Nosso Palestra
·3 febbraio 2025
Nosso Palestra
·3 febbraio 2025
Sou um chato absoluto, vocês sabem, já que me leem às segundas-feiras neste site. Abel tem sido meu maior alvo, porque tenho achado sua postura modorrenta, sem graça e com atitudes muito questionáveis. Aguardava ansioso por lampejos daquilo que um dia ele foi, e finalmente vi um pouquinho disso.
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Abel não é um cara de sentimentos medianos, já que seu orgulho sempre foi seu combustível. Quando perguntado corretamente pelo repórter Leandro Boudakian sobre sua “fome de vencer”, sentiu-se desafiado, questionado, até certo ponto desrespeitado – que bom. Após longo período fazendo o mesmo, veio pro jogo deste domingo com novidades em campo.
Sem nove, que ele mesmo pediu publicamente, ao invés de repetir a ladainha e defender quem dirige mal o departamento de futebol, trouxe solução, novidade, alternativa. Quando o time perdeu intensidade, mexeu com inteligência, mudou sistema, viu o problema e achou a solução. Na beira do campo, quando quer, Abel pode ser muito competente, e voltou a ser nesta última noite.
Na coletiva, distribuiu patadas, achou caminhos narrativos que desabonem a pressão pro Dérbi, foi estratégico em explicar os problemas vividos por Flaco e ENFIM trouxe de volta a ideia de união, sem criar casinho, mas querendo tornar bélico (pra bem) o nosso ambiente. Despertar raiva num ecossistema acometido pela rotina, pela tranquilidade e pela indiferença. Nos falta esse tipo de sensação.
Abel me irritou muito, e acho que irritará mais daqui a pouco, mas eu tava cheio de saudade do badass de Palestra Itália. Capitão Pátria não combina com você, Portuga.
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