
Calciopédia
·1 aprile 2025
30ª rodada: Inter e Napoli superaram duelos difíceis e se isolaram na briga pelo scudetto

Calciopédia
·1 aprile 2025
Após o período de cerca de duas semanas de pausa por conta da data Fifa, a Serie A voltou e, mesmo na 30ª rodada, ainda tivemos novidades, não só na briga pelo título. A Atalanta tropeçou na Fiorentina e deixou o caminho do scudetto aberto para a disputa entre a líder Inter, que superou um cenário caótico no fim da partida e venceu a Udinese em casa, e o Napoli, que afundou ainda mais o Milan na tabela. Já a Juventus, com técnico novo após a demissão de Thiago Motta, aproveitou a injeção de ânimo proporcionada pela chegada de Igor Tudor, ex-zagueiro bianconero, e venceu o Genoa. Agora, corre atrás do Bologna, que se manteve na quarta colocação após o triunfo contra o Venezia, no Pier Luigi Penzo.
Já a Lazio ficou só no empate contra o Torino e viu a empolgada Roma se igualar na tabela, faltando duas semanas para o dérbi capitolino – a Loba se tornou concorrente concreta na briga pelas vagas europeias, após vencer o Lecce, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Já o Empoli, que abre o Z3, ficou apenas no empate contra o Como, que estacionou na tabela junto ao Verona, depois do empate sem gols contra o Parma. Ao menos, os citados se distanciaram ainda mais de Venezia e Monza, ambos superados por Bologna e Cagliari, respectivamente.
Isolada na liderança está a Inter, com 67 pontos, seguida pelo Napoli (64), e agora mais distante, temos a Atalanta, com 58. O Bologna fecha o G4, com 56. Logo depois, com 55, vem a Juventus, com três a mais que a Roma e Lazio (52). Quatro pontinhos atrás da Velha Senhora está a Fiorentina (51), que abriu a mesma margem sobre o Milan (47), que se vê fora da briga por Champions League e bastante encrencado até na corrida por um lugarzinho na Liga Europa.
Na zona de rebaixamento, sem vencer há alarmantes 15 rodadas, o Empoli (23 pontos) se manteve na 18ª posição. Completam o Z3 o Venezia (20) e o Monza, que segue na lanterna, com apenas 15. Confira tudo isso no resumo da rodada.
Gols e assistências: Arnautovic (Dimarco) e Frattesi (Dimarco); Solet Tops: Dimarco e Sommer (Inter) Flops: Ehizibue e Kristensen (Udinese)
A Inter venceu a Udinese por 2 a 1 no San Siro e garantiu mais três pontos importantes na corrida pelo scudetto. O jogo, que era muito tranquilo para a atual campeã da Serie A, se transformou em um drama nos 20 minutos finais. O time de Simone Inzaghi dominou completamente a partida até o gol de Solet, que deu início a um inesperado princípio de colapso dos nerazzurri. Para piorar, as substituições não surtiram efeito, a Udinese cresceu e o técnico mandante perdeu o controle, sendo expulso nos acréscimos.
A Inter começou o jogo como um rolo compressor, sufocando a Udinese e construindo um 2 a 0 sem grandes dificuldades, embalada pelo retorno de Dimarco – que estava lesionado e voltou à equipe titular com duas assistências. Mesmo com seis desfalques, incluindo Lautaro, o time jogava com fluidez e sem correr riscos, e até o minuto 70, a vitória parecia assegurada. No entanto, um raio caiu em San Siro quando Solet recuperou uma bola no meio de campo, a carregou até a entrada da área e emendou um arremate com curva, sem chances para Sommer.
Tentando administrar o elenco de olho no calendário apertado, Inzaghi promoveu várias mudanças, mas o time perdeu consistência. Correa foi ineficaz e, pior, atrapalhou no lance do gol adversário. Bisseck entrou mal, Barella tomou um cartão que o tira do próximo jogo, contra o Parma, e Asllani não conseguiu substituir Çalhanoglu à altura. Com isso, a Udinese sentiu a fragilidade do rival e partiu para o ataque, exigindo defesas fundamentais de Sommer, que garantiu a vitória para os líderes.
A tensão aumentou tanto que o próprio Inzaghi perdeu a cabeça. Já advertido com um amarelo, ele seguiu reclamando até ser expulso diretamente por Daniele Chiffi. A vitória veio, mas os minutos finais deixaram um alerta para os desafios que virão. Agora, a Inter vira a chave para o Derby della Madonnina, contra o Milan, pelas semifinais da Coppa Italia, e aguarda os duelos contra o Bayern de Munique, na Champions League. Se repetir esse apagão nos confrontos eliminatórios, o preço pode ser alto.
Gols e assistências: Politano (Di Lorenzo) e Lukaku (Gilmour); Jovic (Hernandez) Tops: Politano e Meret (Napoli) Flops: Pavlovic e Giménez (Milan)
O Napoli venceu o Milan por 2 a 1 e manteve a disputa acirrada com a Inter na briga pelo título. O time de Antonio Conte decidiu o jogo ainda no primeiro tempo, com um início avassalador e tentos de dois ex-interistas: Politano abriu o placar logo no primeiro minuto, e Lukaku ampliou antes dos 20 – sete dos 400 gols do belga como profissional foram sobre os rossoneri. O Diavolo teve um desempenho muito abaixo, só reagindo na segunda etapa, após as mudanças promovidas por Sérgio Conceição. Giménez perdeu um pênalti que poderia recolocar os visitantes no jogo, mas Jovic descontou nos acréscimos, deixando o final mais tenso. Porém, a reação foi tardia, e o vice-líder garantiu três pontos fundamentais.
O Napoli começou o jogo de forma fulminante e abriu o placar com menos de 2 minutos. Politano aproveitou uma defesa desorganizada do Milan e finalizou no canto de Maignan, que foi batido no próprio poste. Hernandez e Pavlovic ficaram perdidos na marcação, deixando o atacante azzurro livre para finalizar. O gol precoce abalou ainda mais o Milan, que já entrou em campo desconcentrado.
O Napoli seguiu pressionando e quase ampliou com David Neres e Anguissa, que retornavam de lesão – camaronês até tentou um belo toque de calcanhar, assustando os visitantes. O segundo gol não demorou: aos 19 minutos, Gilmour serviu Lukaku, que finalizou sem grande equilíbrio, mas o suficiente para vencer Maignan e dobrar a vantagem napolitana. O goleiro francês ainda evitou o terceiro em um chute perigoso de Anguissa. Enquanto Conte vibrava na área técnica, Conceição parecia sem respostas, e seu Milan saiu para o intervalo completamente dominado.
Na volta do segundo tempo, Rafael Leão entrou no lugar de Bondo, e a postura do Milan melhorou um pouco. O português criou uma jogada individual perigosa, mas finalizou para fora. Giménez e Chukwueze foram chamados à causa para tentar dar mais força ofensiva, mas o Diavolo seguiu errando muito, com o mexicano desperdiçando uma finalização promissora. Pavlovic teve duas boas chances, mas parou em Meret.
Aos 74 minutos, Hernandez sofreu um pênalti após enrosco com Billing. Giménez pegou a bola para bater, mas cobrou de forma fraca e previsível, facilitando a defesa de Meret. Conte comemorou como um gol, enquanto o Milan via sua chance de reação desaparecer. Foi o quarto pênalti perdido pelos rossoneri na temporada, gerando questionamentos sobre por que o apagado Pulisic, batedor oficial do time, não cobrou.
Mesmo sem ser brilhante no segundo tempo, o Napoli parecia controlar o jogo, mas sofreu um susto nos acréscimos. Hernandez e Rafael Leão combinaram pelo lado esquerdo, e a bola sobrou para Jovic empurrar para as redes. O sérvio ainda ficou perto de empatar nos minutos finais, mas a reação foi tardia. Até Maignan chegou a avançar para tentar ajudar no desespero, mas não adiantou. Conte, que já havia recebido um amarelo e está suspenso para a próxima partida, viu seu time segurar a vitória por 2 a 1, mantendo a briga com a Inter pelo scudetto.
Com gols dos ex-nerazzurri Politano e Lukaku, o Napoli definiu a parada contra o Milan muito cedo e se manteve na cola da Inter (Getty)
Gol: Kean Tops: Kean e Mandragora (Fiorentina) Flops: Hien e Maldini (Atalanta)
Na disputa dos dois principais artilheiros da Serie A, melhor para Kean, segundo da lista: aproveitando um erro grotesco de Hien no fim do primeiro tempo, o ítalo-marfinense garantiu a vitória da Fiorentina por 1 a 0 sobre a Atalanta no Artemio Franchi. A Viola, agora com dois triunfos seguidos, segue firme na briga por uma vaga europeia, enquanto a Dea, que já havia perdido para a Inter antes da pausa para a data Fifa, vê seu terceiro lugar ameaçado e praticamente dá adeus a qualquer esperança de título.
A equipe de Raffaele Palladino, desfalcada de última hora por Gosens, começou com Parisi na ala esquerda e um ataque formado por Kean e Gudmundsson. Já Gian Piero Gasperini – acompanhando o jogo de uma skybox por estar suspenso – apostou em um trio ofensivo forte, com Lookman, De Ketelaere e Retegui, recuperado de lesão. O jogo começou intenso, com Kean incomodando a defesa da Atalanta desde os minutos iniciais. A melhor chance dos visitantes no primeiro tempo ocorreu aos 19, quando Lookman exigiu uma grande intervenção do zagueiro Ranieri. Porém, no último lance da etapa inicial, um erro fatal de Hien permitiu que Kean arrancasse sozinho e finalizasse como uma tacada de sinuca para superar Carnesecchi e abrir o placar.
Na segunda etapa, a Atalanta tentou reagir, mas a Fiorentina seguiu perigosa nos contra-ataques. Gudmundsson quase ampliou com um belo lance, mas mandou por cima. Gasperini mexeu no time, alterando o setor ofensivo com as entradas de Maldini e Samardzic, e mais tarde trocando De Ketelaere por Brescianini. No entanto, a Dea não conseguiu pressionar de forma eficaz, e a Viola teve até chances de matar o jogo, como em uma incrível oportunidade desperdiçada por Ranieri, frente a Carnesecchi.
Nos minutos finais, Palladino promoveu a entrada de Zaniolo para segurar a vantagem e viu seu time administrar bem o resultado. A vitória coloca a Fiorentina ainda mais forte na luta por competições europeias. Já a Atalanta amarga seu segundo revés seguido e pode perder terreno na disputa pela Champions League.
Gol: Yildiz Tops: Yildiz e Locatelli (Juventus) Flops: Zanoli e Matturro (Genoa)
Novidade na 30ª rodada? Sim. A Juventus começou a era Tudor com o pé direito, mesmo que sem muita inspiração técnica. Em um Allianz Stadium novamente vibrante, os bianconeri venceram o Genoa por 1 a 0 com um golaço de Yildiz e recobraram a esperança para a última disputa nessa temporada – a de uma vaga na Champions League. O jovem turco decidiu com uma jogada individual de puro talento, garantindo três pontos fundamentais que deixam a equipe a apenas um ponto do Bologna, na briga pelo G4. A vitória também representa uma injeção de ânimo para o time, que precisava dar uma resposta após semanas turbulentas sob o comando de Motta.
Logo nos primeiros minutos, a postura da Juve já demonstrava um espírito renovado. Com Vlahovic titular e a defesa organizada em uma linha de três, os bianconeri criaram uma grande chance com Yildiz, que parou em um salvamento em cima da linha. O Genoa respondeu com perigo, exigindo uma boa intervenção de Di Gregorio em uma cobrança de falta de Miretti. O jogo seguiu equilibrado até que, aos 25 minutos, Tudor mostrou que seu impacto vai além da tática: ao devolver rapidamente a bola para Koopmeiners bater um lateral, acelerou a jogada que culminou no golaço de Yildiz. O camisa 10 recebeu na ponta, deixou De Winter para trás e, com um chute cruzado preciso, venceu Leali. Um gol que não só decidiu o jogo, mas também reafirmou o talento promissor do turco.
No segundo tempo, o Genoa tentou reagir e quase empatou com Pinamonti, que finalizou com perigo, entre Kalulu e Veiga. A Juventus, porém, se mostrou mais sólida e perigosa nas transições. Kalulu obrigou Leali a uma grande defesa após um escanteio, enquanto Vlahovic e Locatelli tiveram oportunidades para ampliar. Nos acréscimos, Weah ainda foi parado pelo goleiro rossoblù, e o apito final confirmou uma vitória fundamental para a Velha Senhora.
Com o triunfo, a Juventus segue firme na luta por uma vaga na Champions League e ganha um novo fôlego para a reta final da temporada. Para Tudor, uma estreia positiva, com sinais claros de mudança, tanto na intensidade quanto na atitude da equipe. Infelizmente, para o croata, Gatti, que foi substituído após uma pancada, ficará, ao menos, um mês fora. Para o Genoa, essa foi a sua segunda derrota em cinco jogos, porém o time se encontra em uma posição confortável na tabela e não deve passar por sustos em 2024-25.
Implacável, Kean afastou a Atalanta da briga pelo título e impulsionou a Fiorentina, que segue buscando vaga na Champions League (Getty)
Gol e assistência: Dovbyk (Cristante) Tops: Dovbyk e Hummels (Roma) Flops: Kaba e Guilbert (Lecce)
A Roma segue imparável sob o comando de Claudio Ranieri. Com um gol salvador de Dovbyk, nos minutos finais, os giallorossi venceram o Lecce por 1 a 0, alcançando a sétima vitória consecutiva na Serie A e assumindo a sexta posição, empatada com a Lazio. O resultado mantém a equipe a apenas quatro pontos do Bologna e firme na luta por uma vaga na próxima Champions League.
Desde o início, a Roma demonstrou mais iniciativa, embora sem tanta qualidade – pesa o desfalque de Dybala, que só volta aos campos em 2025-26. Dovbyk teve a primeira grande chance logo aos 7 minutos, mas foi travado no momento do chute. Pouco depois, Angeliño desperdiçou uma oportunidade incrível ao chutar para fora com o gol vazio. O Lecce respondeu com um arremate perigoso de Helgason, que Svilar viu passar rente à trave. A melhor oportunidade da etapa inicial, no entanto, saiu em um erro do goleiro Falcone, que entregou a bola para Koné dentro da área. O francês bateu firme, mas o arqueiro se redimiu com uma defesa espetacular. O jogo seguiu intenso até o intervalo, com ambas as equipes desperdiçando boas ocasiões.
Na segunda etapa, o Lecce quase surpreendeu com um lance ousado de Krstovic, que tentou encobrir Svilar do meio de campo. A Roma, por sua vez, seguiu pressionando e chegou a balançar as redes com Mancini, mas o VAR anulou o gol por impedimento. Quando o empate parecia certo, Dovbyk apareceu para resolver. Aos 83, o atacante ucraniano usou o corpo para se livrar da marcação e bateu cruzado de perna esquerda, vencendo Falcone e garantindo os três pontos para a Roma. No fim, Shomurodov ainda teve chance de ampliar, mas parou em outra boa defesa do goleiro do Lecce.
Com mais uma vitória, a Roma reafirma sua candidatura a uma vaga no G4 e mantém o embalo sob o comando de Ranieri. Já o Lecce amarga a quinta derrota seguida e segue muito próximo da zona de rebaixamento.
Gol e assistência: Orsolini (Cambiaghi) Tops: Orsolini e Skorupski (Bologna) Flops: Fila e Zerbin (Venezia)
O Bologna segue embalado e, com um golaço de Orsolini, garantiu mais uma vitória fundamental na briga pela Champions League. No Pier Luigi Penzo, os rossoblù venceram o Venezia por 1 a 0 e ampliaram sua sequência positiva para cinco triunfos consecutivos. O atacante italiano foi o grande protagonista da noite, acertando um belo chute de primeira para decidir o jogo logo no início da segunda etapa. Se o ataque funcionou com um toque de genialidade, a defesa precisou contar com um verdadeiro escudo humano: Skorupski. O goleiro polonês fez intervenções cruciais para segurar o resultado e manteve seu time isolado na quarta posição.
O duelo começou truncado, com ambos os times pressionando alto e travando o jogo no meio-campo. O Venezia, desesperado para encerrar uma sequência de 12 partidas sem vitória, teve a primeira grande oportunidade do jogo com Zerbin, que saiu na cara do gol, mas parou em uma defesa espetacular de Skorupski. Do outro lado, Orsolini tentou responder, mas sua finalização foi fraca, facilitando a intervenção de Radu. Perto do intervalo, a pressão do Bologna quase resultou em um erro fatal do goleiro adversário, que se atrapalhou na saída de bola e quase entregou o tento de presente.
Se o primeiro tempo foi um emaranhado de disputas físicas e pouca criatividade, o segundo exigiria um lance de brilho individual para quebrar o bloqueio – e Orsolini entregou exatamente isso. Em uma jogada rápida, Dallinga recebeu pela esquerda e acionou Cambiaghi, que cruzou na medida para o camisa 7. Sem titubear, ele pegou de bate-pronto, cruzado, tirando qualquer chance de defesa de Radu. Um gol digno de sua importância para os visitantes. O Venezia não se entregou e partiu para o ataque em busca do empate. Yeboah teve a melhor chance para os donos da casa, ao tentar um toque sutil por cima de Skorupski, mas o goleiro do Bologna, em noite inspirada, fez mais uma defesa decisiva.
Apesar da pressão final dos lagunari, os visitantes seguraram o resultado e conquistaram mais três pontos valiosos. Com 56, o Bologna segue firme na briga pela Champions e mantém a Juventus na alça de mira. Para o Venezia, a seca de vitórias agora chega a 13 jogos. Apesar do ensaio de reação, com boas atuações e empates obtidos contra adversários da parte superior da tabela, Eusebio Di Francesco e sua turma estão cada vez mais afundados na zona de rebaixamento.
Com toque de genialidade, Yildiz fez a Juventus vencer o Genoa e garantir uma estreia tranquila para Tudor (Getty)
Gols e assistências: Marusic (Pedro); Gineitis Tops: Pedro (Lazio) e Biraghi (Torino) Flops: Dele-Bashiru (Lazio) e Walukiewicz (Torino)
A Lazio voltou a decepcionar no estádio Olímpico e ficou no empate por 1 a 1 com o Torino, adiando mais uma vez a chance de vitória diante da torcida. O time de Marco Baroni abriu o placar no segundo tempo, com um belo chute de Marusic, mas não conseguiu sustentar a vantagem. O Torino, bem organizado e disciplinado defensivamente, cresceu na reta final e chegou ao empate com Gineitis, que saiu do banco para marcar aos 82 minutos.
Desde o início, o duelo foi equilibrado, com as duas equipes tentando impor seu estilo de jogo. O Torino teve a primeira grande chance logo aos 5 minutos, após um erro de Zaccagni, que permitiu a Adams finalizar – Romagnoli desviou para escanteio. A Lazio respondeu com um chute forte de seu capitão, defendido por Milinkovic-Savic, e depois com Pedro, que aproveitou uma saída errada do goleiro adversário, mas teve seu chute travado pelo sérvio, que se recuperou. Os donos da casa tinham mais posse e pressionavam, mas encontravam dificuldades diante de um Torino compacto e bem posicionado. Os visitantes, por sua vez, exploravam os espaços em velocidade, com Vlasic e Casadei tentando conectar jogadas no ataque.
A Lazio foi para o intervalo frustrada por não conseguir transformar sua superioridade em vantagem e o Torino voltou do descanso mais agressivo. Aliás, quase abriu o placar aos 52 minutos, quando Maripán cabeceou com perigo, mas Provedel fez uma grande defesa. No entanto, quando os visitantes eram melhores, os mandantes marcaram: aos 57 minutos, Pedro acionou Marusic, que chapou no canto e venceu Milinkovic-Savic. O gol animou os donos da casa, que tentaram ampliar a vantagem, mas encontraram um adversário resiliente. Paolo Vanoli fez mudanças ofensivas no time grená, colocando Gineitis, Sanabria e Karamoh, o que fez o Torino crescer na partida. O arqueiro sérvio ainda fez boas defesas em finalizações de Zaccagni e Noslin, mas, aos 82, Biraghi cruzou da esquerda e encontrou Gineitis, que apareceu sozinho para empatar.
Nos minutos finais, a Lazio tentou recuperar a vantagem, mas o Torino se fechou bem e impediu novas oportunidades claras. Mesmo com a pressão nos acréscimos, os donos da casa não conseguiram evitar mais um tropeço no Olímpico, onde não vencem desde fevereiro. O apito final trouxe insatisfação para a equipe celeste, que segue oscilando nesta fase da temporada, e viu sua rival local, a Roma, lhe igualar em pontos na sexta posição. Do outro lado, o Torino comemorou um ponto importante fora de casa, confirmando sua fase positiva e dando mais um passo para tentar terminar o campeonato entre os 10 primeiros colocados.
Gols e assistências: Douvikas (Vojvoda); Kouamé (Pezzella) Tops: Diao (Como) e Grassi (Empoli) Flops: Goldaniga (Como) e Goglichidze (Empoli)
O Como esteve perto de sair de campo com três pontos, mas acabou cedendo o empate para o Empoli em um jogo muito equilibrado no estádio Giuseppe Sinigaglia. O time da casa saiu na frente com Douvikas, que aproveitou um ótimo cruzamento de Vojvoda para balançar as redes. No entanto, os visitantes não desistiram e chegaram ao empate com Kouamé, que de cabeça venceu o goleiro Butez, em levantamento de Pezzella.
A partida começou com o time da casa tentando impor seu estilo de jogo, dominando a posse de bola, mas sem conseguir transformar esse controle em chances claras. O Empoli, por outro lado, apostava nos contra-ataques e quase abriu o placar ainda no primeiro tempo, quando Grassi acertou a trave em um cabeceio perigoso. A equipe visitante seguiu criando oportunidades e viu Kouamé desperdiçar uma chance incrível ao mandar a bola no poste com o gol aberto. A falta de eficiência nas finalizações custou caro para os toscanos, que poderiam ter ido ao intervalo com a vantagem.
No segundo tempo, o Como melhorou e chegou ao gol com Douvikas, que aproveitou bem a jogada pela direita para colocar sua equipe na frente. O Empoli, no entanto, reagiu rapidamente e encontrou o empate com Kouamé, que se redimiu do gol perdido e de outras boas chances desperdiçadas na primeira etapa. Nos minutos finais, os visitantes ainda tiveram a melhor chance para vencer, mas o atacante marfinense novamente errou a finalização cara a cara com o goleiro. Para piorar a situação dos visitantes, Fazzini foi expulso já nos acréscimos.
No fim das contas, o empate acabou sendo mais frustrante para os visitantes, que criaram chances suficientes para sair da Lombardia com os três pontos, o que não ocorre desde o início de dezembro. O Como, por sua vez, lamenta mais uma vez ter deixado escapar uma vitória depois de abrir vantagem. Com 24 pontos perdidos após sair na frente no placar nesta temporada, a equipe de Cesc Fàbregas precisa encontrar uma maneira de manter o controle das partidas até o apito final. O resultado mantém os comascos em situação relativamente confortável na luta contra o rebaixamento, enquanto o Empoli segue na zona perigosa, mas mostrando sinais de vida na reta final da temporada. Precisa vencer, entretanto: já são 15 rodadas seguidas sem triunfos.
Mesmo sem Dybala, a Roma conquistou sua sétima vitória seguida (Getty)
Gols e assistências: Viola (Augello), Gaetano e Luvumbo (Gaetano) Tops: Gaetano e Mina (Cagliari) Flops: Akpa Akpro e D’Ambrosio (Monza)
O Cagliari deu um passo gigante rumo à permanência na Serie A ao atropelar o Monza por 3 a 0 no Unipol Domus. Com um segundo tempo avassalador, os rossoblù de Davide Nicola dominaram a equipe de Alessandro Nesta, que segue afundada. Os gols de Viola, Gaetano e Luvumbo garantiram um triunfo fundamental para os sardos, que agora respiram aliviados na luta contra a degola.
O primeiro tempo foi equilibrado e truncado, com muitas disputas físicas e poucas chances claras. O Monza chegou a assustar com Bianco e Castrovilli, enquanto o Cagliari teve uma grande oportunidade desperdiçada por Viola. No entanto, o jogo mudou completamente na etapa final. Logo aos 49 minutos, um erro de Izzo permitiu que Augello cruzasse na medida para Viola abrir o placar, de cabeça. O Monza tentou reagir com substituições ofensivas, mas a equipe de Nicola soube controlar o jogo e ampliou aos 73, com Gaetano batendo uma falta perfeita no ângulo.
O golpe final veio nos acréscimos: Pavoletti acertou a trave e, no rebote, Luvumbo recebeu e Gaetano e não desperdiçou, fechando o placar em 3 a 0 e levando a torcida ao delírio. Com a vitória, o Cagliari vai a Empoli com moral, sabendo que uma nova vitória pode praticamente selar sua permanência na elite. Já o Monza, cada vez mais afundado na tabela, vê a Serie B se aproximar perigosamente.
Tops: Ghilardi (Verona) e Valenti (Parma) Flops: Mosquera (Verona) e Almqvist (Parma)
Verona e Parma empataram sem gols em um jogo de muita disputa física e poucas emoções, mas que serviu para ambos os times se afastarem um pouco da zona de rebaixamento. O Hellas começou pressionando e quase abriu o placar logo no primeiro minuto, quando Mosquera acertou o travessão após um escanteio de Duda. A resposta do Parma veio com Almqvist, que desperdiçou duas boas jogadas ao tentar encontrar Bonny ao invés de finalizar. Bernabé tentou ditar o ritmo dos visitantes, mas suas assistências não foram bem aproveitadas. Os vênetos, por sua vez, insistiam em lançamentos diretos para seus atacantes, sem conseguir criar jogadas trabalhadas. As poucas chances claras saíram ao fim da etapa inicial, com Bonny obrigando Ghilardi a desviar um chute para escanteio e Mosquera tendo outra tentativa bloqueada pela defesa do Parma.
A segunda etapa manteve o equilíbrio, mas com ainda menos oportunidades. Sohm conseguiu lançar Man em profundidade aos 57 minutos, mas Ghilardi teve uma recuperação perfeita para impedir o avanço do atacante. Paolo Zanetti tentou dar novo fôlego ao Hellas com as entradas de Kastanos e Tengstedt, mas a equipe continuou sem criatividade. Do outro lado, Cristian Chivu também buscou soluções no banco, promovendo as entradas de Pellegrino e Ondrejka. Foi justamente o sueco quem teve a primeira finalização certa do segundo tempo – um chute de fora da área aos 81 minutos, bem defendido por Montipò. As substituições não mudaram o panorama do jogo, e o empate parecia cada vez mais inevitável.
Nos minutos finais, o Parma teve sua melhor chance quando Camara apareceu livre na área, mas Montipò fez uma defesa segura. O Verona ainda teve um último suspiro com Tengstedt, que recebeu cruzamento de Serdar e cabeceou por cima do gol. No fim, o empate sem gols refletiu um duelo mais estratégico do que técnico, onde as defesas prevaleceram sobre os ataques. O ponto conquistado pode não ter empolgado os torcedores, mas foi valioso para os dois times na luta contra o rebaixamento.
Skorupski (Bologna); Dodô (Fiorentina), Ghilardi (Verona), Mina (Cagliari), Dimarco (Inter); Viola (Cagliari), Gaetano (Cagliari), Mandragora (Fiorentina); Orsolini (Bologna), Kean (Fiorentina), Politano (Napoli). Técnico: Raffaele Palladino (Fiorentina).
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