo em 2005, terminando na 11° colocação. Ceni é a síntese do espírito são-paulino: competente, exigente, obstinado e vencedor. Para muitos o maior ídolo do São Paulo de todos os tempos.
Rogério Ceni é o maior goleiro do São Paulo e um dos maiores da história do futebol – Foto: Divulgação/São Paulo
Para muitos, um grande goleiro. Para o palmeirense, um santo. Marcos, ou para os íntimos ”São Marcos”, é um dos grandes nomes da história palestrina. Contudo, é verdade que não podemos colocar uma menção honrosa a Emerson Leão. Mas Marcos representava tudo que o torcedor gostaria de ver em campo. Campeão do Mundo com a Seleção Brasileira em 2002, sendo titular e com uma atuação mágica no final, o arqueiro também cansou de encantar pelo Verdão. É o sétimo jogador com mais partidas disputadas na história do clube, com 533, e o segundo goleiro com mais aparições. Além disso, foi responsável direto pela primeira Libertadores do Palmeiras, em 1999, se destacando na disputa de pênaltis. Recusou uma oferta da Inglaterra para jogar a Série B pelo clube. São 13 títulos pelo Verdão. Não é a toa que ganhou um busto nas dependências do clube em 2015.
Marcos ganhou apelido de Santo pelos palmeirenses – Foto: Reprodução
O Corinthians sempre teve uma grande discussão de quem era o seu maior goleiro na história. Afinal, o clube contou com nomes como Gylmar dos Santos Neves, Ronaldo Giovanelli e Dida. Mas a discussão após Cássio. O ”Gigante da Fiel” chegou ao Parque São Jorge como uma aposta em 2012, se firmou em um momento difícil do clube e foi responsável direto pela primeira Libertadores na história do Timão. Mas ele não parou por aí. O arqueiro também teve uma das apresentações mais excepcionais da história do futebol, na final do Mundial de Clubes contra o Chelsea, com inúmeros milagres e sendo eleito o melhor jogador da decisão e da competição. São 393 partidas com a camisa alvinegra e nove taças, o maior vencedor da história do clube. Eternizado como um dos maiores da história do Sport Club Corinthians Paulista.
Cássio é o maior vencedor da história do Corinthians – Foto: Daniel Augusto Jr./Corinthians
Um tetracampeão mundial. Duas vezes pela seleção (Copas de 1958 e 1962) e duas vezes pelo Santos (1962 e 1963). Em um período de cinco anos Gylmar dos Santos Neves conquistou o que muitos não conseguem conquistar durante a carreira inteira. Apesar de jogar em outros clubes, foi na meta santista que o arqueiro conquistou todos os títulos possíveis na carreira de um jogador de futebol. Foram mais cinco títulos paulistas, três taças do Rio-São Paulo, cinco canecos nacionais, duas Libertadores, dois Mundiais, além de dezenas de outras taças ao lado dos companheiros que fizeram brilhar os olhos de torcedores de todo o planeta. Ao todo foram 331 partidas como goleiro do Santos Futebol Clube. Apelidado de Girafa devido a seu porte esguio, Gylmar era elegante dentro e fora dos campos e se eternizou no mesmo clube que o Rei.
Gylmar fez história ao lado de Pelé no Santos – Foto: Divulgação
Amado (anos 20) se tornou uma lenda entre historiadores do futebol brasileiro e é considerado o primeiro craque na posição em nosso país. Julio Cesar é, inquestionavelmente, o goleiro de maior sucesso entre os que já vestiram a camisa rubro-negra, com suas três participações em Copas do Mundo, duas delas como titular. Mas, sem dúvida, para o torcedor e em relação à história do clube, o número 1 é Raul Plasmann, que defendeu o clube de 1977 a 1984 — ou seja, durante toda a fase de ouro da Era Zico. E olha que ele chegou ao fim da carreira, com 33 anos, já que entre 1965 e 1978 defendeu o Cruzeiro com muito sucesso.
Raul Plasmann fez parte da geração de ouro do Flamengo, com Zico e companhia – Foto: Reprodução
O jogador cujo aniversário batiza o Dia do Goleiro. Manga era um senhor feudal abaixo das traves. Nome mais laureado da história do Botafogo, tem presença obrigatória na seleção de todos os tempos do Alvinegro. O bicho, contra o Flamengo, era certo. Pelo Internacional, conquistou um bicampeonato brasileiro em uma equipe fantástica. Antes, havia cruzado a fronteira para ser um dos maiores do Nacional-URU, clube pelo qual levou uma Libertadores, um Mundial, além de quatro Uruguaios. Ser ídolo de três gigantes do futebol mundial não é para qualquer um. Manguita ainda seguiria faturando canecos por Coritiba, Grêmio, Operário e Barcelona-EQU, sem contar os três Pernambucanos que ganhou pelo Sport, no início da trajetória no futebol. Nos deixou recentemente. Mas seu legado é inquestionável.
Manga fez história com a camisa do Botafogo e entrou na história do clube por sua entrega – Foto: Vitor Silva / Botafogo
Um dos maiores goleiros de sua época e um dos grandes ídolos do Vasco, Moacyr Barbosa teve a imagem ligada à trágica derrota na Copa do Mundo de 1950, quando o Brasil era favorito diante de 174 mil pessoas no Maracanã. Mas, inegavelmente, ainda é considerado o maior goleiro da história do Cruz-Maltino, clube pelo qual defendeu por 11 anos. Morto em 7 de abril de 2000, aos 79 anos, o camisa 1 passou a dar nome ao centro de treinamento vascaíno, em 2020. No ano seguinte, o Museu do Futebol organizou uma exposição para honrar o goleiro. Com o tempo, passou a ser mais citado pelos feitos do que pela suposta falha no gol de Ghiggia. Fez quase 500 jogos pelo Vasco, o mais especial deles o Sul-Americano de 1948, no Chile, quando enfrentou Alfredo Di Stefano. Jogou profissionalmente até 1962, quando se aposentou aos 42 anos.
Moacyr Barbosa está eternizado na história do Vasco – Foto: Acervo Vasco da Gama
O gol do Fluminense sempre esteve em boas mãos. Marcos Carneiro de Mendonça, Batatais, Félix, Paulo Victor e Fábio. Mas há, acima de todos esses nomes, um que a torcida tricolor venera como maior ídolo de todos os tempos. Castilho é o jogador que mais vezes vestiu a camisa tricolor, em 704 jogos – destes, 269 sem sofrer gols. Por 18 anos (1947 a 1965) foi titular indiscutível, disputou quatro Copas e pelo amor ao Tricolor amputou parte do dedo mínimo da mão esquerda. Ele não precisava de um dedo, mas sabia que o Flu sempre precisava dele. Um jogador que transcendeu as quatro linhas. Saiu de campo para entrar na história, imortalizado com um busto nas Laranjeiras.
Goleiro Castilho, jogador com mais partidas pelo Fluminense – Foto: Reprodução/Fluminense
Os dois goleiros mais relevantes são Raul Plasmann (que ainda tem o status de maior goleiro de um outro grande clube da lista) e Fábio, que hoje defende com muito brilho o Fluminense. mas este último, mato-grossense hoje com 44 anos é o cara. Defendeu a raposa de 2005 a 2021 somando incríveis 976 jogos pelo clube. São 300 jogos a mais do que o segundo colocado (apoiador Dirceu Lopes) e 12 títulos ,incluindo dois brasileiros e três Copas do Brasil. Quando não renovou com o clube, às vésperas do jogo 1.000 saiu aos prantos, e foi para o Fluminense, onde até Libertadores ganhou.
Fábio tem quase 1000 jogos com a camisa do Cruzeiro – Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Aqui gera uma grande dúvida, pois é uma disputa cabeça a cabeça, quase uma polarização. Para alguns, João Leite, grande craque nos anos 70 e 80 sempre foi uma unanimidade. Mas desde 2013, quando São Victor fez os milagres que levaram o Galo ao título da Libertadores, ele passou a fazer sombra. Qualquer um dois dois honraria com louvor o Top- 1 do panteão do Galo. Mas para a geração mais nova e pelos títulos relevantes, Victor acaba levando a melhor.
Victor é responsável direto pela única Libertadores do Galo – Foto: Divulgação Bruno Cantini/ Atlético
Danrlei é muito lembrado e fica em segundo lugar nesta lista. Mazzaroppi, campeão o mundo em 1983, também recebe destaque. Mas Lara, que defendeu o clube entre 1920 e 1935 é o cara. Hoje, muitos fora do Rio Grande do Sul não o conhece. Mas ele ganhou 15 títulos em 15 anos (4 gaúchos e 11 torneios da cidade, que era muito relevante na época). Não tem mais titulo pois morreu exatamente em 1935 aos 38 anos. E jogando até o fim a vida. Na final do Gaúcho de 35, mesmo com tuberculose, jogou o torneio e, na final, fechou o gol, garantindo o título. Morreria dois anos depois. Para que ninguém tenha dúvida de que ele foi o maior. É o único jogador gremista citado no hino do clube: “Lara, o Craque Imortal, Soube o seu nome elevar. Hoje, com o mesmo ideal, / Nós saberemos te honrar.”
Lara está eternizado no hino do Grêmio – Foto: Arquivo/Museu Hermínio Bittencourt, do Grêmio
Claudio Taffarel disputou três Copas do Mundo como titular absoluto da Seleção Brasileira. Foi campeão em 1994 e viu seu nome decorado e gritado na ponta da língua dos torcedores por muitos anos, com direito a uma narração emocionante de Galvão Bueno. “Sai que é sua, Taffarel!”. Mas antes de todo o planeta futebol conhecê-lo, Taffarel brilhou com a camisa do Internacional. Apesar de não ter conquistado títulos nacionais, o goleiro foi um dos destaques da final da Copa União de 1987 (equivalente ao Campeonato Brasileiro), onde perdeu a decisão. No ano seguinte, levou o Inter a mais uma final de Campeonato Brasileiro, ficando com o vice-campeonato pela segunda vez consecutiva. Deixou o Colorado em 1990 para fazer história, sendo o primeiro goleiro brasileiro a jogar na Europa, mas nunca saiu da memória do torcedor do Internacional.
Taffarel é cria do Internacional e um dos maiores goleiros da história – Foto: Domínio Público